Capítulo 31

98 15 0
                                    

- Acha que nunca mais vamos sair daqui? - Pergunta Larissa apoiada em meus ombros, estamos sentados em um colchão no chão e Nando dorme tranquilamente em nosso colo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Acha que nunca mais vamos sair daqui? - Pergunta Larissa apoiada em meus ombros, estamos sentados em um colchão no chão e Nando dorme tranquilamente em nosso colo.

- Eles irão nos achar, vão nos tirar daqui assim que puderem, isso não é uma suposição e sim uma afirmação Lari. - Deposito um beijo em sua testa e fecho meus olhos.

- COF, COF.

- Pai você está bem? - Pergunto a ele notando sua piora.

- Eu vou ficar bem. - Diz para me tranquilizar, mais ambos sabemos que isso não é verdade.

- Estou com sede. - Reclama minha mãe, estamos em celas separadas mais são apenas de grades, então conseguimos ver uns aos outros.

- Aguenta firme mãe.

- Eu vou meu filho, eu vou...

- Tive uma ideia

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Tive uma ideia. - Falo a Jake na fila para o almoço.

- E qual seria ela? - Pergunta de certa forma curioso.

- Vou usar o meu dom para encontrá-los, acho que consigo libera-los sem entrar no lugar.

- Acha isso mesmo possível? - Pergunta.

- Improvável, mais possível, não estou dizendo que não vamos entrar, estou dizendo que podemos liberar a cela e esperarmos eles em algum lugar, igual fiz quando Marley me levou.

- Marley te sequestrou? - Pergunta ele de olhos arregalados.

- Não exatamente, mas falamos sobre isso depois.

- Ok, como você pretende fazer isso?

- Bom...

- O que você está aprontando Rayana? - Pergunta desconfiado.

- Me encontra na ribanceira depois do almoço e eu te conto. - Então saio e me sento em uma das mesas de madeira que ali tinha, elas foram feitas por eles mesmos aparentemente, tem algumas brechas mais isso não é problema, os bancos são de troncos de árvores, tudo aqui é bem simples, mais de certa forma aconchegante, mais nossa estadia por aqui acabará logo.

- Está gostando daqui? - Uma menina negra de curtos cabelos crespos na cor marrom escuro e olhos esmeraldas me pergunta.

- Não é algo que estou acostumada mais estou gostando sim, a comida também é diferente, mais é boa.

- Aposto que garotas da cidade acham isso aqui um horror. - Eu riu e ela me olha.

- Falei algo de errado? - Pergunta com medo de que a resposta seja sim.

- Não é só que... Eu sou da cidade..- Ela arregala os olhos e tampa a boca, riu ainda mais com sua reação.

- Muito prazer eu sou a Lo... Rayana. - Dou uma leve risada constrangida com meu deslize. - Rayana Lourdes,  algumas pessoas me chamam de Lo. - Digo e acho que consigo disfarçar.

- Tudo bem Lo, eu sou a Bonny. - Diz estendendo a mão e a aperto em um gesto de empatia.

- Pensei que os índios fossem morenos de cabelos pretos e lisos. - Digo após colocar um pouco de peixe em minha boca.

- É o que a maioria acha, mas os índios se casaram com Europeus, Russos, Japoneses, Italianos... Enfim, acho que entendeu.

- Sim. - Então nós duas rimos.

- É um milagre você ter sobrevivido sabia? - Diz.

- Também acho, ainda estou zonza, tonta e enjoada mas está tudo bem.

- Como não perdeu a memória? Você parece uma Deusa sabia? - Riu um pouco e digo:

- Quem dera eu fosse uma. - Tentando transparecer realmente não ser tal.

- Você e seu namorado vão embora quando? - Faço uma careta tentando lembrar se tenho namorado.

- O Alan! Ainda está meio drogues não é? - Ela ri e eu apenas digo um: - deve ser. Então Reviro meus olhos sem que ela perceba.

- Pretendemos ir embora em breve, estávamos em uma viagem pelo mundo sabe e pretendemos continuar seguindo ela.

- Legal, eu nunca sai daqui. - Responde mudando sua expressão alegre para um olhar triste e desanimado.

- Eu até levaria você conosco mas... É complicado. - E coloca complicado nisso.

- Tudo bem. - Me responde sorrindo, ela muda sua expressão rapidamente, o que mais faz acreditar que ela esconde muitas coisas e tem um passado sombrio, não estou a julgando mas sim dando minha opinião sobre ela, Bonny é misteriosa, sinto isso, mas para não causar nenhum desconforto resolvo não perguntar nada a ela.

- Bom, agora eu preciso ir, vou me encontrar com Jake.

- Jake? - Paro e raciocínio que falei merda.

- Estava brincando, queria ver sua reação, me desculpe. - Foi a única coisa que veio em minha mente e por mais que ela assina que sim, sei que está desconfiada. Assim como combinado me encontro com Jake na ribanceira, nos sentamos no chão empoeirado e o garoto começa a suar com o quente Sol, comigo não acontece isso e acho que nem preciso dizer o por que.

- Pode me contar o que está planejando agora?

- Posso. - Então lhe conto tudo, cada detalhe...

- Isso realmente pode dar certo, mas de qualquer maneira é arriscado.

- Todas as pessoas que me importo estão lá, minha mãe pode estar lá, viva, não medirei esforços para saber se eles a mataram ou não, mais não posso viver com essa incerteza e muito menos com a culpa deles estarem lá por minha causa, espero que realmente me entenda Jake.

- Eu te entendendo Lorayne, mas não estamos preparados, não sabemos quem eles são e ir exatamente para a toca do inimigo não me parece sábio.

- Eles vão usa-los contra mim uma hora ou outra, irei para lá de qualquer modo, então ou os resgatamos e corremos o risco de ser pegos, ou esperamos a chantagem e vou por vontade própria em direção a morte.

- Eu não sei o que são e nem o que estão planejando, mais é bom me contarem agora por que não vão sair vivos daqui se descobrirem que mentiram sobre sua verdadeira identidade.

A Deusa da Chama: A Dona da Vida e da Morte (EDITANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora