- Ok, eu quero respostas e agora. - Digo, não aguento mais falar sozinha, tendo o silêncio como resposta de tudo o que pergunto a ele.
- Calma aí mocinha, para que tanta pressa? Se sente e tome um café comigo. - Diz ele ao sentar em uma poltrona da sala de estar já com uma xícara em sua mão.
- Eu não quero tomar um café as 3:00 horas da madrugada, eu quero respostas. - Digo ao colocar minhas mãos em sua poltrona e o encaro friamente.
- Não terá respostas se não estiver acordada QUE.RI.DA. - Diz o homem.
- Não irei sequer fechar os olhos se é isso que você pensa. - Então me afasto dele sem demonstrar que me intimidei, tem alguma coisa nele que eu não entendo, não sei explicar, mas sinto algo ao chegar perto dele, uma sensação estranha e ao mesmo tempo familiar.
- O que foi pequena, ficou incomodada? - Rapidamente me viro para ele e digo:
- Não ouse me chamar de pequena novamente. - Rosno para ele, o que parece ridículo, mas, é o que saiu da minha boca no momento.
- Eu te chamarei assim, ouvi ele chama - lá assim toda a minha vida. - Ele se levanta e enche um pouco mais a sua xícara com café.
- Já cansei dos seus joguinhos, ou você me fala agora ou eu vou embora. - Digo autoritária, me aproximando da silhueta do homem.
- Calma aí mocinha, se acal... - Dou um soco em sua face antes que ele termine de falar, sou mais forte do que imaginava, ele cai para trás caindo em cima de uma mesinha que se quebra ao meio.
- O que você estava dizendo mesmo? - Falo com o meu sorriso traiçoeiro estampado em meu rosto, mas ele não responde, ainda está massageando a parte vermelha do seu rosto, a parte que levou o soco. - Já que não tem nada para me falar estou indo embora.
- Espera! - Diz ele ao me ver se retirar de seu apartamento, mas eu não paro, então sinto uma mão a segurar o meu braço com muita força:Flashback on
- Para, está me machucando. - Diz a garota chorosa.
- Está machucando minha filha, solta ela! - Grita o pai da pequena garotinha.
- Sua filha? Ou melhor dizendo...
- Seu desgraçado. - Diz Roberto partindo para cima daquele homem, digerindo vários socos em seu rosto, Lorayne corre e se esconde atrás do sofá.
- Para papai, para. - Grita ao ver que seu pai iria mata-lo, tal ao perceber que sua filha presenciou aquilo tudo, para imediatamente, deixando o homem, caído no chão.
- Sinto muito ter visto isso minha pequena. - Diz ele indo até sua filha depositando um beijo em sua testa, depois disso ele a abraça e acaricia seus cabelos.
- Me perdoa por isso? - Ele pergunta e olha para a filha.
- Perdoo, mas não faz isso de novo, não gosto de ver ninguém machucando pessoas. - Diz a garotinha.
- Mas nunca se esqueça do que eu te disse. Nunca hesite em machucar aqueles que querem te machucar. - O pai começa.
- Mesmo não querendo, é necessário para sobreviver. - Completa a garotinha.
- Isso mesmo. - Diz seu pai orgulho. Ele sorri para a filha e a filha sorri para ele.
- AAAA. - Diz o pai ao levar uma facada do mesmo homem que acabará de bater.
- Ela vem comigo. - O homem diz raivoso.
- Não vou com você, seu monstro. - Diz a pequena garota ao cuspir na face daquele homem nojento e desprezível. O homem irritado, pega a menina pelo braço e começa a puxar a garota para fora da casa.
- Me solta! - Diz a garota se debatendo, então ele a pega no colo e Lorayne dirige vários socos em suas costas que não fazem o mínimo efeito. Então a menina já irritada, coloca sua mão no braço do homem e o queima, ele grita e solta a garota. Então ela joga chamas contra ele e não querendo lutar com a pequena, sai dali.
Flashback off
- Meu Deus, eu sabia que te conhecia, mas preferi ignorar e pensar que foi na PIB, mas não foi. - Digo pasmada, não é de hoje que ele me quer em suas mãos, será ele o homem que meu pai me pediu para correr? Por esse pensamento, me afasto dele.
- E da onde você me conhece? - Pergunta ele sorrindo, sério?
- Você era assistente do meu pai, tentou matar ele e me levar, é por isso que minha mãe não queria que eu o viesse, mas não entendo por que ela falou que não o conhecíamos. - Então ele novamente mostra aquele sorriso traiçoeiro que tanto odeio.
- Melhor se sentar, a história é bem longa... Está na hora de saber toda a verdade Senhorita Evans. - Mesmo não estando confortável eu me sento e ouço o que ele tem a me dizer.
- Do que exatamente se lembrou?
- Lembro que você segurou o meu braço com força e me arrastou, meu pai tentou impedi-lo mas não conseguiu, você o esfaqueou e eu queimei você, foi a minha primeira manifestação de magia, tudo é muito vago e confuso, são como mini flashbacks em minha cabeça. Dois anos depois eu te vi novamente, estava sonhando e acabei colocando fogo na casa toda, meu pai me acordou e me levou para fora, ele teve que me bater com força para conseguir parar as chamas, meus pais brigaram e tomaram uma decisão, mas eu não sei qual, também me lembro que minha mãe estava aaaaaaa, minha cabeça está doendo.
- Isso é por que você está passando pela barreira que eles criaram para você esquecer isso tudo.
- Está me dizendo que toda vez que minha magia foi manifestada eles apagaram da minha mente? - Pergunto inacreditada, e aliás, meu pai sabia que eu não era filha dele e mesmo assim não me falou.
- Sim e tem outra coisa também. - Ele parece não saber ao certo se deveria me falar ou não. - Você não estava sonhando, você tem um dom de estar com seu corpo em um lugar e o seu espírito em outro, é isso o que aconteceu aquele dia.
- Não pode ser, tudo o que eu ouvi é verdade? - Pergunto querendo com todas as minhas forças que ele diga que não, mas não é isso o que acontece.
- Tudo é verdade.
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A Deusa da Chama: A Dona da Vida e da Morte (EDITANDO)
ParanormalE lá estava eu, novamente sentada sozinha em meio a grama da floresta mais perigosa e deserta de toda a cidade de Tanzânia (situada na região sul brasileira), é uma floresta escura e sombria, conhecida por suas grandes árvores que vão até o céu e o...