- Essa menina é louca! - Digo já a flor da pele com a garota, como ela vai com um desconhecido assim? Isso é loucura.
- Calma, ela sabe se defender. - Diz Phelipe na tentativa de acalmar a todos, mas principalmente a Dona Carla.
- Ele não vai machuca - lá fisicamente. - Carla diz, mas como ela sabe disso?
- Como a senhora tem tanta certeza disso? - Pergunto aliviado por saber que ele não irá machucar Lorayne, mas o por que? Isso me assusta.
- À essa altura do campeonato ela já sabe de toda a verdade, eu menti quando disse que não o conhecia, eu preferiria mil vezes que fosse um desconhecido que a tivesse levado. - Diz ela assustada, o que pode ser de tão ruim assim? Mas decido não perguntar, ela já está estressada de mais para ter que explicar o que está acontecendo.
- O que pode ser de tão ruim assim? - É claro que Larissa perguntaria.
- Depois ela explica, melhor deixarmos ela se acalmar um pouco primeiro. - Diz Phelipe, sensato como sempre.
- Mas eu quero saber agora! - Ótimo, ela está agindo que nem uma criança de 5 anos, reviro meus olhos e respiro fundo para não acabar falando umas verdades para minha cunhada e complicar ainda mais tudo.
- Temos que achar Lorayne primeiro, essa é a prioridade. - Digo tentando mudar de assunto.
- COF,COF...
- Está tudo bem pai? - Pergunto.
- Sim. - Ele responde, acho que ele digeriu muita fumaça.
- Você tem razão, Carla, sabe aonde aquele cara pode ter a levado? - Phelipe pergunta rapidamente.
- Marley.
- Como? - Pergunta meu irmão confuso.
- Aquele cara se chama Marley e eu sei para onde ele a levou. - Dona Carla tem algum segredo muito sombrio, e Marley tem tudo a ver com ele, posso sentir isso.
- Para onde? - Pergunta minha mãe.
- Para o seu apartamento, um luxuoso condomínio no Centro da cidade. - Como é que é? Por que ele a levaria para lá?
- Sabe onde fica? - Pergunta meu pai que até agora estava quieto, Mariana, minha mãe, está com Nando, ela quer mantê-lo adormecido pelo máximo de tempo possível.
- Sei, mas é praticamente impossível entrar lá. - Faz sentido, se é um condomínio luxuoso a segurança é reforçada.
- Você já foi até lá? - Pergunta meu pai participando da conversa.
- Já. - Diz a mulher de cabeça baixa, seu olhar e sua expressão demonstram algo que não consigo descrever, culpa talvez.
- Como você entrou lá? - Pergunta meu irmão querendo saber, mas eu não acho que vamos conseguir entrar como ela entrou. A mesma não responde, apenas junta as suas coisas e diz: - Vamos, não temos tempo a perder.
Já estamos andando a 3 horas, tem certeza que estamos indo pelo caminho certo? - Pergunta Larissa fazendo o que sempre faz: reclamar, como meu irmão casou com ela? Me pergunto isso todos os dias e acho que nunca vou encontrar a resposta, por que isso não tem explicação.
- Estamos indo pelo caminho certo sim, se dúvida vai na frente, vamos ver se faz melhor. - Diz Carla surpreendendo todo mundo, estou de boca aberta e de queixo caído, Larissa fica quieta e continuamos a seguir o caminho.
- É aqui. - Diz Carla instantes depois nos mostrando um prédio de uns 40 andares aproximadamente, com seguranças para todos os lados.
- Como a gente vai entrar nisso? Pergunta meu pai preocupado, vejo Phelipe quieto, aposto que está pensando em algo.
- Tive uma ideia, mas vocês não vão gostar. - Diz Phelipe.
- E qual seria essa ideia? - Pergunta minha mãe interessada.- Deite um pouco, descanse e depois você pode me dar a resposta. - Sem forças para contestar eu me deito em deu sofá, ele vai até algum lugar e instantes depois me cobre, agradeço por isso por que estou com frio, tento dormir mas acordo pouco tempo depois, não me sinto bem estando aqui.
- Sei que a horas está fingindo dormir. - Diz ele, mas não me surpreendo nem um pouco, me surpreenderia se ele soubesse o que estou fazendo.
- Estou cansada, você deveria ir dormir também. - Digo com a voz fraca, realmente estou exausta, usei muito da minha força.
- Para você fugir? - Nem pensar.
- Não sabia que era uma prisioneira. Digo levantando um pouco do meu corpo. - Que horas são? Pergunto ao sentar no sofá.
- Umas 5:00 horas da manhã, por que a pergunta?
- Eles devem estar preocupados comigo, tenho que voltar. - Digo já colocando meus sapatos.
- Você não pode ir.
- E por que não? - Todo o meu sono vai se embora nesse momento, a única coisa que consigo sentir e raiva desse homem, raiva de quem ele é, raiva do que ele fez, raiva por ter me falado a verdade... Não precisava saber disso por ele, eu tinha que saber pela minha mãe, eu deveria ter ficado. - Foi um erro ter vindo com você. - Digo já o tirando do meu caminho. Quando abro a porta me deparo com dois homens super altos vestidos como seguranças, então eu peço para saírem da minha frente, mas nenhum deles se mexem.
- Eu quero sair, da para você pedir para esses senhores liberarem o caminho?
- Deixa eu ver... Não. - Diz pulando no sofá, sério? Então eu desisto e me jogo na poltrona que tem em sua sala.
- O que você quer comigo? - Pergunto já desanimada.
- Te proteger. - Riu com o que disse.
- Me proteger? - Não é me trancando em um lugar que eu não posso sair que você vai fazer isso.
- Fabiana acha que você está morta! Mas ela vai descobrir que está viva e virá atrás de você para mata-la, se mesmo não sabendo quem você é ela já tentou fazer isso, imagina quando souber, não posso deixar te tirarem de mim de novo, NÃO POSSO. - Grita ele.
- Como assim já tentou?
- Quem você acha que colocou fogo na igreja? - Foi ela.
- E esse tempo todo eu achei que fui eu... Que eu tinha feito isso. - Digo aliviada, mais assustada com essa tal de Fabiana.
- Quem é Fabiana? - Pergunto com raiva em meus olhos.
- Ela... Que barulho é esse? - Pergunta ele se levantando.
- Parece o alarme de incêndio, precisamos sair daqui rapidamente. - Dou um leve sorriso disfarçado.
- Mas que merda está acontecendo aqui?
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A Deusa da Chama: A Dona da Vida e da Morte (EDITANDO)
ParanormalE lá estava eu, novamente sentada sozinha em meio a grama da floresta mais perigosa e deserta de toda a cidade de Tanzânia (situada na região sul brasileira), é uma floresta escura e sombria, conhecida por suas grandes árvores que vão até o céu e o...