Naquela festa onde todas estavam juntas como uma grande família, rodearas por suas joias e vestidos de gala, me aproximei um pouco mais de Giulia.
Ela sabia como ser uma mulher esperta, no entanto, com algumas doses de tequila, a mulher começou a conta vantagens para mim e a outra que acompanhava no canto da festa.
A intimidade das duas era de fato um pouco estranha, se tocavam nas mãos com uma delicadeza e beijavam uma no rosto da outra demasiadamente. Por boa parte do tempo passei a olhar de onde estava para Bieber, tendo a certeza de que elas continuariam a falar sobre Sinaloa e o que aconteceria por lá.
Pensavam que estava encantada pelo homem a minha frente, hora ou outra estalavam os dedos chamando minha atenção, mas, mal sabiam que até o número passado no canto de um guardanapo estava rondando a minha cabeça. Não foi tão difícil, pelo o que parecia as duas sofriam a mesma coisa que eu, uma ameaça eminente de outra pessoa.
No caso de Giulia, um novo cartel onde ela estava expandindo os negócios. Cheguei ao ponto de virar para ela e perguntar como faria isso, e se ele descobrisse?
Giulia riu da pergunta besta e zombou.
— Homens só conseguem ver o que querem. Amelia, não seja burra.
E eu não era!
A melhor forma em falar com alguém era fora de Cali e para isso elas usavam aqueles celulares via satélite, descodificado, assim ninguém saberiam sua localização e nem grampeariam as linhas telefônicas. Afinal, os padrinhos de cali compraram tudo o que nossos olhos poderiam ver.
Desde a empresa de telefonia, onde todas as ligações eram escutadas por alguém do cartel, inclusive existiam pessoas que trabalhavam apenas com isso. Até mesmo, controlarem o aeroporto da cidade, era um risco mexer com aqueles filhos da puta, eram inteligentes, bem mais do que meu marido.
O número que Giulia tinha passado era de alguém de sinaloa, um homem que estava recebendo cocaína colombiana por um preço menor do que era combinado, um novo comprador. E ela era a fornecedora...
Inteligente.
Mas, não tanto, a rota em que ela estava fazendo isso seria pega de uma hora ou outra. Porque ela não tinha mais que três vigários do próprio marido trabalhando ao seu lado, em troca, ela os pagava com a melhor moeda feminina: sexo.
E a minha pergunta que a fez estremecer foi: — E la policia?
— Eles não podem fazer nada, não tem como invadir ou ameaçar a gente. O governo nos protege e se fizerem alguma coisa sem uma polícia local é abuso de autoridade.
Isso!
Era exatamente isso que estava pensando. Precisava me certificar de que teria alguma solução, e parecia cada vez mais próxima do resultado final.
Eu não sou uma tonta inocente, como ele falava. Bieber me subestimava a ponto de falar números, deixar aquela mala embaixo da nossa cama, como se eu jamais pudesse colocar minhas mãos nela.
Na teoria parecia ser fácil, dinheiro, oferecer cocaína a outros compradores, arrumar uma rota diferente da deles... ter aliados ao seu lado.
Min Yoongi...
Mas, como faria isso sem ser ameaçado pela D.E.A?
E se eu me juntasse á eles?
Afinal, aqueles gringos filhos da puta não saberiam se eu estou falando a verdade ou não. Eles não poderiam me tocar sem a polícia colombiana, é porque eu temeria a Bieber?
Ele mesmo falou que se tudo desmoronasse, minha única solução seria arrumar outro vigário para garantir minha proteção.
E se eu tivesse dois?!
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Medellín (Kim Namjoon x Min Yoongi )
FanfictionO que você faria se tivesse que casar com um homem desconhecido pra salvar a sua família de uma dívida? E se você soubesse que o homem que te espera no altar é um narcotraficante de um dos cartéis colombianos mais poderosos do mundo! Amelia teve su...