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Dr: Entrei com todos os antibióticos necessários, assim como algumas outras medicações... cada segundo será valioso para que consigamos reverter o seu quadro... tudo isso se deve a infecção que ele teve na garganta... após a cirurgia deveria ter sido feito uma cultura para verificar se de fato a bactéria havia sido tratada, o que não ocorreu... vieram os quadros virais, com febre... tosse... trataram sem fazer exames, isso já era sintoma da infecção no sangue... o que evoluiu para uma sepse... ele está na terapia intensiva e não poderá receber visitas... Maycon está com a imunidade baixa e não podemos arriscar uma piora em seu quadro - falei me aproximando deles - eu sei o que sentem... já estive em seu lugar, mas o seu filho é batalhador - lhe sorri - precisam ter fé e antes de tudo, confiar em mim e na minha equipe.

Senti os braços dele me envolverem e chorei sofrida me agarrando a ele. Aquilo não poderia estar acontecendo.

Refúgio: Está bem Dr...- o olhei vermelha - só não deixa ele... ajude o meu menino, por favor... eu lhe imploro por tudo o que mais ama.

Dionísio: Estou aqui... vamos passar por isso... temos que ser fortes...- sussurrei e logo olhei para o médico - tem a nossa confiança e permissão para fazer o que for necessário, não se preocupe com nada, apenas com ele... é tudo que pedimos... que salve o nosso filho...- fechei os meus olhos, deixando as lágrimas saírem.

Dr: Podem ter certeza de que seu filho está em boas mãos... aconselho a irem para casa, precisam descansar... todos os dias terão notícias de seu quadro e estarei sempre aqui para o que necessitarem, assim que ele estiver estabilizado, deixo que visitem... tudo agora é para o seu próprio bem.

Dionísio: Nós sabemos Dr e agradecemos... mais tarde voltaremos para pelo menos ele saber que estamos aqui e jamais lhe deixaremos - falei em meio as lágrimas - vamos Reh... precisa descansar.

Refúgio: Não quero deixar o meu filho aqui...- disse baixinho - não quero descansar...- apertei ele um pouco.

Dionísio: Eu sei que não quer, eu também não quero... mas precisa... não podemos adoecer também... Maycon nos necessita bem e vamos ficar... vamos cuidar do nosso pequeno... dos dois... ele nos espera em casa... vamos? - beijei seus cabelos.

Refúgio: Está bem...- falei baixinho me afastando devagar e peguei minha bolsa - vamos... - olhei para o médico - grata Dr...

Dionísio: Obrigado Dr - me despedi dele e saí com Refúgio, a levando para o carro... foram alguns minutos até que chegamos em sua casa, estacionei o carro e lhe olhei - você quer alguma coisa? Posso cuidar do Cristian enquanto descansa... levar para a escola e lhe pegar...- falei calmo - precisa descansar um pouco que seja.

Refúgio: Não... não quero nada, obrigada - disse sem o olhar fixamente - acredito que ele adoraria ficar com você hoje...- sorri fraco.

Dionísio: Sabe que sempre estarei aqui - toquei sua mão - você não está sozinha Refúgio  e sempre que necessitar pode conversar comigo... ele também é o meu filho e não sabe o quanto tudo isso está me sufocando... me deixando com medo - respirei fundo.

Refúgio: Te agradeço muito...- olhei para sua mão e vi que ele estava com a aliança de nosso casamento e o olhei sem acreditar - Dionísio... o que faz com nossa aliança? - segurei sua mão a olhando.

Dionísio: Eu nunca tirei ela...- suspirei lhe olhando - sempre esteve comigo Refúgio... eu te falei que nunca te deixaria e não o fiz... não existe outra em minha vida, nunca existirá... você foi e sempre será a única capaz de mover tudo que eu sou...- falei triste - estar com ela é estar com você.

O olhei enquanto escutava o que ele disse e suspirei pegando em meu colar, onde estava a minha aliança.

Refúgio: Assim como você...- disse baixinho - que engraçada é a vida... tivemos que nos machucar para perceber isso...- falei com o olhar meio perdido - mas agora isso já não importa.

¿Entonces... Que Somos? - Refúgio y Dionísio (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora