Capitulo VI - Que no salga la luna

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No dia seguinte foi como se nada tivesse acontecido além da sua ida para Santa Rosa. Justin impôs com todas as letras de que Amelia jamais poderia sair daquela casa sem uma companhia formal, alguém que pudesse protegê-la de qualquer mal aparente.

Deixá-la sozinha indo para a comuna era preocupante, ainda mais quando se tinha inimigos rondando sua área. A mulher entende o ponto de vista de seu marido e não dava mais para esconder ou mascarar o que ele realmente era.

No entanto, mal ela sabia que a preocupação de Justin não era com sua segurança e sim com a ideia de vê-la conversando com outro homem. Isso o incomodava a ponto de tirar o seu sono, ficando a madrugada inteira ao lado de Amelia enquanto ela dormia.

Talvez ele esperasse que ela falasse o nome de outro enquanto estava em sono profundo ou até mesmo um pequeno sonambulismo que a fez levantar da cama e ir até a porta do quarto e voltar como se nada tivesse acontecido, a incriminasse de algo.

Nada do que ele esperava aconteceu.

Mas em sua cabeça a realidade estava tão distorcida a ponto de imaginar o porque sua esposa estava desnuda ao seu lado. Afinal, ela era uma mulher casada e esse comportamento não era um dos mais recatados. Isso faz sua desconfiança aumentar, uma mulher tão desinibida como Amelia que sabia usar seus lábios de forma tão prazerosa... como e onde ela teria aprendido aquelas coisas?

A ideia de ter sido apenas mais um homem em sua vida o corrói por dentro. Justin estava ficando envolvido demais com uma mulher que nem ao menos conhecia além do sexo, alguém que estava sempre um passo à frente de suas ideias.

Naquela mesma manhã em que impôs a regra de que Amelia jamais sairia sozinha, o homem fica em casa deixando de lado todas as coisas que deveriam ser feitas. O intuito era de aproximar-se um pouco mais da morena que parecia um enigma que ele não saberia como desvendar.

Lá estava Amelia, de pé em frente ao pequeno altar para virgem Maria, rezando o terço pela primeira vez aquela manhã. Pedindo proteção para sua família, sua casa e consequentemente seu marido. Seu pedido para deus era secretamente obsceno e ela rezaria mais duas vezes para se desculpar por isso!

"Deus, me faça amar o meu marido. Não me deixe ser uma mulher frígida, não me tire a paixão"

Isso era um apelo para que aquele casamento não chegasse às ruínas antes mesmo de começar. Ele era um homem perigoso e ela o temia a cada vez em que seus olhos frios a encarava nos cantos da casa.

A ideia absurda de não poder andar sozinha, o comportamento de Justin no dia seguinte após a noite ardente era estranho.

Amelia pensou que seria melhor não ter feito o que fez, assim não estaria trancafiada dentro da sua própria casa.

— Está um dia caloroso. -a voz de Justin adentra em seus ouvidos enquanto ela ainda estava com o terço entre os dedos. Amelia faz o sinal da cruz e gira os calcanhares na direção dele.

— Sí. Mais que o normal.

— Quer descer?

— Acho que ficarei mais confortável no quarto, assim posso tirar esse vestido. -fala olhando para o que vestia, um tubinho colado ao corpo na cor preta com rosas estampadas. — Te esperarei quando retornar do trabalho.

Justin umedece os lábios sendo um pouco mais cauteloso ao aproximar-se dela, estende o braço direito na direção do ombro de Amelia, afagando sua pele lentamente.

— Ficarei com você hoje, eu te prometi.

O sorriso contente esboçado em seu rosto faz com que seu coração acelere. Então, o sexo tinha funcionado como uma moeda de troca. Um momento de prazer por um dia inteiro com seu marido, parecia justo.

Medellín    (Kim Namjoon x Min Yoongi )Onde histórias criam vida. Descubra agora