Capítulo 10

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- Quem é esse homem? Quem colocou fogo na floresta? Será que dá para você responder pelo menos uma das minhas perguntas? - Diz meu amigo aflito pelo meu silêncio, mas a verdade é que preciso raciocinar um pouco, ela matou um homem, por que? Para q...

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- Quem é esse homem? Quem colocou fogo na floresta? Será que dá para você responder pelo menos uma das minhas perguntas? - Diz meu amigo aflito pelo meu silêncio, mas a verdade é que preciso raciocinar um pouco, ela matou um homem, por que? Para que? Me provar que ela é mais perigosa do que eu pensava? Por que se for por isso, ela conseguiu.



- Mas que merda está acontecendo aqui? - Diz meu melhor amigo desde a infância aborrecido, mas não posso lhe dizer o que realmente está acontecendo, não posso mete-lo nisso, ele já colocou a mão no fogo muitas vezes por mim, mas agora é diferente, por que se ele colocar, garanto que não será apenas a mão que irá queimar.



- Escuta, queria muito poder lhe dizer o que está acontecendo, mas não posso, isso o colocará em perigo e eu não posso e não quero arriscar isso, é da sua vida que estamos falando entende? - Digo colocando minhas mãos em seus ombros, mas o mesmo não me olha, não pisca e nem se mexe.



- Por que confio você, deixarei isso quieto. - Suspiro de alívio. Ele ainda está chateado comigo, mas não bravo.



- Obrigada. - Digo e bato em seus ombros.



- Como o fogo foi parar lá? - Pergunta ele apontando o dedo para a parte mais alta da floresta.



- Lorayne. - Sussurro e saio correndo.

- Mãe, me diz que eu estou errada

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- Mãe, me diz que eu estou errada. - Digo com lágrimas nos olhos, ela não pode ter feito isso com meu pai, ela não podia ter escondido algo tão importante assim de mim.



- Sinto muito... - Diz ela abaixando a cabeça, aposto que é de vergonha, como meu pai aceitou ficar com ela depois disso? Me aceitou como sua filha.



- Cala boca! - Digo sem pensar, não deveria estar gritando com ela, Carla é minha mãe. Mas quando se perde a cabeça, você não pensa nas consequências de suas ações.



- Lorayne, está tudo bem? - Pergunta Jonathan visivelmente preocupado. Reparo que sua mão está com sangue.



- Você se machucou? Eu sinto muito. - Ele deve ter se machucado quando empurrei ele.



- Não se preocupe comigo, está tudo bem. - Diz, mas não aceitarei isso.



- Rogério, da uma olhada nele. - O homem vai até o filho e o examina da forma mais complexa possível.



- Ele ficará bem, foi leve. - Suspiro de alívio.



- Além de ser fruto de uma traição é louca e machuca pessoas. - Começa a rir Larissa e a raiva me sob a cabeça. - COF, COF... - É aí que percebo que o fogo ainda está lá, cada vez consumindo ainda mais a floresta, matando as plantas, os animais... Eu fiz isso, deveria saber parar, mas eu simplesmente não sei como.



- Faz parar! - Mariana grita apavorada.



- Eu não sei como. - Começo a me desesperar. Como eu faço parar? Como?



De repente, o fogo se apaga e consigo apenas avistar a fumaça evaporar, olho para minha mãe tentando entender, mas as únicas coisas que se passam pela minha cabeça nesse momento é: o que eu sou, quem é meu verdadeiro pai e como desapareci, o mistério só aumenta e cada vez que isso acontece me distancio ainda mais de encontrar a verdade. No meio da escuridão uma voz diz:



- Boa noite, Lorayne, Carla e a todos aqui presentes. - Ele diz e então surge das sombras, esse homem não me é estranho, sua voz muito menos, acho que ele é da PIB, sim, é de lá que eu o conheço.



- É por isso que você tanto me quer, por que eu sou igual a você. - Digo ainda tentando processar. Não fui eu que apaguei o fogo, foi ele



- Igual não. - Diz ele fazendo um sinal com o dedo e estralando sua língua. - Você não é qualquer ser, mas se quiser saber o que é e como é especial, te contarei, porém, tenho uma condição.



- E qual seria? - Pergunto interessada.



- Você precisa vir comigo. - Diz dando um sorrisinho de mal intencionado, mas tudo bem, ele quer me intimidar, mas não me intimida.



- Mas nem pensar, ela não vai com você! - Diz minha mãe se colocando a minha frente.



- Por que não? Posso saber? - Pergunto cruzando os braços afrontosa para a mulher a minha frente. Estou brava com ela.



- Ele é um total estranho que está caçando você, não vou entrega-lo para qualquer um. - Diz Dona Carla praticamente cuspindo na cara daquele homem.



- Não estou entendo a senhora mãe, eu não posso ir com o homem que tem todas as respostas das quais preciso e tenho direito de saber, mas você pode escolher um qualquer por aí e ir para cama com ele? Eu sinceramente não vejo muita diferença. - Digo incrédula, ela não vai me impedir de ir com ele, por que eu vou, eu preciso disso, quero respostas e estou disposta a tudo para obtê-las.



- Isso é totalmente diferente. - Diz ao tentar contestar, mas falha, não irei cair nessa.



- Já descobriu que seu pai na verdade não é seu pai? - Diz ele e depois solta uma gargalhada.



- Parece que você sabe de tudo mesmo, vou com você e ninguém, absolutamente ninguém vai me impedir. - Digo olhando para todos, mas principalmente para minha mãe.



- Você fez uma ótima escolha, vem comigo. - Diz ele. Então eu começo a andar até ele.



- ESPERA! - Grita Phelipe. - Eu vou com ela, não a deixarei sozinha.



- Você não vai, tem um filho para cuidar e uma esposa para agradar, não irá querer me ver brava vai? - Diz Larissa, reviro meus olhos.



- Cansei dessa baboseira, vai com ele logo Lorayne e vê se não volta mais. - Diz Larissa e perco a paciência.



- Escuta aqui garota! Se está incomodada com a minha presença cai fora. - Fogo sai das minhas mãos novamente.



- Acho melhor irmos. - O homem que até em tão não sei o nome diz.



- Acho melhor mesmo, antes que alguém aqui não tenha mais ninguém para chamar de mãe. - Então vou até o homem e desapareço com ele pela Floresta, ele ilumina todo o caminho com o seu fogo e não diz uma palavra durante todo o trajeto. Chegamos em seu carro e entramos, começamos a andar e logo todo o cheiro de uma Floresta em chamas fica para trás. Mas a fumaça é possível ver de longe.



Chegamos a um prédio luxuoso e entramos neles, fazemos todos os protocolos de entrada e o homem abre a porta, ao entrar percebo imediatamente que ele me trouxe para o seu apartamento.

A Deusa da Chama: A Dona da Vida e da Morte (EDITANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora