- Eu já sei de toda a verdade! – Diz Fabiana jogando um pen drive em minha mesa.
- Que verdade? Está louca! Não pode entrar em meu escritório assim. – Quem ela pensa que é e afinal, que
- Tanto posso quanto estou fazendo isso.
- Você não tem o direito...
- Cala a boca e me deixa falar. – Diz ela estressada. – Você tentou esconder isso de mim não é? – Diz aprontando para o objeto em cima da mesa. – Só esqueceu que existe um banco de dados oculto com todos os documentos e inclusive filmagens das câmeras de segurança na central, não foi difícil pegar isso tendo a influência que tenho. – Meu coração gela.
- Não estou entendendo. – Digo na verdade não querendo entender.
- Veja você mesmo e me diga que o que estou pensando é mentira, quero ver se tem coragem de negar isso na minha cara. – Diz ela gritando, mas eu apenas pego o Pen drive e sem dizer uma palavra o insiro em meu notebook. Fabiana está de braços cruzados e o barulho do seu pé batendo toda hora no chão está me irritando, fico apreensivo com que possa ter aqui dentro, talvez o que encontre mude para sempre a minha história.
- Para quieta! Está me deixando nervoso e mais apreensivo do que já estou. – Ela então emburrada arrasta a cadeira com força e senta, sei que ela está se controlando para ficar quieta, mas ela não é de me obedecer, por que ela sentou sem relutância nenhuma? Então o vídeo abre e eu entendo o por que. Olho para ela pasmado com o que vejo, ela não pode ter descoberto.
- Você não mostrou isso para ninguém não é? – Pergunto com medo de sua resposta.
- Não, mais eu deveria, ganharia uma grande quantidade de dinheiro sendo a pessoa que descobriu que o mundo sobrenatural existe não? – Diz ela cruzando os braços sobre a mesa.
- Você não teria...
- Nós fomos casados por 14 anos e você não confiou em mim para dizer quem era, e aliás, “ precisava de uma descendência”, agora eu entendi o por que, precisa continuar sua linhagem. – Ela revira os olhos de raiva e se encosta na cadeira.
- Não pode mostrar isso a ninguém. – Digo indo para perto dela que se envolve na cadeira com medo.
- E não farei. – Diz ela mudando sua posição rapidamente e erguendo a cabeça tentando mostrar que não se intimida, mais isso já está claro para mim que não é a verdade.
- Me entende agora? – Pergunto.
- Nunca irei entender você Marley. – Diz ela magoada por não ter contado a ela e eu até entendo, por incrível e impossível que pareça.
- Se não fosse pela descendência eu nunca teria feito isso com você. – Digo ao tocar com as costas de minha mão em seu rosto.
- Marley... – Então eu a puxo para mais perto de mim...
- Por favor, me perdoa. – Digo suavemente em seu ouvido, ela fica um tempo em silêncio e depois diz:
- O que você fez não tem perdão.- Então com suas mãos nos afasta.
- Eu posso ter te traído, mas não matei ninguém. – É a verdade e ela precisa admitir isso.
- George era um alcoólatra, quando você descobrisse a vida dele iria ser arruinada, fiz um favor a ele o matando. – Me contenho para não soltar um sorriso.
- Mas e a Ana Júlia? – Pergunto, quero saber se ela se arrepende ou não.
- Ela foi a única que morreu naquele trágico incêndio, todos poderiam ter morrido, ela podia ser só uma criança, mais ainda era a irmã da sua filha, ela merecia a morte. – Diz ela sem demonstrar um pingo de arrependimento e me surpreendo, pensei que ela de arrependesse nem que fosse um pouco.
- Como você pode ser tão fria? – Também sou frio, mais não desta maneira.
- Eu apenas não tenho remorso. – Diz ela cuspindo em minha cara e com a manga de meu terno limpo meu rosto.
- Aliás pode ficar com esse pen drive, é só uma cópia mesmo. – Diz ela saindo do meu escritório. Então eu pego meu celular que estava em meu bolso e encerro a gravação de voz, Fabiana virou um obstáculo e a morte é pouco para ela. Vou até meu notebook e vejo o vídeo novamente, Lorayne está sentada na cama quando começa a gritar de raiva, ela soca a parede com uma de suas mãos e ela se abre, a poeira não deixa ser vista sua reação diante da situação, gostaria muito de saber como ela reagiu. Recebo uma mensagem em meu celular.
- Tem as provas?
- Sim, venha pegar.
- O que está acontecendo aqui? – Pergunta Fabiana ao ver muitos polícias chegando ao departamento.
- Você está presa sendo acusada de assassinato. Tem o direito de permanecer calada e a um advogado, a partir de agora tudo pode ser usado contra ou ao seu favor no tribunal.
- O que? Só pode ser um engano. – Diz ela desesperada sendo algemada.
- Não há nenhum engano aqui senhora. – Então ela olha para mim e aproveito a chance para acenar para ela.
- Você me paga! – ela grita, mas não sei como ela fará isso atrás das grades.
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A Deusa da Chama: A Dona da Vida e da Morte (EDITANDO)
ParanormalE lá estava eu, novamente sentada sozinha em meio a grama da floresta mais perigosa e deserta de toda a cidade de Tanzânia (situada na região sul brasileira), é uma floresta escura e sombria, conhecida por suas grandes árvores que vão até o céu e o...