Capítulo 55

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Semanas se passaram, minha mãe surtou quando descobriu o que eu pretendia fazer, mas ela já está se acostumando com a idéia e sobre a Lorayne, bom... O que eu posso dizer? Estou quase convencendo ela. Já encontramos um vampiro que esteja disposto a me transformar e ajudar no período pós transformação. Nos encontramos recentemente com esse vampiro, fora do bunker, obviamente, para saber como seria o processo de transformação. Ele disse que quando estivesse pronto era só chama - lo, que ele estaria no local combinado. Uma cabana no meio da Floresta, ela também fica em Tanzania. Ele me deu um frasco com o seu sangue, que deixo pendurado no pescoço, em formato de um colar.

- Nenhuma notícia do Jake? Ou do Anthony? - Lorayne faz essa pergunta todos os dias e sempre recebe a mesma resposta.

- Não. - Diz Phelipe.

- Acho melhor parar de se preocupar com ele, Jake sabe se cuidar sozinho. - Me arrisco a dizer.

- Talvez. - Diz ela. - Mas mesmo assim, preciso ao menos saber se ele realmente está bem, e se Anthony o pegou? - Essa é uma teoria que eu não tinha pensado até agora. Isso realmente me preocupa no momento, Lorayne ficará devastada se algo acontecer com ele.

- ALERTA VERMELHO! - A voz de alerta do bunker soa, luzes vermelhas começam a piscar.

- É mais uma simulação? - Pergunto. Lorayne olha para mim e responde que não. Meu coração acelera, já consigo andar quase sem mancar, mas não estou pronto de precisar correr.

- TODOS VÃO PARA A ÁREA DE TREINAMENTO AGORA! - Diz Lorayne autoritária.

Ir para a área de treinamento é algo estratégico. Além de ser a prova de fogo e bala as paredes de lá, é quase como uma passagem secreta e há uma enfermaria por perto.

- Coloquem os coletes, o pequenininho em Nando. - Ela da as instruções e a seguimos, por que simplesmente não sabemos o que fazer.

- Mochilas de fuga. - Vou até um armário e ao abrir vou pegando todas as mochilas pretas que contém tudo o que precisamos, cada uma tem comida armazenada, água, lanternas, kit primeiro socorros, munições...

- Armas. - Phelipe vai até outro armário e pega todas as armas, temos 5 Heckler & Koch MP5, as mesmas metralhadoras que usaram no meu resgate na Cidade de Shaspper. Temos também um carregamento que Jake havia pedido que trás pistolas GX4 para todos.

- Preparados? - Lorayne pergunta e me seguro para dizer que não estou, talvez morramos hoje, então não, eu nunca estarei preparado para isso.

- LORAYNEEEE. - Reconheço essa voz, é de Anthony, todos nós se entreolhamos, espero que Jake não tenha mostrado a passagem que temos aqui para ele, se não, o plano irá por água a baixo, essa sempre foi a contradição de tudo isso.

- Vão! - Lorayne diz, mas eu não me mexo.

- E você? - Pergunto, ela não pretende ficar aqui não é?

- Não irei morrer e o que ele quer é comigo, não com vocês. - Ele quer Lorayne morta, mas como ele fará isso? Ela é uma Deusa, é praticamente impossível matar ela.

- As flechas douradas são extremamente raras, duvido que ele tenha conseguido uma. - Ela diz. Eu assinto mesmo não concordando com o que farei, irei deixa - lá aqui. Então pela primeira vez ela me beija, como se fosse o primeiro e o último beijo que me dará, eu o aceito, incapaz de recusar um beijo dela. Lorayne se afasta muito mais rápido do que eu gostaria, olho uma última vez e digo quase como um sussurro:

- Eu te amo. - Não dou tempo para ela responder, corro para a passagem junto com os outros.

- Todos estão aqui? - Phelipe pergunta eufórico. A resposta é não, Lorayne não está aqui, mas me contenho em dizer.

A Deusa da Chama: A Dona da Vida e da Morte (EDITANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora