Capitulo XX - Loco contigo

272 19 90
                                    

Me alegro instantemente com a nostalgia de ouvir uma de suas musica favoritas cuando voy por la calle, tocava dentro da mercearia de papai. De costas para a rua enquanto arrumava a prateleira com bebidas novas, empolgado pela letra da canção do Trio América, não percebe minha presença até descer do bando de madeira e se deparar comigo parada a poucos metros de distância.

Seus olhos brilham como se estivesse prestes a chorar, atravessa a portinhola de madeira com afobação me puxando para os seus braços de uma forma calorosa. Papai não era bom em demonstrar seus sentimentos com palavras, suas ações valiam mais do que qualquer outra coisa.

Naquele momento me sinto segura, como se nada nesse mundo pudesse me atingir. Nem a polícia, Justin Bieber ou qualquer um que se atravessasse em meu caminho.

— Amelita, hija. -titubeia com a voz embargada, me olha dos pés à cabeça e vê a mala jogada no chão — Venha! Venha! Sua mãe ficará feliz em vê-la!

Segura em meu pulso me levando para fora do lugar entre algumas mesas de madeira, duas casas do outro lado estava o portão de ferro pintado de verde escondendo as plantas do jardim improvisado feito por ela, o jarro de barro encostado embaixo da janela branca destacando-se na parede amarela.

Tudo aqui é tão colorido, vivo e alegre.

O cheiro herbáceo vindo da casa, aquele perfume de ambiente que minha mãe costumava usar para quando chegasse às visitas, assim esconderia o cheiro do cigarro que as vezes papai fumava escondido pela madrugada, segundo ela "o cheiro do tabaco está impregnado em tudo".

Deixo de lado minha indiferença com meu irmão mais velho, passo por ele o cumprimentando com um sorriso e o vejo torcer os lábios em desdém. Entendia o motivo do seu ódio, um homem não gostava de ser salvo por uma mulher e principalmente se ela fosse a sua irmã mais nova. Os planos de Miguel eram outros, queria que eu estudasse fora e me tornasse uma mulher independente, no entanto a cocaína pareceu ser mais vantajoso do que esperar por alguma recompensa de trabalho suado no futuro.

Eu não tinha culpa de ter me casado com Justin Bieber. Entretanto, Miguel tinha culpa por ter colocado toda a nossa família nesse situação e por isso se limitava a trocar algumas palavras comigo desde a notícia em que eu iria me casar com um dos homens que o queria morto.

Minha mãe joga o pano que estava em seu ombro em cima da mesa, corre na minha direção me espremendo em seus braços arrancando um pouco o meu fôlego. A retribuo da melhor maneira possível, sentia falta dela todos os dias.

Seguro minhas lágrimas, tento parecer tão forte e feliz enquanto mamãe beija o meu rosto e fala o quanto estou "linda".

— O dinheiro te fez bem. -comenta segurando em meus ombros, analisando as roupas que usava — Seu marido, onde está?

Procura olhando por cima, balanço a cabeça negativamente e dou alguns passos até a mesa, beliscando algum quitute que estava embaixo de um pano branco.

— Don Bieber não virá. -balbuciei.

— Como não?

— Ele tem coisas a resolver com as putas dele em Medellin. -minha mãe dá um tapa no meu braço direito, me encara reprovando o que eu tinha dito — Bieber tem varias putas, eu até as conheço!

— Amelia. -repreende — Não diga uma coisa dessas sobre o seu marido.

— Porque não?

— As pessoas são invejosas. Sabe quantas dessas mulheres não queriam ter a sua vida? Não fique lastimando por aí sobre o seu casamento, atrai coisas ruins.

Medellín    (Kim Namjoon x Min Yoongi )Onde histórias criam vida. Descubra agora