Medellín (Kim Namjoon x Min Yoongi )

Capitulo XII - chantaje

Namjoon não se abalou pelas minhas palavras e muito menos deu para trás. Aquele sorriso esbanjando escárnio em rosto mostrava o quanto aquilo tinha ficado tão interessante. O homem ri soprado e logo em seguida passa a mão direta entre os cabelos, por dentro existia uma grande interrogação. Ele saberia quem era Bieber?

Para minha sorte o padre adentrou na sala falando que Lourdes estaria a minha procura. Foi nítido o olhar de desaprovação para Namjoon que não tirou aquele sorriso presunçoso do rosto.

— Estamos ocupados, padre.

— A senhorita está sendo incomodada por ele? -questiona com receio, olho de relance para Namjoon e balanço minha cabeça negativamente.

— Sua amiga espera por você lá fora. -entendo aquela deixa para sair, de fato, o padre sabia que Justin Bieber era meu marido tanto quanto sabia sobre ele ser do cartel de Cali. Pelo visto as notícias corriam a solta pela cidade e de alguma maneira poderia ser perigoso.

O padre dá as costas e fica à espera segurando a porta para que eu saísse.

Namjoon me puxa pelo braço virando meu corpo bruscamente para trás me impedindo de continuar. Olho para ele em soslaio e ele me retribui com aquele sorriso novamente.

— Você voltará aqui, Amelia. Não tão cedo e nem muito tarde.

— Eu não posso.

— Pode sim. -aproxima o rosto do meu deslizando seus lábios em minha bochecha esquerda — Se você desaparecer da missa eu sei como te encontrar. -prendo a respiração ao sentir seus lábios beijando meu rosto, um beijo estalado que me faz suspirar baixo. Solta o meu braço suavemente dando um passo para trás.

Não o respondi. Segui na direção da porta com as bochechas queimando pelo olhar do padre quando passo por ele. A vergonha de ter feito isso dentro da igreja me faz queimar o peito, aquele gosto amargo em minha garganta e o rosto quente como se tivesse sido esbofeteada lá dentro.

Me conformo em dar um sorriso desconfortável para Lourdes que me esperava com sua sacola de compras.

— Menina! Você nao deveria está aqui. -fala afobada, segura em meu braço direito quase me arrastando pela escadaria da igreja até a calçada principal. Olha para trás como se tivesse sendo perseguida e praticamente me joga na frente dos carros junto à ela pra chegar no outro lado o mais rápido possível.

Tento acompanhar a sua pressa enquanto ela resmunga alguns palavrões em meio a tanta afobação, eu não conseguia entender o que estava acontecendo até ver dois carros de polícia do outro lado da praça é uma pequena aglomeração de pessoas próximo a uma banquinha.

— Que pasó Lourdes? -indago olhando na direção das pessoas.

— La policia. -resmunga — Temos que ir.

Me solto daquele aperto dos seus dedos em meu braço e paro bruscamente. Não me deixo levar pela emoção de Lourdes que agia como se fosse o fim do mundo e precisaríamos fugir, não fizemos nada é porque estaríamos correndo? Isso é suspeito enquanto todos estão em cima como um grande espetáculo.

Os curiosos estavam comentando ao redor e eu vou na direção deles tentando ouvir o que estava acontecendo e porquê ela tinha tanto medo. Entre as pessoas eu vejo o sangue ainda escorrendo devagar pelos buracos da bala no peito de um homem debruçado entre a calçada da praça é um banco, junto dele mais dois outros que ainda tinham sua arma em punho.

Engulo a seco. De repente minha audição some e eu não consigo ouvir absolutamente nada ao meu redor, tudo estava em câmera lenta e eu mal conseguia raciocinar com aquela situação.