Droga, droga, droga! Por que eu fui fazer isso? Não era para ter acontecido, foi um erro, um grande erro, ela me vê apenas como o irmão do ex namorado dela, quem Lorayne ama é o Phelipe, como eu deixei isso acontecer? Ficar nu com ela em um riacho estava bem longe dos meus planos, está certo que faria de novo, espera, talvez não, Phelipe viu e agora me sinto tão envergonhado, talvez talarico, não, eles não tem nada e meu irmão é casado, talarico não.
- Está tudo bem? Você parece inquieto. – Diz Lorayne, ótimo ela percebeu.
- Eu... Esto... Ou... Ó... Ti... Mo. – Não consigo nem falar direito, como vou olhar para cara de Phelipe agora?
- Nós... Droga não era para nada disso ter acontecido. – Desabafo.
- Eu sei, também não sei como reagir a isso, mas nós não fizemos nada de errado.
- Mas eu acho isso bem errado, Phelipe é meu irmão e ele te ama, então ele me vê nu com você no riacho! Isso parece bem errado para mim.
- Pensando por esse lado sim, mas... Ele é meu ex namorado e não meu namorado ok?
- Ok. – Dou um leve sorriso e meu coração acelera ainda mais quando chegamos a gruta.
- Preparado? – Pergunta ela.
- Não. – E nós dois rimos, mas é de nervoso, então entramos.
- Meu Deus filho! O que aconteceu com você? – Pergunta minha mãe preocupada.
- Desculpa Mariana, a culpa foi minha. – Digo abaixando a cabeça.
- Mais o que aconteceu afinal? – Pergunta Phelipe e meu coração gela.
- O Jonathan apareceu do nada atrás de mim, não tenho controle sobre a minha magia e com o susto acabei colocando fogo nele. – Diz ela tímida e envergonhada.
- Mas por que estão molhados? – Pergunta meu irmão.
- É... – Gaguejo.
- Ele estava pegando fogo, obviamente pulou na água.
- Mas e você Lorayne?
- Para que tantas perguntas? – Diz Larissa que pela primeira vez nos salva.
- Terei que concordar com Larissa, já está anoitecendo e se vocês não forem se banhar agora não poderão ir mais. Então meus pais saem da gruta, Lorayne vai ajudar a mãe a terminar de preparar a janta, Larissa e Phelipe estão brincando com Nando e eu, bom, resolvo ajudar na janta também.
- Você sabe cozinhar? – Pergunta Lorayne fazendo cara feia.
- Acho que agora é um ótimo momento para aprender.
- Ótimo momento? Você é procurado pela polícia e quer aprender a cozinhar? – Diz ela rindo debochada.
- Não isso, não tem nada para fazer aqui.
- Tudo bem, a carne está na fogueira, tome conta para que ela não queime. – Diz Dona Carla.
- Está bem chefe. – Digo colocando minha mão sobre a testa, como um soldado, que nesse caso, sua missão é aprender a não deixar a carne queimar na fogueira. Meus pais chegam e então Carla vai, mais não acho seguro ela ir sozinha, no entanto não posso fazer nada a respeito.
- Não acham melhor alguém ir atrás dela? Já está literalmente quase noite.
- Melhor não, ela irá tomar banho. – Diz Lorayne.
- É, se não alguém vai lá e acaba vendo ela pelada sem querer. – Diz Phelipe e contraio meus lábios, fecho meus olhos e respiro.
- É, acho melhor ninguém ir. – Digo sem demonstrar meu nervosismo, não sei como minha voz saiu tão firme e sem gaguejo, volto a prestar atenção na carne e assim segue os próximos minutos.
- AAAAA. – Ouço Lorayne gritar.
Flashback on
- Aí que susto que você me deu pai. – Digo colocando minha mão sobre o peito e guardo minha faca rapidamente em minha bota.
- Você precisa fugir e tem que ser agora. – Diz ele eufórico, deve ser pelo fato dele ter vindo correndo até aqui.
- Mas por que? – Pergunto confusa e assustada.
- Eles estão vindo atrás de você, querem mata-la, fuja antes que eles te achem, corra e não olhe para trás.
- Eles quem?
- Correeeeee. – Então sem pensar duas vezes eu corro com todas as minhas forças, o máximo que consigo e não olho para trás, sentia que seria a última vez que o veria e lágrimas começam a escorrer sem parar pelo meu rosto, então chego ao fim da linha e ouço um alto barulho de pessoas gritando e eu sei, são eles.
- Vem comigo. – Diz alguém perto de mim, é um belo rapaz de cabelos tão escuros quanto a noite e olhos tão claros como o azul do céu em um dia de Sol. Não consigo sequer perguntar o seu nome, ele me pega em seus braços e em uma velocidade anormal me leva para algum lugar.
- Quem é você? Não me lembro de nada, como eu vim parar aqui?
- Você passou por uma barreira de segurança, ninguém entra aqui com as memórias e ninguém sai com elas, digamos que enquanto estiver aqui não lembrará de nada que aconteceu antes e quando sair daqui, não lembrará de nada do que aconteceu dentro da barreira, sequer lembrará que ela existe.
- Mais como...
- Eu te ajudei lá fora da barreira, você precisa de ajuda, tem pessoas perigosas atrás e você e eu mais do que ninguém quero saber o por que.
- Mas se você me resgatou, como se lembra? – Então ele faz um sorriso maroto e sai me deixando sem resposta.
Flashback off
- O que aconteceu? – Pergunta Jonathan ao me ver acordar.
- Eu tive um flashback do que aconteceu no dia que eu desapareci, me lembrava que ele estava lá mas agora sei o por que, quer dizer... Não exatamente.
- E o que aconteceu no seu flashback? – Pergunta Larissa interessada.
- Acho que nunca vou saber, mas pera aí, como eu me lembro?
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A Deusa da Chama: A Dona da Vida e da Morte (EDITANDO)
ParanormalE lá estava eu, novamente sentada sozinha em meio a grama da floresta mais perigosa e deserta de toda a cidade de Tanzânia (situada na região sul brasileira), é uma floresta escura e sombria, conhecida por suas grandes árvores que vão até o céu e o...