17. Eventos que nos marcam.

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"Mesmo que o deserto se torne rachado
Não importa quem agite este mundo
Não solte a mão que está segurando
Não acorde desse sonho
Você é o sol que se ergueu de novo na minha vida
A segunda vinda dos meus sonhos juvenis
Eu não sei o que isto é
Se isto é tudo um sonho"
Euphoria (BTS)

Playlist do capítulo:
champagne problems - taylor swift
euphoria - bts
willow - taylor swift
dorothea - taylor swift

(Recomendo ouvir cada uma durante a leitura!)


(Recomendo ouvir cada uma durante a leitura!)

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ASTRID HAYES

Meu peito se enche de frustração. Sei que há muito mais do que me preocupar no momento, mas não consigo evitar olhar para o espelho e não gostar do que eu vejo. Não é repulsão o nome, mas algo mais leve do que isso. Nem todo mundo tem uma autoestima alta, eu deveria me culpar por isso? Minha mãe toda moderna diria que terapia e filmes de aceitação seriam a chave para isso, mas não sei se é algo corrigível tão fácil.

Não é um encontro, Astrid. Pare de encarar como um.

As batidas leves contra a minha porta soam como uma pancada na minha cabeça cheia de problemas. Bufo, largando a blusa na cama. Grito um "entre" para a madeira.

— Oi, bebêzinha.

Maya entra no quarto, segurando uma salada de frutas dentro de uma taça azulada. Uma camisola fina cobre o seu corpo até as coxas e o cabelo castanho escuro cai como uma cascata lisa nas costas. Maya é linda com a sua altura e confiança de sobra.

— Oi. — murmuro, beirando ao desânimo. — Não tenho o que vestir para sair com o seu irmão.

Ela ri às minhas custas. Se senta na minha mesa, deixando as pernas próximas ao corpo.

— Você disse que não era um encontro. — mastiga uma das frutas e, com a boca cheia, debocha de mim. — E nunca deu a mínima para esse tipo de coisa.

— Não quero agradar o Luther. — minhas mãos erguem um cardigan branco. — O desgraçado não me disse onde vamos. Não especificou o estilo de roupa ou algo assim. E eu não quero passar vergonha indo básica demais.

— Também não sei onde vocês dois vão, mas duvido que seja algo chique demais. É dia de semana, certo? Então não se preocupe, conheço o meu irmão. Ele quer te deixar confortável na cidade, depois de querer que você a deixasse.

Solto uma risada nasal enquanto me sento na cama. Suspiro, enchendo meu peito de ar, pois a ansiedade está me consumindo. Aproveito para tomar a pílula do TEPT, porque sei que irei enlouquecer. Maya observa meus movimentos, mas não diz nada. Deixo o copo vazio na cabeceira novamente, aceitando seu olhar.

— Não estou assim porque vou sair com o Luther. — sou sincera nas minhas palavras, sincera de verdade. — Eu nunca saí em um encontro de verdade. Não um assim, que eu sei que não terei um trauma depois.

Rise and PrideOnde histórias criam vida. Descubra agora