08. Perdendo a cabeça.

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Luther

"Eu cavei dois túmulos para nós, minha querida. Não posso fingir que eu era perfeito, deixando-a com medo. Oh, cara, que mundo, as coisas que ouço. Se eu pudesse agir em minha vingança, então, oh, eu agiria? Alguns matam, alguns roubam, alguns quebram seu coração. E você pensou que eu iria deixá-la ir e deixá-la andar. Corações quebrados, quebram os ossos, então rompem rapidamente."
— Revenge

Minha cabeça lateja. É como se minhas duas têmporas estivessem tentando se unir, mas não conseguem. As pontadas fazem com que eu murmure enquanto me sento na cama, empurrando a perna da garota que está em cima do meu peito.  Pisco para me acostumar com a luz que invade o quarto e coloco-me de pé. Cambaleando, vou até o banheiro para mijar e colocar toda a cerveja pra fora.

No espelho, sei que estou horrível pra cacete. Olheiras notáveis tomam meus olhos e eu mal consigo abri-los por causa da bebedeira de ontem. Visto a calça jeans que antes estava em cima do meu abajur e deixo o quarto, mesmo que ainda há uma ruiva dormindo na minha cama.

Vozes me atingem como um raio quando desço as escadas. Os caras estão ao redor da nossa mesa principal, tomando café da manhã, como se fosse normal fazê-lo quando já são meio-dia e vinte e cinco.

Um deles me nota.

— Olha ele aí.

— O capitão finalmente acordou. — Miller sorri pra mim e despeja leite no seu cereal. — Tá com ressaca, bonitão?

— Com desejo de morrer, isso sim. — meus lábios estão tão secos que se tornam a coisa mais irritante no meu corpo agora, tirando o enjoo. Dou uma olhada ao redor. — Até que a casa tá arrumada.

— Isso porque você não viu o Schneider acordando às dez pra catar as latinhas. Daniel estava com ele e ajudou aspirando a entrada, o que melhorou muito o lugar, mas a piscina ainda tá um nojo. — Dylan explica, frisando o nome do garoto.

Na mesma hora, viro o olhar para Gale. Ele está fazendo uma série de panquecas e suas costas ficam tensas.

— Daniel?

Ele resmunga.

— Você é uma pessoa horrível, Gale Schneider.

Gale vira para mim. Segura firme na sua frigideira enquanto joga suas panquecas no prato dele, ignorando o meu.

— Olha quem fala.

— Não nego ser uma pessoa ruim, faço jus ao título, mas você se faz de bebê correto da mamãe e fica iludindo o garoto. Ele tem dezoito anos e ao menos saiu do colegial.

— Sem contar que 'tá no armário, mas vive vangloriando pros amigos dele que pega "alguém" da faculdade. — Miller acrescenta.

— Eleé completamente apaixonado por você. Jura que você vai ajudá-lo a se assumir para a família e em três anos estarão casando em um grande jardim, com padrinhos e madrinhas vestidos cada um com uma cor do arco-íris. — Dylan finaliza, falando incrivelmente rápido.

Gale suspira enquanto olhamos pra ele, todos nós segurando o riso.

— Não sou o cara mais correto sobre isso, eu admito, mas já falei pra ele que é apenas sexo. Não tenho paciência pro processo de aceitação e não quero nenhum namorado.

— Até porque você já foi corno de todos os seus três últimos namorados. — zombo dessa vez. — E trocou o chifre com todos os três.

Gale puxa seu prato e se põe de pé.

— É isso aí, já chega.

— Qual é, Gale, é brincadeira. — levanto com um sorriso na cara e o puxo de volta para a cadeira. — Se você deixou claro que é apenas sexo, a consciência é dele, mas todos nós sabemos que o garoto é apaixonado.

Rise and PrideOnde histórias criam vida. Descubra agora