Fúria

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A Uzumaki sai de casa decidida à conhecer melhor seu primeiro neto, pois desde seu nascimento, nunca esteve presente em seu papel de avó. Ela resolve ir até a casa de seu filho Naruto, e por coinsidência, o pequeno Boruto estava saindo pelo portão da casa.

─ Boruto? ─ perguntou ela, parando na calçada. O garotinho olha para cima, parando também.

─ Vovó Kushina. ─ ele sabe quem se trata, porque a viu através de fotografias.

Na rua, Kushina esta de mãos dadas com o pequeno, enquanto ele se delicia com um sorvete de casquinha sabor baunilha.

─ Esta gostando do passei, querido? ─ olha para ele com um sorriso angelical.

─ Ahn. ─ assente erguendo o olhar para ela.

─ Poxa, você se sujou todo, Boruto. ─ franze a testa agachando-se. Pega um lencinho do bolso e limpa a boca dele.

─ Pronto. ─ sorri de olhos fechados.

─ Você é muito legal, vovó.

─ Vovó... ─ franze o cenho irritada ─ Não me chame de vovó outra vez. Não gosto, dattebane! ─ fica de pé, puxa o garotinho pelo pulso em passos rápidos. Confuso, ele tenta acompanha-la e comer o sorvete ao mesmo tempo, mas se torna uma tarefa impossível.

─ E-Ei! Vovó, n-não consigo a-acompanhar. ─ guagueijou por conta dos passos atrapalhados. Suas penas curtas são incapazes de acompanhar a da maior. Ela para bruscamente, Boruto quase bate o rosto na perna dela.

─ Por favor, Boruto... ─ ela solta a mão dele, seus cabelos fluem como se tivessem vida própria. Ele fica olhando para os cabelos da ruiva curiosamente, nunca viu nada igual. ─ Não me chame de vovó. ─ cerra os punhos trincando os dentes, sorri de canto furiosa e dá um cascudo nele.

─ Ai! ─ joga a rasquinha no chão, o sorteve já teria acabado. Massageia o local recentemente afetado, com um dos olhos fechados ─ Mais a senhora é minha vó, dattebasa. ─ insistiu confuso.

─ Me chame apenas de Kushina. Esta entendido?! ─ apontou o dedo no rosto dele, em tom de ordem.

─ Esta bem. ─ assente desanimado.

A noite, de volta para casa da família Uchiha, Sakura leva duas sacolas de compras com preparos para o jantar. Ela entra em casa animada, removendo as sandálias.

─ Chegueeei! ─ anunciou. Sarada vem correndo de encontro com a mãe, curiosa observa a sacola.

─ Que bom, mamãe. O que trouxe aí?

─ Ah. ─ olha para as sacolas ─ Algumas coisas para o jantar. ─ caminha para cozinha, Sarada vai logo atrás ─ Esta complicado vir em casa preparar o jantar para você, e voltar para o hospital. ─ suspira.

─ Por que não deixa pronto? Assim esquento e como quando der come. ─ disse a pequena.

─ É perigoso mexer com o fogo, Sarada. Ainda mais porque você não tem altura suficiente para fazer as coisas na pia e no fogão. ─ deixa as sacolas sobre a pia, e agacha-se em frente a filha.

─ Mais eu posso me virar usando a cadeira, e assim não precisarei depender tanto da senhora.

─ Você me lembra tanto o seu pai as vezes. ─ seu rosto ganha um leve tom rosado, ao lembrar-se de Sasuke.

─ Papai?

─ Sim. ─ assente.

─ Ele nunca veio em casa. ─ desvia o olhar para o lado, chateada.

─ Ei!

Ela vira o rosto para mãe, então sente dois dedos tocarem sua testa.

─ Ele virá. ─ disse Sakura.

A pequena põe as mãos na própria testa, pisca algumas vezes vendo o sorriso gentil de sua mãe. É a primeira vez que a mesma faz um gestos desses em sua filha.

Mais tarde, quase na hora de dormir, alguém bate na porta principal da casa.

─ O que quer em minha casa? ─ perguntou Sakura, após abrir a porta, com o cenho franzido.

─ Quero falar com a sua filha. ─ respondeu com um sorri de canto.

─ Minha filha?! ─ furiosa, encosta a porta saindo de casa ─ Ela não tem nada para falar com você! ─ aponta do dedo no rosto dele ao dizer isso.

─ Comigo não tem mesmo, mas com meu amigo sim. ─ assente mantendo-se tranquilo.

─ Escuta aqui, eu não quero que nenhum de vocês dois falem com ela ou venham atrás dela! Ela é uma criança! ─ disse ela, quase gritando. Sua paciência esta chegando ao fim.

─ Você é muito chata. Eles formam um belo casal, e terão belos filhos. ─ provocou.

─ Belos filhos, uma ova! ─ tenta dar um soco no rosto dele, mas dele se esquiva. De repente Sarada abre a porta e vê os dois.

─ Mamãe?! ─ surpresa pisca algumas vezes ─ O que esta fazendo?

Sakura olha por cima do ombro, mas logo volta a olhar para Kisame cerrando os ponhos.

─ Estou resolvendo um probleminha, não se preocupe.

─ Com Kisame? ─ perguntou confusa, para a mãe ─ O que faz aqui? ─ perguntou a ele.

─ Veio me tirar do sério. ─ respondeu por ele.

─ Isso não é verdade, dona Sakura. ─ ri como se debochasse de algo ─ Vim para busca-la para ver Mangetsu. ─ dizia isso olhando a pequena, que não sai da porta ─ Ele esta solitário e te espe-

Sakura rosna de raiva, rasgendo os dentes. Tenta acerta-lo com um soco, mas apenas consegue interrompe-lo.

─ Já vi que hoje não vai rolar. ─ salta para trás. Sakura caminha até ele, mas o homem sempre dá um passo para trás.

─ Como descobriu onde moramos?

─ Simples, segui a Sarada outro dia. ─ sorriu de canto mostrando os dentes.

─ Seu... ─ corre atrás dele. Ele também sai correndo para fugir dela. Sarada corre até a calçada, curiosa para saber o que a mãe vai fazer com ele. Mas então Sakura desiste, quando lembra-se de que Sarada ficou sozinha em casa.

─ E É BOM NÃO VOLTAR MAIS! ─ gritou exibindo o punho furiosa. ─ E FIQUE LONGE DA MINHA FILHA! VOCÊ E AQUELE ASQUEROSO!

DeidaraOnde histórias criam vida. Descubra agora