Dattebasa!

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O garotinho caminha solitariamente de cabeça baixa, por uma das ruas da vila.

─ Por que ela é assim comigo? Nunca fiz mal algum para ela, dattebasa. ─ aperta os punhos fazendo bico.

Boruto tinha finalmente conseguido ficar à sós com sua amada Sarada, mas infelizmente a garota dava sempre um fora nele. O Uzumaki esperançoso e persistente perguntou outra vez.

─ Sarada-chan, você aceita namorar comigo? ─ seus olhinhos brilhavam, acompado de um sorriso singelo.

Ela ergueu uma sobrancelha, empinou o nariz e então respondeu-lhe com a mesma aspereza que responderia para um desconhecido ou pessoa que odeia.

─ Não quero namorar um garoto que só pensa em namoro. Isso vai estragar o meu futuro e o seu, sem falar que somos jovens demais para isso, Boruto. ─ sai andando ─ Quando for algo realmente importante, me chame. ─ acena de costas.

O pequeno não aguenta, seus olhos ardem enchendo d'água, que escorrem por suas bochechas enrubescidos assim como a ponta do nariz.

─ Por que é tão má, Sarada-chan? ─ funga passando o braço nos olhos ─ Eu não vou desistir de você! ─ sai andando em direção oposta com o semblante bravo.

─ Você esta perdido? ─ pergunta Deidara. Boruto ergue a cabeça para olha-lo, nega com a cabeça e logo desvia o rosto para o lado. ─ Você parece o Naruto. Por a caso é filho dele?

─ Sim. ─ olha novamente para o maior ─ Estou triste demais para voltar para casa. Então não me leve de volta para lá, eu não quero ir, dattebasa. ─ dá as costas e sai andando.

─ Espere! ─ caminha até o garotinho, que para brevemente ─ Prometo que não vou leva-lo, hun. Me diga qual é o seu nome. ─ para ao lado dele.

─ Uzumaki Boruto.

─ Quem escolheu esse nome?

─ Mamãe.

─ E quem é a sua mãe?

─ Hinata.

─ Hyūga Hinata?

─ Sim. Vovê conhece ela? ─ perguntou curioso.

─ Sim. ─ assente ─ Costumávamos conversar as vezes. A considero como uma irmã, hun. ─ sorri orgulhosamente de canto.

─ Qual o seu nome?

─ Deidara.

─ Ela nunca falou de você, dattebasa. ─ desvia o olhar para o lado como se tentasse lembrar-se de algo.

─ Talvez tenha faltado oportunidade, hun. Boruto assente voltando a olhar para o maior. ─ O que acha de fazermos uma coisa divertida, hun? ─ coloca a mão na bolsa de argila.

Desconfiado, o Uzumaki dá um passo para trás. Deidara então molda um pássaro pequeno de argila, em seguida joga-o no chão, faz dois selos de mãos e a ave fica grande em forma de coruja.

─ Nossa! ─ diz o pequeno boquiaberto, nunca teria presenciado algo semelhante.

─ Vamos! ─ chamou ele, já em cima do pássaro. Boruto assente e dá um salto para cima, então a ave abre as asas e voa para cima.

─ E-Ei! ─ ele arregala os olhos desesperado. ─ Onde seguro nessa coisa, Deidara? ─ olha para os lados.

─ Você não segura com as mãos, você tem que consentrar o chakra nos pés, hun. ─ sorri de abertamente olhando-o por cima dos ombros.

─ O quê? Eu ainda não consigo fazer isso direito.

─ Ao menos consegue se manter equilibrado?

Boruto assente e engole seco.

─ Então não tem com que se preocupar, hun. ─ assente ─ Apenas aproveite a paisagem.

Ele assente mais uma vez, olha para baixo com a testa franzida. Mais calmo e confiante, fica sentado sobre o pássaro, seus olhinhos brilham e ele sorri.

─ É tão bonita de cima. ─ aponta ─ Ah, alí é a minha casa.

─ Sua e de seus pais?

─ Sim. ─ assente. ─ Papai comprou a casa assim que casou com a mamãe.

─ Pelo visto muitas coisas mudaram enquanto estive fora, hun. ─ ergue as sobrancelhas com semblante tedioso.

─ Sarada-chan. ─ murmurou ao ver a casa da família Uchiha.

─ Hã? ─ olha para Boruto, ficando de frente para ele. ─ Você disse alguma coisa?

O menor esta de cabeça baixa, apertando os punhos sobre as pernas.

─ Aconteceu alguma coisa, Boruto?

─ Não, nada. ─ mentiu.

─ Você é um péssimo mentiroso. ─ sorri de canto.

─ É que eu gosto da Sarada, mas ela me odeia. ─ ergue o rosto para o outro, seus olhos estão cheio de lágrimas.

─ Quem é Sarada? ─ perguntou confuso.

─ Filha da Sakura.

─ Com Sasuke? ─ pergunta como se já soubesse da resposta.

─ Sim. ─ assente, secando as próprias lágrimas com as mãos.

─ Era de se esperar. ─ suspira desvianso o olhar para o lado ─ Espero que ao menos esteja feliz. ─ sussurra, referindo-se a Sakura.

─ O que você disse, Deidara?

Olha para o menor com um sorriso nervoso.

─ Sua mãe esta feliz com o seu pai? ─ esquivou-se do assunto.

─ Não sei... ─ abaixa o olhar vagarosamente para o lado. ─ Ela não para em casa, e papai dificilmente o vejo. Acho que ele esta tão solitário quanto eu, sempre o vejo triste pelos cantos, dattebasa.

─ Entendo. ─ Deidara recorda-se de quando Naruto vivia assim pela vila, ao que parece, isso não mudou.

Naruto esta sempre vagando pela vila dia e noite, solitário e entristecido, Hinata esta sempre sabe-se lá onde, mas o Uzumaki sempre a espera em casa até pegar no sono no sofá, próximo a porta, na cama sem se trocar, ou até mesmo na mesa da cozinha.

─ Veja, alí é o vale. ─ aponta Deidara, mostrando a cachoeira do vele de cima.

─ Incrível. ─ diz com um largo sorriso e olhos brilhantes ─ Mais por que parece estão reconstruindo aquelas partes? ─ aponta Boruto curioso.

─ Eram as estatuas de Senju Hashirama no lado do país do Fogo da cachoeira e Uchiha Madara no lado oposto, para simbolizar sua deserção de sua aldeia. As estátuas estão fazendo o selo de confronto, hun. ─ suspira ─ Infelizmente aconteceu uma luta aqui e acabaram em ruínas. Me admira ainda não terem finalizado, hun. ─ coloca a mão no queixo pensativo.

─ Uou! E você sabe quem lutou aqui? ─ pergunta curioso.

─ Ninguém importante. ─ fica de pé ─ Vamos voltar para vila.

DeidaraOnde histórias criam vida. Descubra agora