𝐀 𝐕𝐈𝐀𝐆𝐄𝐌 - 𝐁.𝐌

007

Depois nós fomos almoçar, eu, Shivani e Sabina preparamos o almoço. Decidimos que todo dia iria juntar umas três pessoas para fazer o almoço daquele dia, e a janta seria do mesmo jeito. Todos concordaram, aliás, nada mais justo.

── Onde fica o sal? ── Sabina perguntou.

── Bailey, vá lá dizer onde fica, vc sabe. ── Noah pediu, e Bailey veio.

Era em um armário lá em baixo, ele pegou o sal e entregou na minha mão. Eu acabei assentindo, e agradeci com um mini sorriso. De qualquer forma, a gente tava se comunicando um pouco.

── O almoço tá quase pronto, galera! ── Shivani avisou.

── O cheiro tá bom, meninas. ── Josh disse, sentando na mesa, já esperando o comer ficar pronto.

── Obrigada, Josh. ── Saby agradeceu, e voltou a prestar mais atenção nas panelas.

...

── Gente, o almoço tá pronto! ── avisei, e logo ouvi passos se aproximando do cômodo que estava.

Todos foram colocando suas comidas nos pratos, e já foram elogiando a gente, dizendo que a comida estava muito boa e esse tipo de coisa.

── Esse macarrão tá muito bom. Quem foi que fez?

── Eu. ── respondi a pergunta do filipino.

── Ah, sério? Tá muito bom, vc é uma boa cozinheira.

── Hummm... ── todos falaram em coro.

── Idiotas. ── sussurrei. ── E valeu pelo elogio.

Espera, eu acabei de falar outra vez com o Bailey. Acho que essa viagem está fazendo com que a gente se aproxime novamente. Mas claro, eu não quero nada com ele, nem amizade. Aquele garoto me fez sofrer uma vez, e mesmo sabendo que ele era assim, pegador, do tipo que pega uma em uma noite e outra em outra noite, eu fiz com que eu mesma acreditasse que poderia ser diferente, mesmo a gente nunca tendo transado ou amenos se beijado. E sim, a gente nunca nem se beijou, mas eu era muita apaixonada por ele na época, e ele era um idiota. Ou melhor, ainda é. Eu acho.

Saí de meus pensamentos e terminei de comer, e bom, eles estavam certos, a comida está muito boa.

...

Depois que eu descansei um pouco o almoço, fui para fora da casa. O tempo já estava bem melhor. Antes tava um tempo de chuva, mas agora o sol já está de volta.

Vi Bailey se sentar ao meu lado. Não falei nada, mas também não me retirei de lá. Fiquei como estava, sentada no batente, mas agora, o moreno estava bem ao meu lado.

Depois de uns minutos, ele se levantou, pegou a bola e começou a jogar sozinho. Ele era muito bom.

Fiquei observando ele jogar, o moreno estava sem camisa, e como ja disse, ele pode ser um idiota, mas de jeito nenhum eu posso negar a sua beleza surreal.

── Vem? ── saí de meu transe ao escutar sua voz.

O garoto olhava pra mim, com o pé na bola, para que ela não fugisse. Eu dei de ombros, e fui até ele. Gosto de futebol, e estava entediada. Seria bom jogar um pouco.

── Bora. ── respondi quando já estava perto dele, aproveitei e já chutei a bola para longo do garoto. Fui correndo atrás da mesma, e ele ia bem atrás de mim.

Consegui chegar a tempo e chuta-la para longe novamente. Eu não sabia jogar bem, mas estava lá apenas para me divertir e para passar o tempo. Não era uma competição e nem nada.

Eu estava perto de fazer o gol, mas o moreno, de alguma forma, conseguiu me impedir, e levou a bola para bem perto do gol. Como eu estava longe, ele ficou debochando, porque eu não iria conseguir chegar a tempo para impedi-lo de fazer aquele gol tão fácil. Quando estava bem perto, o garoto chutou a bola, e obviamente fez o gol.

Fiz uma careta para o garoto que estava se achando, e peguei a bola com as mãos. Dessa vez eu queria tentar fazer embaixadinhas.

Fiz uma, duas, três, quatro, e...ela caiu no chão. Eu não era nada boa, mas pelo menos tentava.

── Deixa eu te mostrar como se faz.

Não dei resposta, acho que pela minha cara, já dava para perceber que estava com raiva por não ter conseguido fazer nem dez embaixadinhas.

── Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze, doze... ── ele estava sorrindo, debochando porque conseguia fazer muito mais que eu.

Não consegui evitar, chutei a bola quando ela estava no ar, e a mesma foi pra bem longe. Ri da cara de Bailey.

── Isso não tem graça. Eu estava indo muito bem. ── falou, indignado.

── Tá, desculpa.

Revirei os olhos disfarçadamente, ainda rindo muito. Bailey foi buscar a bola, e eu o observei até voltar. Eu estava me divertindo.

Voltamos a jogar novamente, eu só consegui fazer três gols, e acho que fiz até muito. Ele era muito bom mesmo, e eu estava lá só para passar o tempo, porque competir com ele não iria da muito certo, quer dizer, pra mim, que iria com certeza, perder.

Nós jogamos por muito tempo, estávamos muito suados, até que em uma hora, a gente cansou, e se sentou no chão.

── Vc joga muito bem. ── o elogiei.

Espera, eu elogiei ele!

O que deu em mim?

── Valeu. ── sorriu. ── Vc também joga bem, só precisa treinar mais.

── Não precisa mentir, eu sei que jogo super mal. ── admiti.

── Me deixa te ensinar a jogar melhor então.

Olhei para ele e não sabia o que responder. Talvez fosse um passatempo legal jogar bola com ele, mas não sei...ele aidna é um idiota.

── S/n? O que me diz?

Pensei um pouco.

── Tá, Bailey. A gente pode jogar.

Vi que o moreno ficou mais feliz. Um sorriso brotou em seu rosto.

Parece que o Bay está conseguindo se aproximar da s/n.