"Fique frio, para que está gritando?
Relaxe, já passamos por tudo isso antes
E se você apenas deixasse rolar, você iria ver
Que eu gosto de você do jeito que você é
Quando estamos no seu carro
E você fala comigo cara a cara, mas você se tornou."
— ComplicatedAstrid
Meu coração está batendo rápido demais. Costumo viver na adrenalina pura, ou seja, estar elétrica é algo comum para mim. No caso, não quero ser presa por matar o irmão da garota que eu moro. Não sei se Maya poderia me perdoar por isso.
Uso o cabo da frigideira para cutucar o garoto estirado no sofá. Por um segundo, eu paro. Paro para olhá-lo e absorver. Pela primeira vez, o observo direito. Luther tem umas pintinhas no pescoço, o que me faz pensar que ele também têm algumas no tronco. O cabelo é escuro, mas na luz, fica mais claro que o normal, puxado para um castanho. O rosto dele é maduro demais, o maxilar duro e sempre muito marcado quando ele está irritado.
O que, pelas minhas experiências, é muito frequente.
Luther mexe o nariz e seus olhos, abaixo das pálpebras, se mexem. Sua respiração fica mais intensa e aos poucos ele acorda.
Quando me olha, pois estou com a cara no ponto central do seu ângulo de visão, Luther começa a sorrir.
E ele tem covinhas.
Minha garganta emite um som, a fim de se acostumar com a sensação.
— Luther?
Para se acostumar, ele pisca algumas vezes. Então, seu sorriso desaparece e um gemido de dor sai dos seus lábios. Ele cai na realidade.
Minha cara queima. Não medi a força quando o acertei na cabeça.
— Ei, consegue ver quantos dedos têm aqui?
— Quatro.
— Sabe seu nome completo?
— Luther Anderson Hughes.
— Sabe o nome do presidente?
— Infelizmente, sim. — sorrio. — Mas acredito que em breve a resposta para isso seria o Biden.
Ótimo.
Luther se senta no sofá. Ele massageia a região da cabeça que eu acertei.
— Está gelado porque eu envolvi um saco de ervilhas congeladas em um monte de panos. — solto uma risada nervosa, mas ainda muito preocupada. — Você está se sentindo bem?
— Por que você me acertou com a porra da frigideira?
Bufo.
— Eu estava sozinha e as meninas disseram que não voltariam cedo. Além disso, sou atenta e sei que elas usam um monte de chaveiro para abrir a porta.
Ele me olha como se eu fosse algum tipo de alienígena da pior espécie.
— Sabe se elas estão entrando ou não, pelo barulho das chaves?
Quando ele pergunta em voz alta, entendo que soa patético demais.
Luther olha para a entrada da casa e junta as sobrancelhas.
— Cara, como você me arrastou de lá até aqui? Lembro que caí no chão.
Dou de ombros.
— Sou bastante forte para a minha massa muscular e a altura. Já carreguei coisas muito pesadas na vida, arrastar você até aqui não foi exatamente difícil.
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Rise and Pride
Romance"Passos de formiga" nunca foi uma expressão cabível para Astrid Hayes. Com poucas escolhas na vida, traçava seu próprio caminho e não permitia que ninguém se tornasse um obstáculo. Com uma língua afiada, habilidades manuais e uma fúria incontrolável...