Tudo Irá Ficar Ok!

Capítulo 16

 Uma Semana se passou. Jorge e Márcia estavam decididos a fazer com que Philip retornasse com seus tratamentos. Stéfany apoiava a decisão dos pais, e foram até o antigo quarto de João para falar com Phil:

- Toc! Toc! posso entrar?

 Philip não respondeu, e nenhum som se ouvia no quarto. Márcia abriu a porta, Phil não estava lá. Os lençóis da cama estavam esticados como se tivesse sido arrumada naquele momento, as roupas de Phil estavam na cadeira da escrivaninha e o seu óculos também, mas, a bíblia havia desaparecido com o moço. Márcia e Stéfany foram até a cozinha e também não estava lá, foram até a sala de jantar, nem sinal dele, foram até o banheiro, e as portas estavam abertas, sem ninguém dentro. Jorge chega até a sala e vê sua esposa e filha desesperadas, ele sem entender pergunta:

- Minha esposa, o que há?

- Querido, Phil sumiu. Fui até o quarto dele e não estava, parece que nem dormiu aqui essa noite. Procuramos o menino a casa toda e nem sinal dele.

 Jorge acariciou o rosto da esposa, com um sorriso devasso e um ar de alívio, e respondeu:

- Meu amor, ele está no jardim desde cedo. Levantei para regar as plantas e ele estava lá, sentado com aquela bíblia na mão, lendo enquanto arrancava as pétalas do girassol.

- Ufa! Pensei que ele tinha... ah, deixa para lá.

 Stéfany foi até a janela da cozinha e viu que ele realmente estava lá, ela então decidiu preparar um café da manhã especial para ele. Stéfany sabia preparar os melhores quitutes da casa. 

 Jorge e Márcia conversavam na sala a respeito de Philip. Ele demonstrava ter saído do estado depressivo, mas ainda tinha os problemas cardíacos, eles precisavam fazer algo por ele.

-  Querido, sabe onde fica o consultório onde a mãe o levava?

- Sim, é onde você fez o tratamento da alopecia.

- Ótimo, vou até lá conversar com o médico.

- Isso, querida. Eu vou procurar o psicólogo.

  Enquanto planejavam ir atrás dos médicos de Phil, Stéfy passou por eles com uma enorme cesta de piquenique, e garrafas de suco debaixo do braço, ela perecia estar tentando passar desapercebida, mas seus pais, quando a viram, começaram a rir. Ela foi até o jardim e parou em frente ao Phil e disse:

 - Oi Phil, posso sentar aqui com você?

- Oi, Stéfy. Sente-se.

- Trouxe algo para comer, chega para cá!

  Phil sorriu e se aproximou de Stéfany. Ela perguntou:

- O que você está fazendo aqui?

- Eu acordei no meio da noite e peguei essa bíblia, li algo sobre a vida do homem ser como a flor, acho que é um Salmo. Por que comparar a vida do homem com a flor?! Eu vim aqui para tentar entender isso, mas não consigo achar uma explicação.

- Calma, você irá conseguir. Por que não conversa com o Pr. Caleb?! Tenho certeza que ele irá te ajudar com isso. Agora vamos acabar com esse assunto e comer. Prove minhas tortas.

- Estão ótimas, nem parece que foi você que fez.

  Os dois começaram a rir e perceberam que faziam bem um para o outro. Os pais de Stéfany assistiam pela janela da cozinha, eles viam nos dois uma possível paixão adolescente.

- Lembra, querida, de quando nos conhecemos?

- Como poderia esquecer, você estava usando uma camisa laranja horrível.