28. Feliz aniversário, amor.

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"Então, pega leve comigoNão há nenhum espaço para nossas coisas mudaremQuando nós dois estamos tão profundamente presos aos nossos hábitos"— Easy on Me

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"Então, pega leve comigo
Não há nenhum espaço para nossas coisas mudarem
Quando nós dois estamos tão profundamente presos aos nossos hábitos"
Easy on Me

LUTHER

É o dia do meu aniversário e também a final entre Harvard e Tompton. Quem vencer hoje, tem o lugar garantido na Costa Leste pelo Frozen Four que é disputado nos próximos seis meses.

Os meus últimos seis meses.

Sei que Astrid está preparando algo. Ela está dizendo por aí que é uma surpresa, mesmo que todos saibam que eu sei que está acontecendo. Achei melhor que ela tivesse me contado, caso contrário eu teria descoberto e tentado escapar.

Mas sei que ela tem se empenhado para fazer a festa acontecer, então vou dar o ar da graça.

Freio os meus patins antes de bater onde o ringue de gelo termina. Então, começo outra corrida de onde parei, os nervos queimando.

— Ansioso para o dia de hoje, aniversariante?

O treinador patina ao meu lado, mas mantém certa distância, à medida que eu deslizava pelo gelo.

— Se estou ansioso pro jogo contra a Harvard, o jogo que comentamos o ano inteiro? — grito pela distância. — Você não faz nem ideia.

Cavil dá uma risada curta. Ele é simplista desde que eu me lembro.

— Não sou o maior fã do treinador deles também. Quero ver a cara que ele vai fazer quando vocês levarem a medalha.

-— Então isso é pessoal?

Cavil dá de ombros.

— Não os odeio tanto quanto vocês porque sou um adulto e ajo como um, mas é claro que quero vê-los perder. E acho que estão prontos para isso. — balanço com a cabeça. — Acredito que vai gostar do jogo hoje em particular.

— Sério? Porque eu ia gostar?

Cavil dá batidas no ombro.

— Você vai ver.

(...)

Ter pares de olhos te olhando com tanta intensidade dá uma certa sensação de desespero.

Alguns estão morrendo de nervosismo. Outros, poucos, estão confiantes. Há os humildes que estão orgulhosos com até onde nós chegamos. E tem uns que só estão impacientes e esses são os que eu fico de olho para não arrumar briga.

Mas todos, sem exceção de um, esperam uma palavra de seu capitão.

— Esse ano foi complicado. Logo logo vamos ter o último ano na Tompton, pelo menos a maioria dos titulares. E todos nós sabemos o sangue que deixamos naquele ringue. Apesar de ser suado, foi também o ano que demos mais de nós mesmos. Conhecemos nosso inimigo e passamos a saber que uma performance medíocre não ia fazer com que chegássemos até aqui. — Miles vem até mim e bate com a mão no meu ombro. — Foram dias treinando desde madrugada até de tarde. Foram dias de recesso, complicados, sem ver a nossa família. Mas esses momentos difíceis tiveram resultado e essa noite vamos poder colher isso. Perdendo ou não, ganhamos o suficiente. Então, deem o melhor de vocês. Vai ser o melhor presente de aniversário que eu poderei ganhar.

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