11. Botas desaparecidas.

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"Então, uma última vez.
Eu preciso ser aquela que te leva para casa
Mais uma vez
Prometo que depois dessa, vou te deixar partir
Querido, eu não ligo se ela está em seu coração
Eu só me importo em acordar com você em meus braços
Uma última vez."

One  Last Time

Luther

Meu celular vibra dentro do bolso da frente da minha calça. Normalmente, eu ignoraria, mas preciso me distrair com algo que não seja a prova que acabei de concluir. A manhã passada foi a primeira parte, cujo não pude concluir pela nevasca que inundou os arredores da universidade. Hoje finalmente concluí essa porra de recuperação.

Olho para a tela e um sorriso rasga o meu rosto.

Inacreditável.

"Parabéns pela vitória, capitão! Foi mesmo um puta jogo e vocês levaram essa.
Vocês, não. O time, sim.
Espero que tenha curtido o descanso!
Astrid."

Buzinas me tiram do transe enquanto releio a mensagem pela segunda vez. Miller assobia para mim, sorrindo, enquanto eu me aproximo. Dylan é o que está na abertura do teto, sacudindo uma garrafa de vodka, enquanto Gale aumenta o som. Eles fazem uma algazarra, cantando e gritando, até que eu esteja em frente ao carro.

— O jogo foi rápido pra caralho. — grito por cima da música. — O que estão fazendo aqui?

— Sabíamos que iria até o jogo, não fosse pela sua prova atrasada. — Schneider vem até mim e para do meu lado, em frente à janela de Miller — E a gente sabe como você queria jogar, então nós vamos comemorar pra caralho hoje.

São nem oito horas da noite, então preciso perguntar.

— Agora?

— Não, meu Deus, é claro que não. Mckenzie 'tá fedendo pra cacete, acho que sou capaz de jogar ele do meu.... Dylan, eu juro por Deus que se você não tirar o tênis do banco do meu carro, eu vou te encher de porrada.

— Vocês dois estão perdendo o foco da surpresa, caralho. — Gale intervém, o que interrompe a briga dos dois. — Essa vitória é tão sua quanto nossa, Hughes. Então, anime-se, porque nós vamos pra casa e depois vamos para o Dalla's.

Dalla's, conhecido como o melhor bar possível para qualquer tipo de comemoração, éo lugar tomado por universitários de Tompton e jogadores de hóquei. Conhecido também pelo seu aspecto esportivo, como se nós fôssemos algum tipo de deus no lugar.

É confortável o bastante.

São onze da noite quando envolvo Sydney e a abraço. Ela é tão baixa quanto Astrid, diferente de Maya que é mais alta que as duas. A verdade é que abraçar Syd me dá um choque de realidade. Ela é tão absurdamente fofa e grossa ao mesmo tempo que nada poderia me divertir mais.

— Oi, gostoso. — diz. — Não sei se você lembra, mas tenho um metro e sessenta e no momento estou sem ar.

— Tenho primas de doze anos mais altas que você, Jones.

Ela semicerra os olhos, ignorando o que eu digo. Está vestida com couro da cabeça aos pés e o seu cabelo está com chamativas tranças da cor rosa escuro. É impossível ignorar a presença dela.

— Preciso saber se está livre na semana que vem.

Assumo uma posição desconfiada.

— Para um cinema ou jantar ao ar livre?

— Para enfiar o meu salto na sua bunda.

Nunca sei se ela realmente está falando sério, mas seu sorriso cruel vem à tona e decido não provocá-la demais.

Rise and PrideOnde histórias criam vida. Descubra agora