- O que está acontecendo aqui? - Pergunta Phelipe ao se deparar com Lorayne chorando, rapidamente passa Nando para o colo de sua mãe e se aproxima com delicadeza da jovem garota.
- Está tudo bem? - Será que ele não percebe o quão irônico é perguntar se ela está bem? Por que obviamente ela não está, Lorayne não é de chorar por coisas pequenas e ele sabe disso.
- Não quero falar sobre isso. - Diz ela com a voz chorosa e o rosto enxercado pelas suas salgadas lágrimas. - Preciso de um tempo sozinha. - Então ela apoia suas mãos no chão e devagar se levanta.
- Aonde você vai? - Pergunta Phelipe curioso.
- Em um lugar mais afastado, preciso pensar um pouco. - Então ela abaixa a cabeça e devastada segue rumo a entrada da gruta.
- Alguém pode me explicar o que aconteceu aqui? - Pergunta Phelipe, olho para Carla que está decidindo se contamos ou não.Já faz um bom tempo que Lorayne saiu, estou começando a ficar preocupado com ela. - Digo afim de procura-la.
- Eu posso ir. - Diz Phelipe.
- Você não é mais o namorado dela, tem que cuidar da sua família, quando será que vai entender isso? Eu procuro ela, você fica aqui. - Digo já meio irritado com meu irmão mais velho, ele não tem que agir como se ainda namorasse com ela, mais não mesmo.
- Vou atrás dela. - Digo me levantando e saindo da gruta, vejo que o Sol já está se pondo e a noite está cada vez mais próxima.
- Lorayneeee. - Grito pelo seu nome mas não recebo nenhuma resposta como retorno, vou até a parte mais rasa do rio mas ela também não está lá, vou para o lado de trás da gruta mas também não a encontro e mesmo gritando seu nome, ela não me responde, então desço com cautela até a cachoeira afim de encontra-la e encontro, ela está no rio a se banhar, meu coração para naquele momento, ela está de costas para mim, mas mesmo assim ela é linda, seus cabelos molhados grudados em sua pele, o mover do seu pescoço, como ela consegue ser tão perfeita? Ela é muito linda mesmo, reconheço por quê Phelipe a ama tanto. Meu Mundo dos sonhos logo é exterminado quando ela se vira em minha direção.
- AAAAA. - Ela grita disparando fogo contra mim, elas atingem e de espelham pela minha camisa e eu em um ato rápido e desesperado a tiro jogando - a na água, então vejo que parte da minha calça também está em chamas, não tenho escolha a não ser tira-la e ainda com meu corpo ardendo me atiro na água.
- Você ficou louca? - Grito para ela.
- Você me assustou, podia ser o Marley, a Fabiana...
- Você me queimou! - E ela começa a rir esbanjando aquele lindo sorriso, mas pera aí, ela está rindo?
- Qual a graça disso? - Pergunto indignado, ela tacou fogo em mim e ainda ri?
- Desculpe a indelicadeza, mas foi necessário. - Ela continua a rir, então pego e jogo água nela.
- Mas que desaforo... - Então ela começa a jogar água em mim também e assim começa uma guerra, até nós dois percebemos que estamos nus, ela se vira bruscamente.
- É... Da pra se virar enquanto me visto?
- Você não me pareceu incomodada com isso no primeiro dia que se falamos, sabe... Quando trocou de roupa na minha frente. - Digo com um sorriso maroto e provocador.
- É totalmente diferente. - Argumenta ela.
- Diferente como? - Pergunto afim de ter uma resposta válida e convincente.
- Não tínhamos intimidade, agora temos, e isso não quer dizer que me atiro para qualquer um que não conheço.
- Quer dizer o que então? - Pergunto curioso por sua resposta.
- Quer dizer que... Aí meu deus estou de frente para você. - Então rapidamente me viro.
- Desculpa. - Digo envergonhado.
- Sem problemas, afinal de contas que, fui eu que nos meti nessa situação constrangedora, é isso.
- É isso o que Lorayne? - Pergunto confuso.
- Quando não temos intimidade com alguém é menos constrangedor. - Então solto um leve sorriso que não pode ser visto pela garota, já que estamos de costas um para o outro. Então ela sai da água e após ela dizer que está pronta eu me viro, por causa do corpo molhado as roupas ficaram grudadas e o cabelo de Lorayne uma completa bagunça, mas depois de admira-la e percebo que...
- Você queimou minhas roupas.
- O que? - Pergunta ela confusa.
- Não tenho roupas, você as queimou. - E novamente ela começa a rir, reviro os olhos e dou um leve sorriso, isso para não chorar, mas a verdade é que faria tudo de novo para ter esse tempo a mais com ela e minhas roupas são só efeitos colaterais. Então visto minhas roupas assim mesmo e seguimos adiante.
- O que é isso? - Pergunta Lorayne ao ver algo no chão com a pouca luz que ainda nos resta.
- Esse é o relógio do Phelipe. - Respondo entendendo o que isso significa.
- Há Não, ele viu.
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A Deusa da Chama: A Dona da Vida e da Morte (EDITANDO)
Siêu nhiênE lá estava eu, novamente sentada sozinha em meio a grama da floresta mais perigosa e deserta de toda a cidade de Tanzânia (situada na região sul brasileira), é uma floresta escura e sombria, conhecida por suas grandes árvores que vão até o céu e o...