"Remendar o que foi quebrado
Desdizer estas palavras ditas
Encontrar esperança na falta de esperança
Me tirar desse desastre
Desfazer as cinzas
Desencadear as reações
Eu não estou pronto para morrer, ainda não
Me puxe para fora do desastre"
— Train WreckAviso: gatilhos no capítulo!
(recomendável ouvir a música acima para a leitura).ASTRID
— Gosto de você, Triddies. — Sebastian replicou o apelido horrível que Caden havia me dado na época. — Eu realmente gosto.
— Não sei se posso acreditar muito nisso. — tentei transmitir confiança. — Nos beijamos e ficamos juntos há três meses, e você não fez nenhum movimento a mais ou se interessou em oficializar as coisas.
— Eu não queria assustar você, ainda não quero. — seus olhos azuis ficaram bem na minha frente quando ele me puxou, brincando com o meu cabelo em um coque. — Você acha que está pronta para se entregar para mim?
Há muitas pessoas na minha frente. Eu não tenho a intenção de parecer educada.
Mãos atadas.
Fraca.
Sem ter o que fazer.
Desamparada.
Ouço o meu nome entre a música clássica que provém do violino, mas não paro logo quando começo a correr. O vento de Boston me atravessa, chocando-se contra mim como se quisesse me parar. No meio da corrida, retiro os meus saltos.
Paro o primeiro táxi.
— Responda, senhorita Hayes. — Os implacáveis olhos castanhos da advogada estavam mirados em mim como se quisessem me despir de dentro para fora. — Meritíssimo, ela planeja responder a pergunta ou vai continuar chorando?
Eu tinha os olhos presos no relógio da parede para ter noção do tempo. Meu rosto estava duro, firme, estático, mas vermelho de tantas lágrimas dolorosas. Fazia parte do meu objetivo terminar aquilo tudo sem deixar com que a advogada visse o meu lado mais fraco. Eu estava fracassando, obviamente.
— Senhorita, você precisa de um recesso? — eu o ouço dizer.
— Não. — funguei, dessa vez olhando para a advogada. — Qual foi a pergunta mesmo?
— Você teve ou não teve qualquer desejo ou pensamento em relação a abortar o seu bebê?
Uma risada fraca soou nasalada de mim. O juiz me olhou estranho e a advogada, muito superior e arrogante.
— A senhora é mãe, doutora?
Ela me olhou como se tentasse descobrir quaisquer armadilhas na minha pergunta. Tentou codificar se era um questionamento inocente ou se eu usaria a resposta ao meu favor. Provavelmente se ligou do meu estado e soube que eu não saberia ir tão longe.
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Rise and Pride
Romance"Passos de formiga" nunca foi uma expressão cabível para Astrid Hayes. Com poucas escolhas na vida, traçava seu próprio caminho e não permitia que ninguém se tornasse um obstáculo. Com uma língua afiada, habilidades manuais e uma fúria incontrolável...