Capítulo 16

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Meu coração está angustiado com a possibilidade de Lorayne estar em perigo, eu não deveria a ter deixado lá, melhor eu voltar, não! Tenho que fazer o que ela me pediu e de qualquer maneira, ela sabe se defender bem melhor do que eu

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Meu coração está angustiado com a possibilidade de Lorayne estar em perigo, eu não deveria a ter deixado lá, melhor eu voltar, não! Tenho que fazer o que ela me pediu e de qualquer maneira, ela sabe se defender bem melhor do que eu. – Digo seguindo com passos acelerados afim de chegar ao meu destino o mais rápido possível.

- AAAAAAA. – Ouço um grito vindo da direção em que sigo, começo a correr em disparada até a parte da floresta em que minha família está, pulo troncos de árvores, retiro galhos rapidamente de perto do meu rosto, fico um pouco arranhado mas finalmente chego:

- O que aconteceu? – Pergunto ofegante e eufórico, preocupado e cansado.

- Nada. – Responde Phelipe.

- Como assim nada? – Pergunto incrédulo, eu ouvi alguém gritar, não estou louco.

- Só a Larissa que fez um escândalo por uma arainha.

- Arainha? Aquilo é enorme, eu poderia ter morrido sabia? – Phelipe ri me olhando com diversão, então se é assim:

- Cadê a Lorayne? – Pergunta ele preocupado obviamente.

- Ela ficou lá para ver se a gruta que achamos é segura, mas eu não teria tanta certeza disso...

- O que? Por que você deixou ela fazer isso? Temos que ir agora! – Então riu para ele me divertindo com a situação, mas logo lembro que Lorayne realmente pode estar em perigo, não sabemos o que tem lá, então sem demonstrar tal preocupação, pego minhas coisas e os guio até o riacho, Phelipe assim que chega vai correndo para a gruta que avista logo a frente, eu vou atrás.

- Lorayne? Você está aí? – Grita ele, mas não obtivemos respostas, então meu coração acelera e minhas mãos começam a soar frio. Começamos a gritar pelo seu nome, mas apenas o eco da nossa própria voz nos retornava. Então a vejo caída no chão tremendo sem parar e corro até ela.

- Lorayne? – Digo a puxando para mais perto.

- Vou buscar ajuda. – Diz Phelipe correndo para fora da gruta. Logo Rogério aparece e a vira de lado.

- Não posso fazer nada a não ser esperar ela melhorar, não podemos leva-la para o hospital e não temos os remédios e equipamentos necessários para trata – lá aqui. – Mas não é preciso muito tempo, depois de uns 5 minutos ela para de tremer e o líquido branco que saia de sua boca sessa, porém ela não acorda, Rogério verifica seu pulso e contasta que está viva, solto um suspiro de alívio.

- Ela vai ficar bem, deve acordar daqui a pouco. – Meu pai tinha razão, instantes depois ela acorda:

- O que aconteceu? – Pergunta confusa.

- Você teve uma convulsão. – Digo a ela, Lorayne parece confusa, meio tonta, então pedimos que ela se deite e descanse um pouco.

- Eu tentei achar Marley, mas pelo visto deu bem errado. – Diz ela ao se deitar novamente. – Tomem banho e bebam água, ficarei bem. – Diz ela meio pálida ainda.

- Phelipe conseguiu dois coelhos, Carla e minha mãe irão prepara-los para gente comer, também achamos amoras, vamos comê-las amanhã de manhã, e temos água também, vou buscar um pouco para você. – Digo me retirando, vou até uma parte da floresta e procuro algo que eu possa usar para colocar a água, acho uma garrafa pet jogada e a pego, a lavo e a encho de água, sinto o ar húmido e gelado da floresta e percebo que logo vai anoitecer. Volto para a gruta e Lorayne bebe a água, não é o correto beber desta água mas é o que temos agora. Larissa e Phelipe vão se banhar no rio, a parte mais funda dele fica mais para baixo depois da cachoeira, é para lá que eles vão e o casal leva Nando também, depois será meus pais, Carla, Lorayne e por último eu.

- Vai ficar tudo bem. – Digo segurando a sua mão, ela está dormindo e todos estão mais afastados fazendo a janta, Rogério resolveu ajudar também, não tem nada o que fazer aqui, pelo menos não agora.

- Eu não tenho tanta certeza disso. – Ouço Lorayne dizer em um sussurro e me arrepio, não era para ela era ouvido isso.

- Pensei que estava dormindo. – Digo baixinho para não desperta-la mais ainda.

- Não consigo dormir. – Então ela se levanta e ainda com os olhos meio fechados se apoia em um pedra, sinto que ela quer dizer alguma coisa...

- Eu não descobri só que Marley é meu pai, eu descobri também que a minha irmãzinha morreu em um incêndio, o incêndio que eu causei. – Diz ela com os olhos lacrimejando e meu coração se parte, então eu a abraço e deixo suas lágrimas molharem minha camiseta.

- Está tudo bem? – Dona Carla pergunta, então Lorayne olha para ela.

- O que aconteceu minha pequena? – Diz sua mãe segurando suas mãos.

- Ela morreu e a culpa foi minha. – Sinto o coração de Carla desabar.

- A culpa não foi sua querida, não se culpe.

- A culpa foi minha sim, eu coloquei fogo na casa que ela estava, ela morreu queimada no fogo por minha causa, então não tente dizer que não por que você sabe que sim, a culpa foi toda minha. – Então ela desaba em lágrimas.

A Deusa da Chama: A Dona da Vida e da Morte (EDITANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora