Ligo o chuveiro com a água fervendo e não me incomodo dela queimar minha pele, afinal, o que eu seria se não estivesse queimando? O que eu seria se não queimasse? Não seria nada. Depois de um demorado banho me enrolo na toalha e com um secador que aqui inclusive tem seco meu cabelo e penteio ele, seu vermelho vivido e brilhoso faz com que meus fios estejam lindamente impecáveis e não deixo de sorrir por isso, me seco e visto minha roupa, em uma gaveta encontro maquiagem e meu sorriso se alarga ainda mais por isso, esse bunker foi realmente feito para pessoas como eu e irei aproveitar o máximo que puder disso.
- Uau. – Diz Jake ao me ver sair da porta do banheiro, o que diabos ele está fazendo no meu quarto? Me imagino furiosa com isso e funciona, meus cabelos e olhos brilham, o mesmo fica ainda mais admirado do que antes e só faltava sair literalmente baba de sua boca, reconheço que estou linda, com um batom vermelho sangue e um delineado perfeito, cílios grandes e extremamente pretos, deixam qualquer homem louco. Reparo que Jake também tomou banho e trocou de roupa, ele está com um tipo de uniforme todo preto, esse estilo lhe caí muito bem.
- O que faz no meu quarto? – Pergunto.
- Vim ver por que estava demorando tanto, mas já percebi o por que. – Diz mordendo seus lábios.
- Pode ir parando aí, conheço esse sorriso.
- Queria que eu fizesse o que? Não te desejasse mais do que já a desejo? – Por um momento não sei o que responder.
- Não faça isso com a gente. – Digo sincera, talvez de certo, mas se não der...
- Fazer o quê? – Pergunta se aproximando de mim e ao chegar perto suficiente acaricia meus cabelos, viro meus rosto e sinto sua respiração em meu ouvido, me arrepio inteira e sinto seu sorriso quando o mesmo percebe isso.
- Jake. – Olho para ele. – Não conseguirá o que quer de mim, não tão cedo. – Sussurro em seu ouvido e agora sinto ele arrepiar, mordo meus lábios e saio dali, estou tendo o costume de sair em todos os momentos, talvez eu apenas queira fugir de situações como essas quando não sei o que fazer, isso quer dizer: sempre.
- Que cheiro bom é esse? – Pergunto indo até a cozinha, sendo atraída pelo maravilhoso cheiro.
- Estava com fome, confesso que foi um pouco difícil saber como isso aqui liga, mas nada que um manual de instruções não ajude. – Diz mostrando um papel.
- É. – Digo e me sento na bancada.
- Fiz panquecas com mel, aqui o seu.
- Obrigada. – Digo e começo a comer, estava tão ocupada com meus pensamentos que esqueci o quanto estava com fome e cansada.
- Está linda aliás. – Diz sorrindo, eu apenas sorrio também e volto a comer, depois disso vou até meu mais novo quarto e me jogo na cama, estou tão cansada que rapidamente pego no sono e as horas se passam.
Fui me deitar era por volta de 15:00 horas da tarde, acordei era quase 19:00 horas, me levanto e vou até a área de treinamento, não me preocupo em procurar os outros, apenas vou, quando chego avisto um saco de pancadas, vou até os equipamentos e pego um par de bandagens de algodão e me concentro em coloca-los sozinha, o que é mais difícil do que eu pensava.
- Como se faz isso sozinha? – Exclamo, estico bastante meus dedos e coloco o elástico no dedão o esticando bastante para dar instabilidade a mão e ao punho, mas tomo cuidado para não apertar demais e trancar a circulação sanguínea. Depois enrolo a bandagem umas 4 vezes pelo punho da mão, enrolo mais 3 vezes na parte logo acima do dedão, passando para o outro lado, passo 1 vez enrolando no dedão e depois entre todos os meus dedos, enrolo várias vezes pela parte dobrável da mão e mais 2 vezes pelo punho, por fim a prendo no velcro. Tento várias vezes em minha mão esquerda mas todas as tentativas são falhas, devo estar a meia hora tentando fazer isso nessa mão.
- Precisa de ajuda? – Ouço a voz de Jake atrás de mim.
- Não. – O que obviamente é uma grande mentira.
- Certeza? – Pergunta novamente, ele sabe que preciso de ajuda.
- Certeza. – Digo, ainda bem que ele não pode olhar para minha expressão agora, ele está atrás de mim.
- Última chance. – Diz ele novamente e começo a me irritar.
- já disse que não preciso da sua ajuda. – Digo me virando para ele. – Tenho que aprender a fazer isso sozinha.
- Está bem. – Diz ele e Bonny aparece instantes depois.
- Pronta? – Pergunta ele para ela.
- Acho que sim. – Então ele pega uma bandagem e enrola na mão dela, seria bem mais fácil com ajuda confesso.
- Está olhando o que? – Pergunta ele ao perceber que estou encarando como ele enrola a bandagem na mão de Bonny.
- Nada. – Então me viro e continuo, ele faz na dele e começa a ensinar Bonny a lutar, queria estar lutando também, mas é impossível no momento.
- Para que ser tão durona? Deixa eu te ajudar. – Diz ele percebendo que não consegui até agora.
- Já disse que não preciso e não quero a sua ajuda. – Ele dá de ombros e continua a ensinar Bonny a lutar.
- Consegui. – Digo uns 20 minutos depois, Bonny foi beber água, ela já estava exausta.
- Quer treinar um pouco agora? – Pergunta ele sorrindo para mim.
- Não te perdoei, você não me levou até eles. – Digo tentando cortando seu sorriso irritantemente lindo.
- Tem certeza que não quer me usar como saco de pancadas?
- Agora a história é completamente diferente...
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A Deusa da Chama: A Dona da Vida e da Morte (EDITANDO)
Siêu nhiênE lá estava eu, novamente sentada sozinha em meio a grama da floresta mais perigosa e deserta de toda a cidade de Tanzânia (situada na região sul brasileira), é uma floresta escura e sombria, conhecida por suas grandes árvores que vão até o céu e o...