26. Dar tempo ao tempo .

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"Eu me sinto um pouco enjoada e minhas mãos estão tremendo
Eu acho que isso significa que você está por perto
Minha garganta está secando e meu coração está acelerado
Eu não estive ao seu lado
Em um minuto, mas penso nisso às vezes
Mesmo que eu saiba que não foi há tanto tempo assim
Oh, não, eu ainda quero relembrar."
What a Time

"— What a Time

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ASTRID HAYES

Eu os observo de longe. Minha testa acompanha o meu mau humor ao ver o meu namorado se aproximando da sua ex, com uma criança no colo.

E me incomoda, é claro que incomoda.

Eles não se vêem há muitos anos, tenho certeza disso. Por qual outra razão ela estaria aqui, especialmente quando segura uma criança que poderia ser a junção perfeita dos dois? Isso, é claro, sem contar que se a minha paranóia estiver certa, Luther é pai.

Meu Deus, eu vou ter um ataque.

— Você vai ficar parada aí? — Maya cutuca as minhas costelas. — Vá até lá!

— Não acredito que a piranha está tocando o braço dele. — Sydney complementa. — Astrid, pelo amor de Deus. Assistir você parada está me dando nos nervos.

Daya é muito bonita, é tão chocante. Ela tem cabelos escuros, tal como o Henry tem. Sua altura é sua característica mais marcante... Espera, não. Acho que são os lábios cheios e a forma com que conversa com ele. Tudo nela parece incrivelmente correto.

Nada do que eu sequer poderia competir.

Mas é a mim que ele está namorando, então vou dar um voto de confiança no meu próprio taco.

— Vamos embora.

— O quê? O time inteiro está indo lá para casa.

— Eles sabem o caminho, certo? Hora de ir.

Maya e Sydney se entreolham. Não aprovam a minha atitude, uma vez que seriam o tipo de pessoas que iriam tirar satisfação. Já eu, espero que o universo não esteja sendo tão babaca comigo.

Passo reto pelos torcedores de Tompton. Todos fazem muito barulho para os jogadores, usando bandeirinhas e buzinas. O carro de Maya está estacionado atrás da van que trouxe as estrelas do momento até aqui.

— Essa é a nossa chance de furar os pneus e deixar eles acreditarem que Harvard o fez.

Maya sorri de maneira diabólica enquanto segura a chave do carro. Não sei bem se ela está falando sério, mas sinto que sim. Nunca duvido da capacidade dela de fazer qualquer coisa.

Apesar de tudo, preciso admitir: a ideia é boa.

— Entre logo, antes que eu decida dizer sim.

As duas gemem com a desaprovação e decidem entrar no carro ao mesmo tempo.

Aborrecida, eu me jogo no banco de trás. Consolo a mim mesma com a quietude dos meus pensamentos e a voz doce de Taylor Swift que sai do rádio.

Rise and PrideOnde histórias criam vida. Descubra agora