22. Sentimentos na mesa.

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Caso essa seja a última coisa que eu vejo
Quero que saiba que é o suficiente para mim
Porque tudo o que você é, é tudo que sempre precisarei
Eu estou tão apaixonado, tão apaixonado
Tão apaixonado, tão apaixonado
— Tenerife Sea

Caso essa seja a última coisa que eu vejoQuero que saiba que é o suficiente para mimPorque tudo o que você é, é tudo que sempre precisareiEu estou tão apaixonado, tão apaixonadoTão apaixonado, tão apaixonado— Tenerife Sea

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ASTRID

É dia 24 de novembro, mais conhecido nos Estados Unidos como o Dia de Ações de Graças.

Desde que me mudei para cá, aproveitei as tradições do país com mais dedicação do que antes. Os feriados nacionais na Inglaterra eram diferentes, incluindo o Ação de Graças e, o meu favorito, o Halloween, uma vez que lá eram feriados desvalorizados. O Halloween desse ano, por exemplo, foi o meu primeiro. Algo com muito estilo americano, o que envolvia pedir doces com Maya e Sydney de porta em porta. Nós três nos vestimos de enfermeiras sangrentas e cheias de maquiagem, o que passou a ideia errada para muitos tarados.

E como é o meu primeiro Dia de Ações de Graças nos Estados Unidos, eu quero que as pessoas gostem da minha comida. Obviamente o cardápio se manterá fielmente vegetariano, mas não será um problema, uma vez que um dos meninos que comerá conosco hoje, levará o peru pronto.

Uma vez que fecho o zíper do meu casaco, desço as escadas degrau por degrau. Na metade, tenho a visão de Maya em frente a um espelho, pintando os lábios com gloss cor de rosa.

— Vai a algum lugar importante? — aponto com a cabeça para as suas roupas nada casuais.

— Lembra-se daquela entrevista que eu mencionei para a Revista das Bailarinas? — Concordo com a cabeça. — Vou fazer as fotos hoje, a matéria deve sair entre o natal e o ano novo. Minha apresentação foi muito elogiada.

— Fico feliz por você! — aperto seus ombros, olhando-a pelo reflexo.

Julliard ainda não contatou Maya sobre sua audição para a academia, o que soa um absurdo para mim. Ela foi muito boa em seu número, mas não expresso meu descontentamento. Na verdade, a palavra "Julliard" está banida dessa casa por ela própria. Como eu e Sydney queremos poupar mais gritos no quarto ou músicas dramáticas, aceitamos a condição.

— Onde está indo? — é a vez dela de perguntar.

— Supermercado, quero comprar algumas coisas que faltam para o almoço de hoje. — puxo o meu casaco apoiado atrás da porta de entrada e calço as botas também jogadas de lado. — Você vem? Será às quatro.

Ela hesita segundos antes de responder.

— Devo chegar pelas quatro e meia, mas virei, claro.

Meu cenho se franze.

— Por acaso o atraso tem a ver com esse seu namorado recente e misterioso?

— Primeiro, ele não é o meu namorado, — dessa vez, ela se vira para me olhar — e segundo, sim, tem a ver.

Rise and PrideOnde histórias criam vida. Descubra agora