- É... - Pego a colher da mão de Jake e colocando - a na panela pego comida para mim e para ele, sei que ele não vai esquecer disso, mas não quero falar sobre isso agora, não sei o que estou fazendo, gosto do Jonathan... Mas talvez goste muito mais do Jake. Droga! Não sei o que fazer e a única coisa que consigo pensar é: em que merda eu me meti?
- Amanhã de manhã temos que fazer um plano, vou tentar falar com eles de novo e tentar sair de lá para identificar o local. - Falo colocando um pouco de comida em minha boca.
- Não tente disfarçar. - Diz Jake, obviamente ele sabe que estou a fazer isso.
- Não estou disfarçando, precisamos acha-los. - Falo olhando em seus olhos e não sei como consigo não desviar. Bonny olha tudo atentamente e a impressão que tenho é que ela quer se enfiar de baixo de um buraco nesse momento.
- Acho que vou comer em outro lugar. - Diz Bonny tentando sair da situação que nos meteu.
- Você causou isso, que fique aqui agora. - Digo sem desviar meu olhar do de Jake.
- Quem disse aquilo foi você não ela. - Diz Jake defendendo Bonny, eu não estaria nessa situação agora se não fosse por ela.
- Não quero discutir, vou comer no meu quarto. - Digo pegando meu prato, estou saindo quando Jake me segura pelo braço e diz:
- Você não vai a lugar algum. - Ele me olha fixamente e fala com a voz autoritária. Ele pega meu prato em sua mão e coloca na mesa sem tirar os olhos de mim.
- Você não manda em mim. - aqueço meu corpo e ele solta imediatamente sua mão do meu braço, vejo sua mão queimada, mas logo se cura, então eu saio, mas Jake é persistente e vem atrás de mim.
- Precisamos conversar. - Paro e olho para ele.
- Não sei por que falei aquilo tá legal? Apenas saiu, estou confusa, não sei o que eu sinto e eu não quero magoa-lo de novo, então para. - Digo olhando friamente para ele, não quero demonstrar a fraqueza que sinto por magoar as pessoas.
- Se não conversarmos terá me magoado de novo. - Por que ele brinca tanto comigo? Sei que mereço mas... Se conversamos irei machuca-lo de novo e não preciso fazer mais uma burrada agora.
- Uma conversa, apena isso entendeu? - Ele assente que sim e entramos no meu quarto, o que estou fazendo? Fecho a porta e de costas para ele começo a dizer:
- Olha... Meus sentimentos de antes não são mais reais, eu sei que não são.
- Mas os sente não é? - Assinto que sim. Ele vem até mim e segura a minha mão, me obrigando a olha - lo.
- Não irei forçar a barra, se acha que não é real, tudo bem, mas saiba que sempre irei te amar.
- Você tem uma vida inteira, infinita, imortal... Não me amará para sempre. - Digo, tem que ser verdade, ele tem que me amar apenas como sua amiga, ele precisa disso tanto quanto eu também preciso.
- Se minha vida é infinita, infinitamente te amarei Any. - Diz tão perto que preciso me afastar. Fecho meus olhos tentando absorver essas palavras tão duras de ouvir, ao me recompor volto a falar:
- Eu achava que Phelipe seria a única pessoa que amaria e agora... Já amei alguém além dele. - Digo olhando em seus olhos.
- Sei o que eu sinto e sei que não passará tão rápido, posso amar outra pessoa, mas jamais será como amo você. - Isso ele tem razão, não amei Jake como amei Phelipe, sei disso, sinto isso. Amei Phelipe muito mais.
- Quero que continuemos a nos falar a pesar de tudo, preciso de você, Jake. - Digo.
- Eu também preciso de você Any. - Seu olhar parte meu coração.
- Talvez eu possa lhe amar de novo, mas não quero lhe dar esperanças aonde eu não sei se tem. - Digo e desvio meu olhar, não quero que ele desista do que quer, mas tenho medo que isso apenas o machuque mais do que já está machucado. Não sei como reagir a isso, não sei o que fazer ou o que dizer.
- Me de um tempo, 6 meses, se não me amar até lá irei te deixarei em paz. - Diz.
- Já te disse que preciso de você, não pode ir embora. - Estou sendo egoísta, talvez deva deixa-lo ir mas... Acabei de dizer que preciso dele e ele acabou de dizer que precisa de mim.
- Sempre estarei com você, mas se não me amar até lá, será insuportável estar ao seu lado sem te ter da maneira que quero. - Sei como ele se sente, senti isso quando vi Lipe e não pude ter ele como eu queria, como eu tinha. Me parte o coração mais do que já está partido ao pensar que estou fazendo Jake passar o que eu passei e sentir o que eu senti.
- Sinto muito por tudo... Não queria que fosse assim. - Digo já derramando as lágrimas que tanto segurei para não derramar.
- Ei... - Ele enxuga as minhas lágrimas com seu polegar. - Não chore, está tudo bem.
- Não, não está tudo bem. - Ele continua a tocar em meu rosto com delicadeza e as minhas lágrimas aumentam cada vez mais. Ele me abraça e eu o abraço. Depois de um tempo ele se afasta um pouco e beija a minha testa.
- Boa noite. - Diz e então se afasta, pronto para sair. Mas não estou pronta para que ele vá. Não ainda e não agora.
- Espera.- Digo. Ele se vira para mim confuso.
- Fica comigo essa noite? - Não acredito que disse isso. - Não quero ficar sozinha.
Ele se surpreende com o meu pedido mas o acata mesmo assim, então ele vai até a minha cama e a arruma para dormirmos.
- Você não vem? - Pergunta e agora que percebo que estou a minutos parada. Ele se deita na cama e eu me deito ao seu lado, ele me abraça delicadamente e assim adormecemos.
Não sei se fiz a coisa certa, mas não quero ficar sozinha, não quero que ele vá embora.
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A Deusa da Chama: A Dona da Vida e da Morte (EDITANDO)
ParanormalE lá estava eu, novamente sentada sozinha em meio a grama da floresta mais perigosa e deserta de toda a cidade de Tanzânia (situada na região sul brasileira), é uma floresta escura e sombria, conhecida por suas grandes árvores que vão até o céu e o...