Vejo Jonathan e me desespero, um dos guardas o ajuda a caminhar, ele está fraco e muito machucado, com cuidado tiro Nando de meu colo e vou até as grades da cela, as grades que separam meus pais e meu irmão de mim. Eles jogam meu irmão como se não fosse nada na cela ao meu lado, ele agora está de frente para nossos pais, porém está sozinho e ninguém pode ajuda – lo.
- Meu irmão, o que fizeram com você? – Pergunto a ele, porém Jon não tem forças para dar qualquer resposta.
- Precisa deixar meu pai ajuda-lo, ele irá morrer! – Grito a um dos guardas.
- Acho que prisioneiros não tem esse privilégio, mas falarei com o comandante. – Diz, achei que esse foi o guarda mais educado até agora, pensei que receberia um não, o guarda sai e fico olhando para meu irmão, minha esposa tenta me consolar, mas nada me fará se sentir melhor, não quando tenho vista privilegiada para a tragédia de meu irmão.
- Jon meu filho, COF, COF... Preciso que resista, logo seremos resgatados.
- já se passaram dias, Lorayne nos abandonou. – Diz Larissa bufando.
- Ela nunca faria isso. – Digo convicto que não. – Eles devem estar fazendo algum plano, não é fácil sair daqui.
- Não aguento mais ver Nando nessa situação. – Diz ela com um olhar triste para nosso filho.
- Quando sairmos daqui prometo que mandarei você e nosso filho para um lugar seguro. – Digo colocando minha mão sobre seu rosto.
- Mas e você? Não irá conosco?
- Não posso, você sabe disso, preciso estar com meu pai agora. – Ela me abraça fortemente, como se nunca mais fosse soltar – se de mim.
- Não faça isso conosco. – Diz com os olhos embaçados pelas salgadas lágrimas.
- Eu preciso.
- Precisa nos deixar não é? Por que quer estar com ela! – Diz se afastando de mim.
- Nem tudo é sobre ela.
- Não? Estamos aqui por causa dela! Minha vida foi arruinada por ela, antes de Lorayne aparecer estava tudo perfeito, mas agora, não tenho casa, estou presa em uma cela miserável, onde há um balde para mim fazer minhas necessidades, meu filho está vivendo uma vida que não merece, vivemos como fugitivos por causa dela, é tudo culpa dela! – Grita Larissa com lágrimas em seus olhos.
- Ela não escolheu isso! – Grito, por que ela implica tanto com a Lorayne? O ciúmes a transformou em algo que ela não é e eu já cansei disso, essa não é a mulher com quem me casei, por que se ela fosse assim, jamais a teria tornado minha esposa e mãe do meu filho.
- Hoje é seu dia de sorte garoto. – A ironia é muito grande, dia de sorte? Ele foi espancado e por um tris não morreu e ele ainda tem a audácia de dizer dia de sorte?
- Você é o médico certo? – Diz se direcionando ao meu pai, ele assente e o guarda abre a cela. Ele joga meu pai na de Jonathan e entrega um kit que primeiros socorros.
- Obrigada. – Diz meu pai, mas não sei se ele deveria agradecer, afinal, eles fizeram isso com seu filho.
Meu pai abre o kit e tira a camiseta de Jon, limpa as feridas e faz curativo nelas, ele deita meu irmão caçula no chão e logo nos trazem comida, hoje é sopa de feijão e um copo de água. A comida não é tão ruim, mas não é muito boa também. Comemos e então todas as luzes se apagam.
- É hora de dormir. – Alguém diz e fecha a grande porta, um estrondo é ouvido, Nando acorda e chora.- Como o garoto está? – Pergunta o comandante.
- Ele sobreviverá. – Isso já basta para o Will suspirar de alívio, se Jonathan morresse, a única esperança que ele tinha de salvar sua família morreria com ele.
- Muito bem, agora volte ao seu posto. – Então o guarda saí.
- Ora, ora, ora. – Alguém bate palmas atrás do comandante, ele se vira com medo, pois sabe quem estava escutando sua conversa.
- Machucou quem? – Pergunta o homem com a voz firme.
- Não fui eu, foi Richard, se eu soubesse não teria deixado acontecer. – Diz de cabeça baixa, ele tem medo do homem que está a sua frente.
- Machucou quem? – Pergunta novamente.
- O garoto de cabelo preto. – Diz ele segurando para manter sua voz firme e instável.
- Quero ver como ele está. – O homem não protesta e os leva até eles, acende as luzes e ouve algumas reclamações.
- O que ele está fazendo aqui? – Phelipe pergunta na defensiva, ele rapidamente se levanta e olha surpreso para o homem a sua frente.
- Você fez isso conosco? – Pergunta Mariana ainda se adaptando a luz.
- Não, se não fosse por mim já estariam mortos, agradeçam. – Diz ele se direcionando a mulher.
- Exijo que tragam equipamentos de enfermagem até aqui, esse garoto vai morrer sem os devidos cuidados.
- Não podemos.
- Não podem? – Pergunta o homem indo até Will.
Então ele pega uma pedra vermelha do bolso e mostra ao homem.
- Sem isso, Lorayne jamais conseguirá trazer sua família de volta, então eu sugiro que traga uma Enfermaria até aqui se quiser tê-las de volta. Agora me deixe a sós com eles. – O homem assente e sai.
- Lorayne tentou encontra-los mas não obteve sucesso, ela tirará vocês daqui logo, enquanto isso manterei vocês em segurança.
- Qual é o seu plano? – Pergunta Phelipe curioso e intrigado.
- Isso aqui. – Diz mostrando a pedra. – É o que os impedem de mata-los, eles sabem que irei quebrar se algum de vocês morrer.
- Pretende fazer uma troca? – Pergunta o garoto de cabelo loiro sacando o plano.
- Não exatamente, a família dele não pode voltar a vida, são perigosas, muito perigosas. – Fala alertando.
- O que pretende fazer então? Sorri e conta o plano.
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A Deusa da Chama: A Dona da Vida e da Morte (EDITANDO)
ParanormalE lá estava eu, novamente sentada sozinha em meio a grama da floresta mais perigosa e deserta de toda a cidade de Tanzânia (situada na região sul brasileira), é uma floresta escura e sombria, conhecida por suas grandes árvores que vão até o céu e o...