Encontre-me Na Floresta

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Pela manhã Deidara recebe a visita de uma figura misteriosa em forma de holograma, podendo ver o formato do manto, cabelo, e os olhos que possuem rinnegan.

─ Deidara.

─ Você?! ─ franziu o cenho. ─ Algum problema?

─ Na verdade é sobre isso que quero falar com você, mas não aqui.

Ouvem um barulho, e olham em direção a porta principal.

─ Tem alguém vindo. Encontre-me na floresta da vila ao anoitecer.

Quando olha na direção onde o holograma estava, o mesmo já havia desaparecido.

─ Deidara? ─ chamou a voz mais irritante do mundo do outro lado batendo na porta. É a voz da dona do local onde paga aluguel. ─ Você esta aí? Abra ou irei entrar. ─ bate com força na porta. ─ Onde estão as chaves? ─ se pergunta, enquanto procura pelo corpo e bolsos.

Ele caminha até a porta e abre, não estava trancada.

─ O que quer?

─ Ora! "O que quer?" ─ imitou a voz dele colocando as mãos na cintura.

Ele fica irritado, mas não pode fazer nada a respeito, afinal pode acabar ficando sem ter onde dormir.

─ Vim cobrar o aluguel desse mês. Para quê mais eu viria?

─ Para encher o saco. ─ murmurou.

─ O que você disse? ─ inclinou-se para frente com uma sobrancelha erguida.

─ Que o dinheiro esta no saco. Sabe, o de dinheiro. Vou pegar.

─ Ah bom, esperarei aqui.

Deidara vai buscar o dinheiro no quarto e quando volta, a mulher esta sentada na cadeira de pernas cruzadas, observando tudo como se estivesse colocando defeitos, tomando o chá que ele tinha feito pouco antes da visita anterior chegar. Estreitou os olhos, e fez expressão de asco, vendo a mulher acima do peso, que vive com uma touca de banho no cabelo e bobs, pernas cabeludas, tem mais pelos alí do que na qualquer ninja da vila, e essa verruga no rosto que ela chama de sinal de beleza, parece que vai pular em alguém a qualquer momento, outro dia jurou que viu aquilo se mexendo.

─ Achei que fosse esperar na porta, hun.

─ Oh, não. ─ sorri sem jeito, deixando a xícara sobre a mesa com marcas de batom barato.

─ É que eu me cansei, sabe.

─ Entendo. Aqui esta. ─ entrega o dinheiro nas mãos dela, que logo assente e começa a conferir.

─ Esta tudo certo, não precisa contar.

─ Eu costumo confirmar, nunca se sabe.

Cruza os braços torcendo para aquela mulher ir logo embora de sua área de conforto.

─ Ei, aqui esta faltando dinheiro.

─ Você tem alzhaimer? Combinamos no fim do mês passado que eu iria pagar só metade, por ter ajudo lhe com aquelas compras.

─ Oh, sim, sim, sim. ─ ela sorri se levantando da cadeira.

─ Então esta tudo certo, hun.

─ Sim. Obrigada! ─ dizia indo até a porta. ─ E o chá esta ruim, prefiro de camomila com canela.

Assim que ela sai, Deidara bate na caneca arremeçando-o contra a parede, quebrando em vários pedaços.

─ Invade a casa dos outros, pega o chá sem pedir, fala que estou devendo, e ainda reclama do meu chá. Essa velha!

Ao anoitecer Deidara segue para a floresta em seu pássaro de argila, pousa a beira de um lago de águas tranquilas, em seguida faz o pássaro desaparecer. Resolve ficar só de short e se banhar alí, achando melhor do que ficar entediado encarando a mesma, enquanto espera pelo outro. Boiando sobre a mesma admira o céu estrelado.

─ Nossa, achei que eu era o único por aqui. ─ disse um senhor de cabelos acinzentados e riscos vermelhos na face.

Deidara arregalou os olhos tomando um susto, esperneou quase se afogando, retoma a postura e eles se ancaram.

─ Quem é você? ─ pergunta Deidara.

─ Me chamo Senju Tobirama. ─ deu um fraco sorriso de canto ao responder. ─ E você?

─ Deidara. Sou novo na vila.

─ Entendo. Por isso não sabia quem sou eu. ─ dizia isso se aproximando mais. Deidara estranha a aproximação, o senhor esta perto demais.

─ O quê? ─ se afasta. ─ Tem espaço sobrando.

─ Nada, é que queria ver bem de perto seu rosto.

─ Sei. ─ desvia o olhar para algo boiando na água. ─ O que é aquilo?

Tobirama olha na direção ao tecido boiando na água, é uma cueca rosa com corações vermelhos. Se trata da cueca do Senju, que saiu sem que percebesse.

─ Opa. ─ foi em direção a cueca e a vestiu.

Deidara estranha e quando iria debochar, sua atenção se volta para algo no céu parecido com uma estrela cadente.

Enquanto isso, o mesmo que contatou Deidara pela manhã viria andando pela floresta tranquilamente, sua expressão esta aparentemente depressiva.

─ Você vem sempre aqui? ─ pergunta Tobirama já na superfície.

─ É a primeira vez. ─ responde Deidara.

Ouvem um ruído entre as árvores, era Nagato. Todos ficaram surpresos.

─ Deidara. ─ fala Nagato.

─ Seu amigo? ─ pergunta Tobirama.

─ Não exatamente. ─ responde. Deidara nunca teria visto o verdadeiro Pain ao vivo, então acha que esse seja só mais um entre os vários.

─ Venha, junte-se a nós. ─ disse Tobirama chamando com uma das mãos.

Nagato remove as roupas maiores e decide entrar na água também, um silêncio toma conta do ambiente, os três se olham, então Tobirama trata de puxar assunto.

─ Seus cabelos são tão vivos quanto de minha cunhada, algo lindo de se ver.

Nagato se encolhe um pouco, e sorri sem jeito.

─ Obrigado, eu acho.

─ Qual seu nome? ─ pergunta Tobirama.

─ Ele se chama Pain. ─ responde Deidara, se metendo na conversa.

─ Na verdade meu nome é Uzumaki Nagato. Pain foi um pseudônimo adotado por mim.

Tobirama fica admirado por conhecer mais um Uzumaki. Quanto a Deidara, fica bastante surpreso por saber disso só agora. Ele observa os dois conversarem, por fora se mantem sereno, mas por dentro se corroe de curiosidades, principalmente a respeito do que Nagato quer lhe falar, porque veio pessoalmente e sozinho.

Próximo dalí, um jovem de cabelos brancos acaba de chegar na terra, abre os olhos vagarosamente e começa a caminhar em direção do lago.

DeidaraOnde histórias criam vida. Descubra agora