"Todas as coisas que eu fiz
Só para poder te chamar de minha."
— favorite crimeASTRID HAYES
Eu poderia sentir as borboletas no meu estômago, uma por uma. Poderia descrever, com fáceis palavras, o que estava sentindo. Não era exatamente bom, mas desafiador. A adrenalina com certeza tinha a função essencial de acelerar o meu coração, trazendo à tona o questionamento do porquê eu estava ali.
Se haveria alguma razão cósmica para aquilo.
Birmingham é uma cidade localizada no condado de Midlands, no Reino Unido. É uma cidade historicamente industrial e atualmente moderna, muito apesar das construções manterem as marcas da história e não terem sido, em sua maioria, reconstruídas. Ao sul da cidade, na parte afastada do centro comercial, é onde eu moro. Assemelha-se com uma fazenda, apesar de termos muito ao redor. Parece muito característico quando absorvo o cheirinho de lar pelo som alto que a indústria de metais de carro produz há quatro quilômetros da minha casa.
Pareço estática, agarrando-me aos detalhes que quero tentar manter, para ocupar a mente. Então Luther me traz de volta à realidade, no ato simples de apertar os meus dedos, envolvendo a minha mão com a sua direita.
O inverno da Inglaterra é algo intenso, mas nada que você não possa sobreviver. Elizabeth fez questão de acender a lareira mais uma vez e abrir as portas para mim, muito contente que eu tinha ido atrás de passar o Natal com todos eles.
Me senti esquisita enquanto descascava as batatas na bacia. Minha avó estava concentrada no serviço de rechear o peru, mas eu não me sentia ansiosa para o nosso encontro de mais tarde com os meus pais.
Luther está guardando as nossas coisas há bastante tempo. Não teve nem a oportunidade de conhecer a minha avó, procurando nos dar privacidade, como se isso nos ajudasse a ter a conversa que estou adiando. Mas até agora, eu só fui completamente cordial.
A porta da frente faz um barulho. Está levemente emperrada, o que necessita de uma forcinha para abri-la.
— O seu avô chegou. — diz vovó. — Por que não mostra os animais ao Luther? Aliás, ele está preso no quarto?
— Provavelmente. — solto uma risada curta. — Você não o viu ainda, eu suponho. Ele estava carregando coisas demais e correu pra dentro.
— Bem, não faz mal. Ainda quero conhecê-lo, de toda forma. Mas vai, vai lá fora um pouquinho. Seu avô e eu adiantamos as coisas aqui.
Grito por Luther, que aparece na porta com uma carinha engraçada, como se tivesse sido pego no pulo. Ele passa para o meu lado, decidido a pelo menos conhecer a minha avó.
Meu avô é um homem de poucas palavras, então esconde a cara na cozinha, enquanto a minha avó caminha até a sala principal. Seus olhos se arregalam e um sorriso fácil ilumina seu rosto.
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Rise and Pride
Romansa"Passos de formiga" nunca foi uma expressão cabível para Astrid Hayes. Com poucas escolhas na vida, traçava seu próprio caminho e não permitia que ninguém se tornasse um obstáculo. Com uma língua afiada, habilidades manuais e uma fúria incontrolável...