Capitulo VIII - De aquí no sales

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" perdóname dios, si fuera una mujer injusta e implacable. No merezco que me corten las alas y me atrapen en una jaula, me está matando por dentro. Si cometí un error, que el castigo divino caiga sobre mí, pero si soy inocente, déjame libre para que pueda volar. "

POV AMELIA.

O céu alaranjado parecia mudar para tons rosados desde a vez primeira olhada que dei por trás das cortinas de seda, aquele fim de tarde com uma brisa suave e ao mesmo tempo quente fazia com que meu corpo permanecesse quente sentindo os pelos da minha nuca se ouriçarem quando uma corrente de ar toca em minha pele. Troco o peso da perna direita para esquerda, inclinando-me para frente onde me debruço observando as pessoas caminhando do lado de fora.

Pareciam felizes, um carrinho de vendia sorvete em uma máquina velha faz a alegria de algumas crianças ao seu redor.

Bem diferente de Santa Rosa...a quantidade de carros passando pelas ruas e a altura dos prédios vizinhos. Eu tenho que agradecer a Deus por ver o sol se pondo no outro lado da serra, sumindo entre o verde enquanto mais uma noite solitária estava começando.

Terceiro dia em Medellín e tudo aqui me fazia sentir falta da minha cidade, as pessoas não olhavam para nós e se olhassem abaixavam a cabeça, Justin não andava mais sozinho e seus amigos não eram os mesmos.

Ver aquelas crianças do outro lado da rua sem nenhum perigo enche meu peito de esperança, me sentia revigorada e se elas podiam correr livremente naquele parque verde porque eu não poderia?

Justin não pode me esconder pela eternidade, as pessoas não me conheciam e não fazia sentido algum me manter aqui dentro quando o mesmo estava fora.

Eu não fiz absolutamente nada, não sou uma criminosa e não posso me sentir como uma.

Respiro fundo olhando para o reflexo do meu corpo no espelho da penteadeira, uso aquele cardigan azul por cima do vestido para cobrir o decote por baixo, não tinha mal algum me vestir daquela maneira aliás, as moças de minha idade estavam lá fora sem nenhum pudor em duas vestimentas.

Solto meus cabelos deixando-os livres, os fios se emaranham quando me aproximo da janela mais uma vez me certificando de que estaria segura.

Pego a bolsinha com poucos pertences, nada além do meu terço é uma carteira com alguns pesos. O apartamento estava vazio, não existia uma viva alma que me fizesse companhia além da televisão, já estava ficando completamente irritada por não trocar mais do que duas palavras com a mulher que subia para colher os sacos de lixo ou quando Bieber mandava alguém checar onde estava na sua ausência.

As Chaves na mesa de vidro no canto da porta e ao passar por ela a tranco me certificando de que estaria seguro.

Sinto meu coração palpitar um pouco mais forte como se estivesse fazendo algo de errado, são passos curtos e medrosos até o elevador para descer. Me incomoda o quanto ele demora para subir e isso me faz pensar duas vezes se deveria realmente fazer o que queria.

Suspiro batendo a ponta do pé freneticamente no chão, apertando a bolsinha em minhas mãos tentando não demonstrar tanto nervosismo. Era impossível! Minhas mãos estão gélidas e eu mal consigo entrar no elevador quando ele abre as portas.

Suspiro...

Eu estou ficando completamente maluca.

O elevador para em um outro andar e um homem adentra no mesmo, dou um passo para trás ficando em uma distância consideravelmente boa, com a cabeça abaixada espero chegar até o térreo. Foi um alívio quando ele saiu primeiro sem nenhum resquício de cavalheirismo, assim era melhor!

Medellín    (Kim Namjoon x Min Yoongi )Onde histórias criam vida. Descubra agora