União Ceifada

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─ Hinata, eu te amo. ─ falava com angústia. ─ Por que não acredita em mim? 

─ É mentira! Você não me ama de verdade.

─ Amo sim! Por que esta dizendo isso?

─ Nosso casamento é uma piada. Me arrependo do dia em que aceitei me casar com você, Menma-kun. Achei que seria diferente e que não chegariamos a esse ponto.

─ Se você duvida do meu amor por você, irei me matar.

Hinata balança a cabeça negativamente.

─ Não faz sentido viver, se a pessoa que mais amo não sente nada por mim. ─ deu os ombros ─ Adeus Hinata. ─ sai de casa pela janela.

As ruas de Konoha estão desertas e mais frias que de costume, coisa fora do comum em pleno verão. Hinata não vai atrás de Menma, achando que seu esposo esta fazendo drama e logo retornará para casa.

─ Então é isso... ─ olhando para trás na esperança de que Hinata seguisse-o para impedi-lo, ou ao menos mostrasse estar preocupada com ele, tem a certeza de que ela não virá. Ele caminha de cabeça baixa em direção a floresta, algumas horas mais tarde Menma ergue o olhar para o céu parando a beira de um precipício.

─ Nunca deixarei de ama-la, Hyūga Hinata. ─ ao terminar de dizer isso ele se joga do precipício fechando os olhos, lágrimas escorrem enquanto cai em queda livre de encontro com a sua morte.

Pela manhã Hinata acorda com um mal pressentimento, Menma não voltou para casa até então. Chateada fez suas tarefas diárias dentro de casa o dia todo, mais tarde um ninja bate em sua porta.

─ Senhora Hinata.

Ela abre a porta estranhando a visita, curiosamente pergunta.

─ O que aconteceu? A hokage quer me ver?

─ Não, na verdade ela mandou que viesse avisa-la sobre o seu esposo.

─ O que ele aprontou? ─ perguntou com semblante irritando.

─ Eu lamento... ─ foi direto ao ponto, fechou os olhos com semblante triste, porém mantendo-se firme.

─ O quê?! ─ franziu o cenho incrédula.

─ Encontraram o corpo de seu esposo já sem vida nas margens de um chiacho, nas proximidades da vila. Aparentemente ele se matou, de a cordo com a investigaçãob ele atirou-se do precipício por livre e espontânea vontade, senhora Hinata.

Ela mantém seu olhar fixo ao chão lamentando-se por isso.

─ Obrigada por avisar, vou me trocar e vou acertar o enterro com a hokage Tsunade-sama.

Ele assentiu, Hinata fechou a porta na cara dele antes que pudesse dizer mais alguma coisa, encostou suas costas na porta com o cenho levemente franzido.

─ Não acredito que você fez isso, Menma...-kun.

No fim da tarde aconteceu o enterro de Menma, todos as pessoas mais próximas da Hyūga foram convidadas, inclusive Deidara. Ele permaneceu o tempo todo ao seu lado, com suas mãos sobre os ombros dela encarando a lápide em memória ao esposa do mesma, Hinata não chorava e não derramou uma lágrima por seu falecido marido, mas encarava o túmulo dele com tristeza.

Uma semana depois Tobi resolve visitar a Hyūga para dar os pesames.

─ Obrigada por vir, Tobi. ─ dizia Hinata olhando para ele passando pela porta.

─ Acho que Tobi deveria ter esperado mais um tempo, para poder vir. ─ passa a mão na nuca sorrindo sem graça por baixo da máscara.

─ Esta tudo bem, desde que... ─ hesitou dando um suspiro ─ Ando muito solitária e não quero incomodar ninguém com os meus problemas. ─ falou em voz baixa.

Nessas idas e vindas de vez em quando a casa de Hinata, Tobi passa a criar laços com ela, até passa a usar sua voz normal e não a cômica que costuma usar, ele também revela seu rosto, demonstra um lado preocupado e que deseja cuidar dela, algo que não a surpreende, mas tudo isso só quando estão a sós.

Sentados no sofá da sala, Tobi confessa seus sinceros sentimentos.

─ Não sei o que esta acontecendo comigo, Hinata-chan. Me sinto vivo quando estou ao seu lado, mas não quero magoa-la e nem que acabe como eu. ─ dizia isso tão perto dela, que ambos sentiam suas respirações.

─ Não ligo para o futuro, vamos viver o agora. ─ assim que termina de dizer isso, ele beija Hinata nos lábios apaixonadamente, invadindo suas vestes agarra um de seus seios com desejo, eles sorriem bobos entre o beijo.

Seus laços não duram por muito tempo, cada um decide seguir a vida de antes e seus planos, sem recentimentos. Agora Hinata esta solitária novamente, para a jovem é melhor que seja assim.

─ Hinata, não esperava te ver aqui nesse horario. ─ disse Deidara surpreso ao ver Hinata vagando pela rua de noite.

─ Estava cansada de ficar em casa, Deidara-nii. ─ respondeu olhando erguendo o olhar para ele.

─ Estava indo exatamente visita-la em sua casa agora, queria saber se precisava de alguma coisa, hun.

Os dois lado a lado encaram-se, mas Hinata desvia o olhar para o lado, sua expressão não era das melhores. Antes de casar-se praticamente não sorria, e agora será bem mais difícil.

─ Estou aqui agora, não quero voltar para lá. ─ referia-se a casa dela.

─ Tudo bem. ─ ele deduziu que a casa lembra muito seu falicido. ─ Eu entendo. ─ aproxima-se dando um abraço apertado e motivador.

Ela retribui alguns minutos depois, uma lágrima escorre de seus olhos, mas Deidara não vê, ela acaba secando na roupa dele. Mais tarde quando ele chega em casa, estranha aquele molhado em sua camisa, mas logo deixa de lado.

DeidaraOnde histórias criam vida. Descubra agora