- Não é querendo duvidar de você não, mas tem certeza que não estamos perdidos? - Jake para e olha para a garota.
- Conheço essa Floresta mas que qualquer outra pessoa, Lorayne conhece muito bem a parte Norte dela e você a Sul, você não está mais no território que conhece, se não sabe o caminho, não sabe se estamos perdidos. - Diz ele olhando com um olhar duro, perverso e mortal para ela, a mesma recua um pouco e diz:
- Me desculpe. - Baixo. Seguimos mais alguns minutos em silêncio, até que Jake para e começa a analisar o lugar.
- Deve estar por aqui. - Ele começa a olhar atentamente para o chão, eu e Bonny fazemos o mesmo.
- Estamos procurando o que exatamente? - A garota pergunta.
- Um bunker subterrâneo, a entrada era por aqui.
- Como sabe sobre esse lugar? - Pergunta a garota curiosa novamente, ela pode ser determinada, mas sua idade e maturidade fazem com que ela haja como uma criança irresponsável, ela deveria saber que é melhor ficar quieta, saber de mais sempre é perigoso.
- Não tem ideia mesmo de quantos anos eu tenho né garota? - Pensando nisso... Nem eu sei, não me lembro.
- 19? - Pergunta franzindo a testa e Jake ri.
- 19? Eu tenho 150 anos. – Arregalo meus olhos e Bonny expressa a mesma reação que eu, de surpresa.
- Não se lembrava disso né Any? - Pergunta olhando diretamente para mim e meu coração acelera, querendo ou não, ele tem um efeito incontrolável sobre o meu corpo.
- Não, não me lembrava e você sabe disso.
- Como se conheceram? - Bonny pergunta, entendo sua curiosidade, tudo isso é muito para se processar e provavelmente Jake não contou tudo a ela.
- Em uma Cidade, não sei onde ela fica exatamente, mas não era tão longe de minha casa. - Digo e volto a procurar uma entrada, fingir não dar importância parece infantil, mas não sei o que fazer, como agir, Jake sabe que tem certo controle sobre o meu corpo, mas jamais admitirei isso a ele e muito menos deixarei meu corpo demonstrar sinais disso.
- Acho que achei. - Digo por fim tirando folhas secas e uma porção de terra do chão.
- Essa mesma Any. - Diz Jake dando um leve sorriso para mim, me viro antes que ele perceba que sorri também, cada dia meus sentimentos ficam mais confusos e cada vez mais se misturam. Jake abre a escotilha e entramos.
- Aqui é bem escuro. - Diz Bonny baixo.
- Sério? Não tínhamos percebido. - Digo, por um momento acho que fui seca e grossa, mas a pergunta dela não poderia ter outra resposta, foi muito idiota. Levo um susto quando todas as luzes se acendem.
- Problema resolvido. - Diz Jake na cara de pau.
- Ficou louco? E o plano de sermos discretos?
- As luzes estavam apagadas, eles não estão aqui, então vamos usar isso como nossa base, aqui é bem grande, lhes apresento. - Ele anda um pouco e digo:
- Precisava ser tão insensível? Acho que não. - Mas o mesmo apenas me ignora.
Então reparo no lugar, há uma sala aqui com um sofá bem grande na cor de um marrom bem escuro e uma televisão consideravelmente grande também, tem um tapete não muito peludo na cor preta no chão, o teto é de gesso e há iluminação por todos os lados, tem uma cozinha estilo americana chique para um bunker e uma grande mesa de madeira brilhante para as refeições.
- Isso é incrível. - Diz Bonny impressionada.
Seguindo pelo corredor há várias portas que levam a quartos todos iguais, contém uma cama de casal pequena no centro, uma poltrona com abajur na parede da porta, um guarda roupa bem pequeno ao lado direito da cama e ao lado uma porta que leva a um pequeno banheiro, com pia, vaso e chuveiro, no lado esquerdo um pequeno criado mudo de madeira. Contei e ao todo são 8 quartos, será suficiente para todos, também há uma sala de reuniões com sofás de couro simples e mesas, uma sala de câmeras, onde temos acesso não só as câmeras do bunker mas também de vários pontos da cidade, há um telefone com fio também. Tudo aqui é simples mas aconchegante.
- Fiquem com o quarto que quiserem, são todos iguais mesmo, verifiquei o abastecimento e está cheio, poderemos ficar aqui durante um tempo. - Então reparo em uma parede sem porta, a do final do corredor, no meio, vou até lá e olho intrigada.
- Procurando alguma coisa? - Pergunta Jake em uma proximidade muito além da permitida por mim.
- Não. - Digo me virando e quase nossos lábios se tocam, fico o encarando por um tempo.
- Vou tomar um banho. - Digo e logo após saio dali. Vou até meu quarto e abro o guarda roupa na esperança de encontrar alguma roupa, doce ilusão, vou até o banheiro e percebo que há toalhas e todos os produtos que preciso, como pode? Saio dali e vencendo meu orgulho vou até Jake.
- Preciso de roupas. - Ele vira as costas para mim e segue em frente.
- Qual é o seu problema? - Mas ele não me responde, ele para em frente a parede que encarava instantes antes, não vejo muito bem onde ele aperta ou o que ele faz, a única coisa que sei é que ela se abre, não apenas revelando uma porta secreta mas também uma área de treinamento incrível dentro dela, há de tudo aqui, ficaremos em forma mais rápido do que imaginava.
- Isso aqui é uma verdadeira Fortaleza. - Digo já imaginando o quão bom vai ser treinar aqui.
- Aquela porta ali leva a enfermaria. - Diz apontando para uma porta dupla toda branca, espio pelo vídeo que contém nela e vejo algumas macas e equipamentos, uns sofás no lado oposto, armários e mais nada, é pequeno e simples, porém, o suficiente.
- Isso será bem útil para o Jonathan. - Jake finge que não se importa. Então ele vai até um armário e o abre. Ali há muitas roupas de todos os tipos de tamanho e cores, pego um macacão preto bem colado, ao menos acho que ficará colado em mim, ele é totalmente longo mas tem uma abertura na parte dos seios, vejo um tênis preto do meu número e o pego também.
- De nada. - Diz sorrindo ironicamente. Então sem dizer mais nada eu saí dali.
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A Deusa da Chama: A Dona da Vida e da Morte (EDITANDO)
ParanormalE lá estava eu, novamente sentada sozinha em meio a grama da floresta mais perigosa e deserta de toda a cidade de Tanzânia (situada na região sul brasileira), é uma floresta escura e sombria, conhecida por suas grandes árvores que vão até o céu e o...