Menos Com Menos, Dá Mais

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Naruto assim como Deidara, tem o costume caminhar pelas ruas de Konoha, a diferença é que ele faz isso durante o dia. Sempre esta de cabeça baixa, geralmente inexpressivo ou triste. Depois daquela noite, o caminho dos dois nunca mais se cruzaram.

Em uma tarde de sol, O Uzumaki acaba encontrando-se com Hinata sem querer, na floresta próximo ao vale.

─ Hinata? ─ pergunta surpreso. A garota olha para ele sem muito ânimo, e dá um leve sorriso. ─ Não sabia que estava aqui. ─ disse ele.

─ Cansei de ficar trancada em casa. ─ explicou, desviando o olhar para frente.

─ Como você esta Hinata-chan?

─ Estou... Indo. ─ abaixou a cabeça.

─ Entendo. ─ torce o lábio para um lado só. Ela ergue a cabeça, olha para Naruto pensativa.

─ O que foi? Tem algo em mim? ─ dá uma volta em torno de sí mesmo preocupado. Ela ri.

─ Não.

─ Então o que...?

─ Nada importante. ─ volta a olhar para frente ─ Você é bonito. Me lembra uma pessoa. ─ Hinata começa a ter lembranças sobre o dia em que Menma disse que ele e Naruto são irmãos gêmeos, mas o loiro não sabe.

─ Obrigado, Hinata. ─ sorri mostrando os dentes e apertando os olhos, sua face ganha um leve tom rosa. ─ Você também é muito bonita. ─ passa a mão na nuca, sorrindo nervoso. ─ Hehehe!

─ Valeu. ─ fica de frente para ele. Quando ele abre os olhos Hinata esta a sua frente, perto demais.

─ Ei! ─ leva um pequeno susto, seu coração acelera e ele engolhe seco ─ Por que esta tão perto? ─ pisca algumas vezes confuso.

─ Porque assim fica mais fácil. ─ aproxima o rosto ao dele.

O Uzumaki faz o mesmo, até que seus lábios se tocam iniciando um beijo tímido, mas que logo o loiro trata de mostrar o quão ousado pode ser. Depois de alguns minutos eles cessam, os dois dão um largo sorriso encarando-se nos olhos. Desta vez ambos estão feliz e dando sorrisos sinceros, e não para disfarçar a tristeza.

Naruto dá um passo trás, acaba tropeçando e caindo junto com a Hyūga, que acaba sentada sobre ele.

─ Ghr! ─ gruniu ele, quando seu corpo colidiu-se com o chão. Ela apenas franziu o cenho, mas depois acabou rindo da expressão dele. ─ Ei, não ria de mim, Hinata. Eu qua- ─ é interrompido por um beijo dela.

Aperta as coxas dela durante o beijo, suas mãos sobem e começam a brincar com seus seios fartos, ainda cobertos por tecidos, impaciente remove as roupas da garota, a Hyūga também trata de remover as dele. Se amam alí mesmo, sobre as roupas no chão, sem preocupações, estão sozinhos e felizes.

Depois de um tempo, eles sentam no pé de uma árvore e encaram-se apaixonadamente.

─ Te amo.

─ Eu também, Naruto... ─ ele beija sua testa. E ela fecha os olhos com um leve sorriso. ─ Te amo.

Na noite seguinte, Deidara esta boiando solitariamente no lago próximo ao mesmo vale, admira as estrelas e coloca pensamentos em ordem. Virou um costume fazer isso todas as noites, quando não esta caminhando pela vila ou voando em um de seus pássaros de argila.

─ O que será que Sasori-sama queria me dizer? Com certeza coisa boa que não era, hun. ─ fecha os olhos, com o cenho levemente franzido.

Alguns minutos depois, o loiro sai da água, veste suas roupas e volta para casa em sua ave de argila.

O tempo vai passando, e Deidara acostuma-se a mesmisse de uma rotina de ir para o lago todos as noites. Mas um momento isso acabou ficando chato, pois sente-se muito solitário. Seus amigos nunca mais deram notícias, talvez estejam mais felizes que ele ou muito ocupados para procura-lo. Toma a decisão de não sair mais de casa, pois nem mesmo para missões é chamado, então não faz sentido sair de casa, andar pelos mesmos lugares que costumava ir todos os dias, ou até mesmo para treinar.

Sentado sobre a cama, com olheiras profundas de noites mal dormidas, usa roupas de dormir e seus cabelos estão bastante desgrelhados, faz um tempo que desaprendeu a sorrir. Sua casa esta uma verdadeira zona, mal se alimenta ou toma banho, pouco se importa com qualquer coisa a sua volta ou lá fora.

Definitivamente tudo o que planejou esta descartado, e tirar a própria vida não é algo deseja, embora isso já tenha se passado por sua cabeça algumas vezes. Antigamente ficar sozinho não era um problema, agora percebe o quanto isso é ruim. Quantas vezes imaginou e lembrou o quanto era legal receber uma visita, ou visitar alguém que o convidou. Perguntou-se diversas vezes caso cometesse suicídio, se alguém iria sentir sua falta ou só assim perceberiam seu valor.

Mesmo não sendo um bom cantor, ele começa a cantar uma canção triste, com a voz rouca e preguiçosa. Aos poucos ergue a cabeça para frente, enquanto canta uma canção que conta a vida de um rapaz solitário, que precisa de alguém bom para ele, mas ninguém o vê, ninguém lembra de sua existência. Assim que termina de cantar, dá um fraco sorriso de canto, deita-se de lado em posição fetal, encara a parede com semblante tão triste, como se fosse chorar a qualquer momento, mas seus olhos estão secos e pesados de sono.

DeidaraOnde histórias criam vida. Descubra agora