Veritaserum

Capítulo Quarenta

Chegou! É ele! O maior capítulo, o que estávamos esperando! Espero que gostem! 

E...

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Se eu fosse obrigada a repensar na minha estufa, nunca em hipótese alguma eu seria capaz de imaginá-la como estava agora. As mesas que eu usava com meus alunos estavam nas laterais com várias das minhas plantas decorando-as. O centro estava coberto por diversas camadas de feno, com folhas e flores que caíram naturalmente jogadas por cima.

– Isso é lindo! Obrigada! – era tudo o que eu conseguia dizer frente ao que eu via

– É inevitável que não seja agradável, então, que seja ao menos memorável pela tentativa.

Nada na minha vida parecia tão certo quanto estar com ele agora! Ainda assim, tive medo de que tudo desse errado e que de um momento para o outro ele fosse embora e me deixasse ali sozinha, por ter percebido que tudo havia sido um erro. Não o culparia se o fizesse, mas eu queria ter o que eu queria antes. Respirei fundo e tomei a iniciativa!

Virei para ele e o beijei, com seus lábios nos meus minha mente nunca era capaz de formular qualquer pensamento racional, mas eu estava focada em permanecer atenta, e afastei antes que eu perdesse o controle, só que ele não estava disposto a colaborar comigo. Salazar me puxou pelo quadril com urgência, afastou meu cabelo para o lado e beijou meu pescoço, queria reagir de uma forma melhor, mas tudo o que fiz foi instintivo, curvei minha cabeça para o lado e senti o arrepio que o seu toque me causava.

Com uma calma invejável desamarrou o laço de frente do meu vestido e foi descendo minhas mangas, dizendo o como eu estava linda. Na minha visão, eu nunca seria adorada como estava sendo hoje, nunca fui digna de tal atenção, e se algum dia chegasse a esse momento que estava para viver eu queria que fosse rápido para que quem quer que estivesse comigo não desistisse de mim. Agora eu estava só com meu corpete e a saia, nada que ele não tivesse visto antes, mas a antecipação me deixava constrangida.

– Hoje você vai se despir também?

– Farei o que você quiser! Está no controle, sempre!

Então, eu fui ousada e fiz o que eu queria, tirei o seu fraque, sua gravata e seu colete. Era muito mais do que eu já imaginei ter um dia. Mas não era o suficiente. Precisava de mais! Minhas mãos estavam trêmulas quando comecei a desabotoar sua camisa, ainda assim ele não se moveu para me ajudar, era a minha decisão, o meu momento de vê-lo, como nunca o vi antes. E por Merlin! Como ele era bonito! Seu tórax estava amostra, me hipnotizando com a simplicidade como seu peito subia e descia de forma descompassada, poderia vê-lo o dia inteiro assim.

Por sorte, Salazar não compactuava do meu estado de ficar parada observando-o. Terminou o que eu não tive coragem de fazer e tirou a camisa, ficando com o tronco despido. Nunca entendi de arte, tão pouco sei produzir alguma coisa desse tipo, nem nunca entendi o porquê de tantas pinturas e esculturas que mostrassem o corpo das pessoas, mas ali estava eu admirando Salazar hipnotizada pelo seu corpo, ele com toda certeza era uma obra de arte. Eu o desejava agora mais do que em qualquer outro momento que eu pudesse pensar, e entendia completamente o fascínio das pessoas no corpo humano, ainda assim, tinha medo de tocá-lo, parecia que ele poderia se dissolver, como se fosse fruto da minha imaginação.

Levei minha mão ao seu peito, mas parei no meio do caminho, não queria quebrar o encanto do momento fazendo algo imprudente e errado. Fui beijada com afinco, seduzida por seu beijo enlouquecedor, e a distância que impedia meu toque já não existia mais, meu corpo estava junto ao dele, sentia sua pele contra a minha, ainda que eu tivesse panos nos separando em algumas partes, seus braços estavam em contato direto com os meus, algo que eu nunca poderia pensar. Não havia nenhum decoro ali, era totalmente indecente.