Medellín (Kim Namjoon x Min Yoongi )

Capitulo IV - el dragon

Uma inquietude faz com que seu coração comece a doer, cada segundo que se passava sentia um incômodo na barriga e perdia completamente a vontade de levantar da própria cama.

Nada parecia ser bom quando já se passavam mais de seis dias que Justin Bieber não retornará para o seu lar.

Foi depois de ter completado um mês de matrimônio o homem sumiu pela porta da frente como fazia todas as terças e quintas dizendo-lhes que voltaria em breve, o mesmo recado das outras vezes "não me espere nem para o almoço e muito menos para o jantar".

Por todas as coisas que Lourdes falou durante aquele tempo a fazia ficar cada vez mais apreensiva. Não era normal, em todos esse tempo que esteve nessa casa Justin Bieber sempre retornou.

Amelia ligava a tv da sala na esperança de assistir algum noticiário que pudesse denunciar algum tipo de ação policial ou a velha briga entre cartéis. Nada acontecia fora daquela casa, não em Pereira, Santa Rosa ou Cali.

O medo era que Justin estivesse em Medellín, justamente quando eles estão em uma quantidade desfavorável.

Ela aperta o terço entre os dedos aumentando toda a sua fé e devoção olhando para a imagem de Maria pedindo um direcionamento naquele momento. Quanto mais fazia suas preces, em sua cabeça se passava um filme de todas as histórias contadas.

O medo de que a polícia bata naquela porta e comece a atirar em todos que moram na casa ou que o cartel rival os fizessem de refém. Ninguém desejaria morrer tão jovem e muito menos ser uma viúva com tão pouco tempo de casamento.

A ideia de que suas preces poderiam ser atendidas mais rápido se ela estivesse na casa de Deus. Não no mesmo quarto em que desposava com seu marido durante noite, não era um lugar sacro e pela sua devoção cega isso pode está sofrendo um efeito contrário.

Então ela coloca seus sapatos e um lenço ao redor dos ombros, seguindo um pequeno percurso a pé para chegar em Santa Rosa antes do entardecer. O medo daquela estrada de barro laranja e pedregulhos batidos parecia ser o de menos enquanto seu coração não estava acalentado por palavras de alguém que pudesse conforta-la, o padre! Ele saberia o que dizer em uma situação dessas ou até mesmo o seu próprio pai.

Apressa os passos sentindo a gota de suor escorrendo de sua testa, nada poderia impedi-la de chegar ao seu destino em paz, mantendo-se firme em sua caminhada solitária. Nada de olhar para os carros que passavam com olhares curiosos para uma dama sozinha na estrada e muito menos respondê-los.

Quando chega na entrada da cidade, respira fundo sentindo seu corpo relaxar. Aqui ela estaria segura até quando Justin pudesse voltar. O impasse começa quando vê a antiga mercearia de seus pais do outro lado da praça, praticamente em frente à igreja. Talvez ela não soubesse que aquilo poderia ser uma decisão errônea em meio ao seu desespero e medo de ficar sozinha.

Amelia segue para visitar seus pais, sentindo aquela ansiedade tomando conta do medo que jazia de dentro para fora. As mãos já não estavam tão trêmulas e agora respirava aliviada ao ver seu pai com os cotovelos encostado em cima do balcão de madeira.

Nunca foi tão convidativo o cheiro de água ardente misturado com algumas carnes secas dentro do pote de vidro. Aquele lugar remetia segurança, uma segurança que estava tão longe do que sentia ao lado do marido. Os olhos de seu pai enchem de lágrimas, marejam de uma forma dura sendo escondidas pelo braço que ele passa na frente do rosto.

— Amelita! -exclama entusiasmado por ver a filha de pé na frente — Eu estava com saudades. -o homem passa pela portanhola de madeira e agarra a filha nos braços a apertando tão firme fazendo com que ela perca o fôlego por alguns segundos. Era disso que Amelia precisava dentro daquela casa, alguém que pudesse dizer que tudo ficaria bem.