A Obscura Hyūga

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Uma solitária garota caminha de cabeça baixa, seu olhar esta sombrio e sem brilho. Apenas a luz da noite à ilumina enquanto sai para fora da vila em passos lentos. Seu destino é chegar no centro da floresta próximo a vila, um lugar consideravelmente especial para ela.

Ela senta sobre o chão coberto por um gramado não muito alto, junta uma das mãos em frente ao corpo com o punho fechado, erguendo vagarosamente o olhar para o céu. Aquele obscuro olhar desaparece no instante em que passa a encarar a lua, um fraco sorriso surge em seus lábios, e uma leve brisa passa pelo local onde esta.

Enquanto isso, um pássaro de argila sobrevoa a floresta; Deidara como sempre amante de um passeio noturno, não demorou muito para encontrar a garota sentada em meio a floresta. Ela não o vê, porque ele surge ao sul. Franze o cenho se perguntando o que uma garota faz alí, e ainda mais sozinha.

 Deduzindo que ela possa estar perdida, resolve pousar o pássaro há alguns metros à frente da garota. Ela não fugiu ou questionou o fato de estranho pousar com um pássaro feito de argila à sua frente, na verdade continuou encarando a lua, como se ela fosse algo muito valioso.

─ Ei! Você precisa de ajuda, garota? ─ pergunta com expressão tediosa, procurando alguma bandana ou símbolo de clã nela. Mas não encontra nenhum, o que faz sua dedução se tornar mais concreta.

─ Não. Obrigada. ─ respondeu docilmente direcionando o olhar para o maior.

Salta do pássaro e caminha em direção a garota.

─ Você não esta perdida? Eu posso ajuda-la, se precisar.

─ Eu estou bem. ─ abaixa o olhar ─ Gosto de vir aqui a noite. ─ explica.

─ Entendo. ─ para ao lado dela. ─ Você é de alguma vila?

─ Sim, sou de Konoha. ─ olha para ele abaixando o braço, que sem querer cobria a bandana em seu pescoço.

─ Não tinha visto sua bandana, então... ─ hesita.

─ Tudo bem. ─ volta a encarar a lua, seus olhos acinzentados brilham.

Ele fica curioso com o que a menor tanto admira, olha na mesma direção que ela e franze o cenho.

─ A lua... ─ murmurou para sí ─ Entendo. ─ ergue o canto dos lábios ─ Você vem aqui para admira-la, não é? ─ perguntou.

─ Sim. ─ responde com um pequeno sorriso. ─ Amo vir aqui vê-la, ela é linda.

Deidara assente.

─ Tudo bem se eu ficar aqui com você?

Ela assente e ele senta ao lado direito dela, com as mãos apoiadas sobre o chão para trás do corpo, admira a lua por alguns minutos. Mas logo se cansa, fica curioso em saber mais sobre aquela desconhecida.

─ Como se chama? ─ olha para ela.

─ Hyūga Hinata. ─ responde sem olha-lo. ─ E você?

─ Deidara. ─ desvia o olhar para frente. ─ Você mora a muito tempo na vila?

─ Desde que nasci.

─ Esta a mais tempo que eu. ─ da um sorriso fraco. ─ Você não se cansa de encarar a lua? ─ ele fica intrigado com o fato dela encarar a lua, como se ele não estivesse alí.

─ Nem um pouco.

Deidara olha para lua pensativo.

─ Talvez fosse interessante ir até a lua passear algumas vezes ou até morar nela. ─ olha para ela de canto.

─ Verdade, seria bem legal. ─ assente dando um pequeno sorriso.

Deidara ergue o canto dos lábios, depois a face para olhar a lua.

Hinata desce o olhar para o chão, estes se tornam obscuros novamente. Se levanta virando-se de costas para ele.

─ Bem, eu já vou indo.

Olha para ela estranhando.

─ Mais já?

─ Sim. Preciso ir agora. ─ começa a caminhar. ─ Obrigada pela companhia.

Ele franze o cenho confuso, se perguntando como uma garota pode ser tão estranha.

Ela desaparece na floresta, Deidara se levanta com muitas perguntas sem respostas em sua mente. Balança a cabeça negativamente, caminha até o pássaro e vai embora.

DeidaraOnde histórias criam vida. Descubra agora