Capítulo 39

67 9 6
                                    

Saímos do quarto juntos e se deparamos com Bonny na cozinha. Ela nos olha surpresa.

- Pensei que tivesse ido para seu quarto. – Diz se referindo a Jake.

- Não fizemos nada se é isso que está pensando. – Ela da de ombros e nos serve panquecas com mel.

- Isso parece estar muito bom. – Digo sentindo o cheiro bom.

- Espero que esteja, não é fácil cozinhar nisso. – Diz se referindo ao fogão. Eu rio.

- Te ajudo daqui para frente. – Ela sorri gentilmente.

- Depois de comermos vamos para a sala de reuniões, vou tentar acha – Los de novo. – Ninguém contesta, apenas os dois assentem com a cabeça.

- O que você pretende fazer? – Pergunta Bonny interessada.

- Primeiro vou tentar acha-lo através do meu poder e desta vez, sem interrupções. – Ela sorri constrangida.

- Não se preocupe, não estou mais brava com você por isso.

- E está comigo? – Pergunta Jake.

- Sim. – Digo e ele se finge de ofendido, todos nós rimos.

- Vamos. – Digo quando percebo que todos já terminamos a refeição.

- Vamos. – Diz Bonny e nos dirigimos para a sala de reuniões. Me deito em um dos sofás e ao fechar meus olhos tento me concentrar.

Uma goteira de água atravessa meu corpo. É difícil se acostumar que sou basicamente um fantasma quando faço isso. Ando até uma porta que está aberta, tem dois guardas armados em frente há ela, passo sem ser notada, obviamente, os vejo e meu coração se aquece, para logo após entrar em desespero novamente, vejo Jonathan todo machucando, ele está deitado em uma cama e tem equipamentos sobre ele, por que o machucariam para gastar dinheiro com isso? Tem alguma coisa errada e minha mãe não está aqui. Tenho que arranjar uma maneira de se comunicar com eles sem os guardas perceberem. Aqueço meu dedo e escrevo no chão:

- Silêncio! Estão bem? – Escrevo. Roberto vê e assina-la que todos estão, mas Jon não.

- O que fizeram com ele? – Preciso saber o que aconteceu, mas é tão difícil se comunicar dessa forma.

- Meu filho, por que eles te espancaram? Não deveria estar aqui e muito menos assim. – Diz ele como se não estivesse falando comigo.

- Vou tirar vocês daqui. – É há última coisa que escrevo antes de um dos guardas entrar pela porta

- Café da manhã de vocês. – Diz entregando um pão francês para cada um, está em uma sacola e ele sequer da na mão, joga no chão. Olho para Nando e sinto uma imensa culpa, ele não deveria estar aqui.

- Meu filho está passando frio, precisamos de coberta. – Diz Larissa e me surpreendo por ela não ter pedido para ela também.

- Sinto muito mas isso não é possível. Se preparem por que hoje é dia de tomarem banho, não aguento mais entrar aqui dentro com esse fedor. – Diz fazendo cara de nojo, então ele sai fechando a porta com força, sorrio diante da  oportunidade perfeita para eles fugirem.

- Não sabemos onde estamos se é isso que irá escrever agora. – Diz Roberto e todos olham para ele, o mesmo não falou nada aos outros para não chamar atenção.

- Lorayne está aqui. – Diz se explicando.

- Tomamos banho a cada 5 dias, 14:00 horas toda vez, voltamos umas 15:30. – Diz Phelipe. – Marley nos deu essa informação, ele nos ajudará a fugir.

Como é que é? Não posso acreditar nisso, mas também não irei pedir para que ele explique o que aconteceu ao certo agora, não temos tempo para isso, e sim, isso é algo que sempre estou dizendo, ao menos ultimamente.

- Voltarei. – Escrevo no chão, então Roberto cobre com um tapete de palha, onde creio eu ser sua cama, que situação mais difícil, enquanto eles estão aqui, eu estava dormindo em uma cama macia me divertindo. Reviro meus olhos, como sou hipócrita! Então saio dali e procuro uma saída, o lugar é uma espécie de esconderijo subterrâneo, como se alguém pudesse precisar fugir e se esconder rápido. O lugar fica perto de muitas casas, aqui não é a floresta e não é a Cidade, eles não estão em Tanzânia. Vou até uma rua e vejo o nome: Rua Raimundo de Morais Dias. Shaspper. Que cidade é essa? Então volto para a realidade.

- Sala de monitoramento agora! Rua Raimundo de Morais Dias, Cidade de Shaspper.

- Impossível. – Diz Jake, me viro para ele com medo do por quê ser impossível.

- Por que é impossível Jake?


Sinto meu estômago embrulhado, não é possível que isso seja verdade

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Sinto meu estômago embrulhado, não é possível que isso seja verdade. Não sei o que dizer a Jake e muito menos ele sabe o que dizer a mim, o choque foi tão grande que não consigo sequer falar, estou literalmente paralisada.

- Por que estão assim? É tão ruim ao ponto de Lorayne não conseguir nem se mexer? – Queria responder, queria dizer o quanto isso é ruim mas simplesmente não consigo pronunciar uma palavra e Jake parece também não conseguir.

- Vocês estão me assustando. – Diz a garota apavorada, engulo minha saliva e tomo coragem para abrir a minha boca, mas travo ao tentar falar.

- Gente, que merda está acontecendo? – Ela precisa saber, mas antes de falar eu preciso me recompor e processar o que acabei de saber. Então saio dali e vou para meu quarto, fecho a porta com força e me jogo na cama.

- Nunca iremos tira-los de lá. – Digo apenas para mim mesma e começo a chorar.

A Deusa da Chama: A Dona da Vida e da Morte (EDITANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora