- Esse é você e a Lorayne saindo do seu apartamento na hora do " incidente", pode me explicar isso? - Pergunta Fabiana me olhando afrontosa com seu iPad na mão. - Não lhe devo explicações. - Digo nada além da verdade.
- Me deve sim, por que se o que eu estou pensando for verdade... - Me levanto bruscamente da cadeira de meu escritório, era isso que ela queria, agora ela sabe que é verdade e vejo um sorriso traiçoeiro se formar em seu rosto.
- Se você encostar um dedo nela eu juro que te mato.
- Você mentiu para mim, me disse que ela estava morta! - Diz ela jogando alguns papéis que estavam por perto no chão.
- Você tentou mata-la, queria que eu fizesse o que? Deixa - se você tentar de novo? Ela é minha filha Fabiana, não podia deixar nada assim acontecer com ela de novo. - Digo já com a voz alterada. - Você me traiu, nós éramos casados e você fez uma filha com outra, eu estava e ainda estou revoltada, como você pode...
- Você era incapaz de me dar filhos, eu precisava de uma descendência, precisava que essa criança estivesse por perto, eu não tive escolha.
- Você é mais canalha do que eu imaginava.
- Pelo menos eu não sou uma assassina.
- Sua expressão muda rapidamente.
- Sei que você matou aquele homem, da mesma maneira que tentou matar duas vezes Lorayne, quando ela tinha 7 anos você colocou fogo na casa não foi? No quarto dela, você ouvi minha discussão com a Carla e foi assim que descobriu toda a verdade, tomada pela raiva resolveu matar a todos, mas felizmente matou a pessoa errada, você me fez acreditar até o dia de hoje que foi a minha garotinha que tinha feito aquilo, mas foi você e eu fiz ela acreditar que foi ela!
- Como uma garota de 7 anos que está dormindo coloca fogo em uma casa? - Droga! Falei demais. - ...
- Perdeu a língua? - Já te disse uma vez e irei repetir: eu não te devo explicações. - Então saio da minha sala, preciso achar Lorayne antes que Fabiana a ache.- Estarei com você nessa. - Diz Jonathan andando até mim, ele age como se nada tivesse acontecido, mas no toque de sua mão sinto que ele prefere fingir que eu não fiz o que fiz, então Phelipe vem até mim, colocando sua mão por cima da de Jonathan, então minha mãe da um passo para frente e faz o mesmo, em seguida Mariana e Rogério juntos, até Nando colocou sua mão e Larissa não:
- vai vir? - Pergunto e rapidamente ela coloca sua mão também.
- Ótimo. - Então todos soltam e seguimos nosso caminho ( seja lá qual seja ele ). - Já estamos a mais ou menos 4 horas caminhando sem parar, resolvo que está na hora de uma parada, sei que ninguém está mais aguentando ficar de pé.
- Ei galera, hora de uma pausa, vou procurar algum lugar para passarmos a noite e um riacho para tomarmos banho e bebermos água, logo irá anoitecer então precisamos ser rápidos, Phelipe você é bom de caça então quando já estiver recomposto procure algo para comermos, cuidado com as frutas venenosas e não deixe nenhum animal te machucar.
- Claro. - Digo dando um pequeno sorriso gentil, então ele se levanta.
- Não é melhor alguém mais velho ir com ela? - Pergunta Phelipe.
- Rogério, quer ir conosco? - Digo e Jonathan ri, eu me seguro para não fazer o mesmo.
- Muito obrigada pelo convite, mas creio eu que saiba se defender sozinha. - Eu sorrio para ele e saímos em busca de algum lugar que não seja ao alento para dormirmos. Um tempo se passa enquanto caminhamos:
- Por que falou aquilo para o Phelipe? - Pergunta Jonathan quebrando o silêncio instalado entre nós. - Aquilo o que? - Pensei que quisesse a companhia dele.
- Querer eu quero, mas não consigo estar perto dele sabendo que ele não é meu, não posso cometer o mesmo erro de novo, não consigo resistir a ele então tenho que me afastar dele. - Entendo. - Diz ele olhando para baixo.
- Não, você não entende.
- Entendo o que é querer estar perto de uma pessoa mas não te - lá em seus braços.
- Sinto muito que não tenha essa pessoa, mas acho que você deve arriscar e dizer a ela o que sente. - Digo a ele.
- E se ela ama outra pessoa? - Pergunta.
- Então espere um pouco para dizer, talvez você pare de gostar dela e possa evitar muita coisa. - Digo esboçando um pequeno sorriso e quando vejo estou segurando suas mãos, solto - as rapidamente e depois de um tempo caminhando em silêncio digo:
- Desculpa por mais cedo... Eu não deveria ter sido tão dura com você.
- Está tudo bem, nós dois erramos, eu não deveria ter gritado com você, deveria ter me posto em seu lugar primeiro para saber como estava e creio eu, que ainda está se sentindo. - Estamos bem então?
- Só se você não nos assustar daquela maneira novamente... - Sinto que ele está com um pouco de medo de mim, mas eu também causei isso.
- Sobre aquilo... Eu exagerei um pouco. - Digo meio envergonhada.
- Um pouco? - Pergunta ele com ironia e sarcasmo.
- Muito. - Então nós dois rimos e continuamos caminhando até achar um riacho, Também achamos uma gruta a alguns metros de distância.
- Vou entrar lá para ver se é segura, volte e traga os outros, aqui é uma área mais fechada de qualquer maneira e eles precisam tomar banho, então terão que vir da mesma forma para cá, assim nos poupa tempo, a bateria das lanternas não vai durar muito e não é bom andar pela floresta a noite.
- Tudo bem. - Diz ele meio receoso, então entro na gruta e ele vai embora.
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A Deusa da Chama: A Dona da Vida e da Morte (EDITANDO)
ParanormalE lá estava eu, novamente sentada sozinha em meio a grama da floresta mais perigosa e deserta de toda a cidade de Tanzânia (situada na região sul brasileira), é uma floresta escura e sombria, conhecida por suas grandes árvores que vão até o céu e o...