Capitulo V - lo presiento

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O barulho da sua respiração era a única coisa que se ouvia além da tração do carro entre as pedras na estrada de barro. Isso chegava a ser um incômodo, deixando Amelia desconfortável no banco do passageiro.

Justin manteve-se em silêncio por todo o caminho de volta, mesmo com aquela pulga atrás da orelha ao ver sua esposa sendo acompanhada por Yoongi. Isso não ficaria assim!

Ao contrário daqueles imundos de Medellín, o cartel de Cáli sempre manteve em segredo de onde vinha a sua renda. Sem esbanjar uma quantidade excessiva de segurança, sem andar falando como homens sem educação e muito menos abririam a boca para falar que são narcotraficantes.

O nojo era eminente, aqueles vermes se achavam pioneiros. Achavam que colocar uma arma nas mãos de qualquer pivete transformaria em um grande exército. Patéticos!

Ele sabia todos os perigos que rondava andar perto de alguém do outro lado, a polícia estava constantemente atrás deles e quem estivesse junto correria um grande risco.

Ao chegar em casa, Bieber deixa sua mulher sair do carro sob o seu olhar analítico. Espera a morena atravessar a sala com os pés descalços, ela tinha tirado as sandálias na entrada de casa e os levava entre os dedos.

Era perigoso demais deixá-la circular por Santa Rosa sozinha.

Não era confiável saber que alguém como aquele cabrón, andava rodeando Amelia.

Justin caminha lentamente no andar de baixo, indo até seu escritório improvisado. Claramente o descarte perfeito para a polícia, um fazendeiro que estava mantendo próspero os negócios. A questão era que não existia nenhum gado a não ser nove cavalos pura raça.

Senta-se na poltrona de couro marrom, esticando o braço até a gaveta da mesa pegando o telefone por satélite. E bem mais fácil ligar para os outros sem que a polícia estivesse no seu pé.

Disca o número com cautela, esperando a outra pessoa atender do outro lado da linha:

— Don Pacho, não é uma boa hora pra ligar mas precisamos falar sobre os maricas que estão em Santa Rosa.

— Don Juanzito -o outro ri na linha — Que passas? Você me disse que estava tudo bem.

— Temos um daqueles circulando por aqui como se nada tivesse acontecido. E um risco para os moradores.

— Di un nombre. -o seu tom de voz muda.

— El dragon. O assassino.

— Ele fez alguma coisa? -indaga, Justin suspira relaxando os ombros. Talvez não fosse uma boa ideia, no entanto era seguro contar.

— Está rodando mi esposa. Sabes que eu mesmo faria isso mas temos um acordo.

— Hmm! Ela não é uma perra?

— Não! No! Don pacho. E uma mulher de honra, garanti que não me casaria com uma qualquer. Fiz meu trabalho de casa.

— Irei comunicar os bastardos, eles vão manter esse Hijo de puta calado.

Justin segue para um outro assunto, alguma coisa sobre o próximo carregamento para os Estados Unidos, enquanto suas palavras eram limitas a códigos que apenas eles conheciam. Sempre era cauteloso em falar sobre alguma coisa referente a dinheiro e negócios.

Enquanto ele levanta para preparar um copo com conhaque, ficando de costas para a porta aberta. O homem não percebe que ali, depois de um tempo sua mulher estava armando uma das suas maiores arapucas para tomá-lo.

Infidelidade não era o forte do homem, desde quando esteve dentro de uma igreja sob a benção de um padre e da santíssima igreja católica. Justin não cogitou olhar para outras mulheres na rua, não precisava fazer isso por ter a sua em casa.

Medellín    (Kim Namjoon x Min Yoongi )Onde histórias criam vida. Descubra agora