27. Adeus a vida antiga.

1.7K 104 21
                                    

"Todas as coisas que eu fiz
Só para poder te chamar de minha."
favorite crime

"— favorite crime

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

ASTRID HAYES

Eu poderia sentir as borboletas no meu estômago, uma por uma. Poderia descrever, com fáceis palavras, o que estava sentindo. Não era exatamente bom, mas desafiador. A adrenalina com certeza tinha a função essencial de acelerar o meu coração, trazendo à tona o questionamento do porquê eu estava ali.

Se haveria alguma razão cósmica para aquilo.

Birmingham é uma cidade localizada no condado de Midlands, no Reino Unido. É uma cidade historicamente industrial e atualmente moderna, muito apesar das construções manterem as marcas da história e não terem sido, em sua maioria, reconstruídas. Ao sul da cidade, na parte afastada do centro comercial, é onde eu moro. Assemelha-se com uma fazenda, apesar de termos muito ao redor. Parece muito característico quando absorvo o cheirinho de lar pelo som alto que a indústria de metais de carro produz há quatro quilômetros da minha casa.

Pareço estática, agarrando-me aos detalhes que quero tentar manter, para ocupar a mente. Então Luther me traz de volta à realidade, no ato simples de apertar os meus dedos, envolvendo a minha mão com a sua direita.

O inverno da Inglaterra é algo intenso, mas nada que você não possa sobreviver. Elizabeth fez questão de acender a lareira mais uma vez e abrir as portas para mim, muito contente que eu tinha ido atrás de passar o Natal com todos eles.

Me senti esquisita enquanto descascava as batatas na bacia. Minha avó estava concentrada no serviço de rechear o peru, mas eu não me sentia ansiosa para o nosso encontro de mais tarde com os meus pais.

Luther está guardando as nossas coisas há bastante tempo. Não teve nem a oportunidade de conhecer a minha avó, procurando nos dar privacidade, como se isso nos ajudasse a ter a conversa que estou adiando. Mas até agora, eu só fui completamente cordial.

A porta da frente faz um barulho. Está levemente emperrada, o que necessita de uma forcinha para abri-la.

— O seu avô chegou. — diz vovó. — Por que não mostra os animais ao Luther? Aliás, ele está preso no quarto?

— Provavelmente. — solto uma risada curta. — Você não o viu ainda, eu suponho. Ele estava carregando coisas demais e correu pra dentro.

— Bem, não faz mal. Ainda quero conhecê-lo, de toda forma. Mas vai, vai lá fora um pouquinho. Seu avô e eu adiantamos as coisas aqui.

Grito por Luther, que aparece na porta com uma carinha engraçada, como se tivesse sido pego no pulo. Ele passa para o meu lado, decidido a pelo menos conhecer a minha avó.

Meu avô é um homem de poucas palavras, então esconde a cara na cozinha, enquanto a minha avó caminha até a sala principal. Seus olhos se arregalam e um sorriso fácil ilumina seu rosto.

Rise and PrideOnde histórias criam vida. Descubra agora