Medellín (Kim Namjoon x Min Yoongi )

Capítulo XLVII - Es demasia'o traicionera

POV AMELIA

Não existia um lugar seguro em toda Colômbia.

Todas as vezes em que ligávamos a tv existia uma notícia diferente que acontecia pela cidade.  Depois do avião que explodiu pelos ares matando vários inocentes, outro carro bomba explodiu na cidade e as pessoas estavam aterrorizadas com medo de saírem de suas próprias casas.

O terror consumiu todos os moradores e ninguém conseguia dormir tranquilo. A polícia estava batendo de porta em porta todos os dias, destruindo as casas, procurando por pessoas que pudessem dar-lhes o paradeiro de Don Pablo.

Os desafortunados sofriam com a represália de que eram protegidos dele no passado. Sua vila foi invadida não apenas pela polícia como pelo "los pepes" e passaram a chegar bem mais rápido do que os oficias.

Crianças armadas, mulheres sofrendo, famílias desfeitas e milhares de pessoas desesperançadas. Não podíamos ir a igreja, ao mercado ou qualquer lugar sem pensar que um carro parado em frente fosse explodir tudo pelos ares a qualquer momento.

Desmoronava toda aquela imagem de que Don Pablo havia lutado tanto para construir em anos, o homem que era respeitado tinha se tornado um terrorista e agora todos tinham medo quando seu nome era citado.

Uma caça começou por todo o país e quem estivesse perto dele poderia ser dado como morto.

A última vez em que vi seu rosto foi em um retrato colado ao poste em frente a nossa nova casa. Namjoon não usava mais seus cabelos longos, desde a última vez que o vi. O cabelo raspado e o rosto mais abatido, me pego a imaginar que seu sorriso não reluzia mais e que todas as coisas que havíamos prometidos um ao outro jamais seria realidade.

Eu não quero imagina-lo morto, se ao menos... ele fosse preso novamente ou... fugisse daquele país e nunca mais colocasse os pais aqui novamente. Mesmo que nossos caminhos jamais se cruzassem novamente, só desejo que sua vida esteja á salvo e seguro.

Justin Bieber nos arrastou para outro lado de Bogotá, um bairro calmo e tranquilo que não aparentava nada com o centro da cidade. A casa não possuía pessoas ao seu redor, paredes distantes uma da outra e a vizinhança nem se quer conheciam um aos outros. Era perfeito para ele fazer o que queria, inclusive trazer seus amigos narco para se esconder no nosso porão.

Eu descobri aquele lugar dias atrás quando estava a limpar a cozinha com Lourdes, a cerâmica amarela estava solta e eu pisei em falso ao esfregar o rodo com o pano molhado. Levantei a cerâmica e logo se abriu uma pequena porta que dava exatamente de entrada a uma de madeira. A curiosidade não foi tão forte ao ponto de entrar pelo buraco, eu não me meteria a besta de descer até lá embaixo e encontrar alguma coisa que não queria. No entanto, aquela mesma noite eu tive que usar uma arma enquanto deitava a cama, porque Lourdes me gritou no quarto ao lado.

Um maldito estava em cima da pobrezita enquanto dormia, tentando molesta-la. O corpo caiu por cima do dela, o pânico em seus olhos arregalados foram pior ao me vê parada segurando a arma em minhas mãos. Não durou muito até que o portão de ferro anunciasse a entrada de Don Bieber, o tiro não foi disparo a tanto tempo assim. Ele escutou, de onde estivesse a vir.

Lourdes levantou da cama aos berros e tomou-me a arma de minhas mãos. Empurra-me contra o corpo morto e ensanguentado e toma a mesma posição que a minha na soleira da porta.

— Você é maluco! -diz desesperado. — Como pode trazer homens assim pra sua casa com a Amelia aqui? -ela sabia exatamente que seria culpada pela morte de alguem de Cali, e que poderia ser castigada por isso. No entanto, Bieber passou-lhe como um furacão e me puxou do meio da poça de sangue.