A Deusa da Chama: A Dona da Vida e da Morte (EDITANDO)

Capítulo 32

- Você não deveria ter me seguido e muito menos escutado a nossa conversa. - Digo tentando me controlar, ela se meteu em uma encrencada e a única alternativa seria amarra-la para dar tempo suficiente de sairmos dali, antes que ela nos dedure e tenhamos que matar a todos.

- O que quer que estejam planejando, quero ir com vocês, cansei de ficar aqui, quero viver aventuras e me parece uma ótima opção ir com vocês.

- É péssima.- Digo revirando meus olhos, ela nem imagina o quão péssima essa ideia é.

- Socorro! - Começa a gritar ela.

- Para agora. - Meu alarme de fúria é ativado, dei esse nome a ele, já que só acontece quando estou com raiva, preciso descrever novamente como meus cabelos e meus olhos ficam? Acho que não.

- Quem são vocês? - Pergunta recuando.

- Quando eu disse que é uma péssima ideia vir conosco não estou brincando.

- Você sobreviveu por que não é humana não é? - Dou um leve sorriso afirmativo.

- Vocês podem me proteger, isso é incrível, deixa eu ir com vocês.

- Só pode estar de zueira né? Você deveria sair correndo e gritar por ajuda e não querer ainda mais ir conosco.

- Por favor. - Diz ela se levantando e vindo até mim. - Não tenho família, sou sozinha nesse mundo, não sou amada e também não tenho ninguém para amar, não tenho nada a perder indo com vocês, somente a ganhar.

- Se vir conosco cada dia que acordar terá medo de ser seu último dia. - Diz Jake tentando faze - lá desistir.

- Mais terei alívio em me deitar e saber que venci ele. - Fala ela retrucando com ousadia, ela parece ser forte, determinada, é linda, tem opinião própria... Talvez possamos ensina - lá a lutar e assim ajudar a proteger a todos, mas mal conseguimos proteger a si mesmos, imagina protege-la até que possa se defender sozinha? Isso não vai dar certo.

- Está bem. - Diz Jake me surpreendo, me viro para ele chocada, como assim está bem? Ele ficou louco?

- Não me olhe com essa cara. - Diz ele.

- Quer que eu olhe com que cara então? Por que essa é a minha cara Jake. Não podemos coloca - lá em perigo, a cultura indígena é do tipo: mulheres não caçam e não pescam, ficam cuidando de suas tendas e de seus filhos, nada mais.

- Assim eu me sinto ofendida!

- Ótimo, isso faz você não vir com a gente?

- Me dá mais vontade ainda, não serei apenas uma garota que cuida de sua tenda e sim uma guerreira, obrigada pelo incentivo.

- Me escuta Bonny. - Digo colocando ela em minha frente. - Gostei de você e ok, não é que eu não quero que vá e sim os perigos que podem acontecer pelo caminho disso, não suportaria que mais alguém morresse por minha culpa.

- A culpa não será sua. - Diz ela.

- Será sim se eu deixa - lá vir conosco.

- Se eu assinar um contrato que me responsabilizo por qualquer coisa que aconteça comigo, tenho sua benção? - Riu, mais logo paro e penso.

- Está bem, mas vê se não morre. - Ela fala um Yes com um sorriso lindo estampado em seu rosto.

- Quando vamos? - Pergunta.

- Amanhã cedo, vamos nos despedir de todos, não queremos parecer ingratos.

- Ingratos? Você basicamente enriqueceu nossa Vila, a quantidade de peixes que consegue por dia sozinho é impressionante. - Olho para Jake sabendo o que ele fez para conseguir isso.

- Bom, todos nos ajudamos, mais cabe mal ir embora sem se despedirmos.

- É. - Diz a garota que aparenta ter uns 16 anos de idade, eu sei, não preciso dizer mais nada certo? Nós voltamos para a vila e anunciamos nossa partida, ficamos a tarde inteira se despedindo das pessoas que resolveram fazer uma festa, a noite eu já estava exausta e precisava dormir, amanhã não seria apenas um longo dia, mas também precisaria de energia para usar minha magia. Então me retiro da festa e me deito.

- Ei. - Ouço alguém me chamar, já  havia se passado algum tempo, eu diria umas 3 horas que me deitei.

- Quem é? - Pergunto confusa e meio tonta, acabei de acordar afinal.

- Temos que ir. - Então reconheço ser Jake.

- Mais não está cedo de mais? - Pergunto.

- Não vamos leva - lá.

- O que? - Pergunto perplexa. - Agora que quero que ela vá? Que merda Jake! - Digo baixinho para não acordar a senhorinha que está dormindo na "cama" ao meu lado.

- Vamos logo. - Sem pensar tanto me levanto e me arrumo para sair, bem devagar e em silêncio saímos da tenda e nos dirigimos para a estrada de terra no meio da floresta.

- Onde pensam que vão sem mim? - Ouço Bonny dizer, nos viramos de vagar e encontramos ela nos encarando com sua bagagem nas costas.

- Vocês não me enganam.

- Eu queria que você viesse tá? Ele não me falou que faria isso, mais concordei que era o melhor para você.

- Eu sei o que é melhor para mim tá? Apenas eu sei.

- Tudo bem, nos perdoa? - Pergunto fazendo careta.

- Só por que não guardo rancor de ninguém tá?

- Tá. - Então todos rimos e seguimos viagem, após um tempo andando paramos.

- Por que pararam? - Pergunta a garota confusa.

- Preciso achar algumas pessoas.

- E como pretende fazer isso?

- Jake te explica enquanto eu faço o que tenho que fazer para encontra-los. - Então me deito e me concentro em acha-los.