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No outro dia...

Assim que o dia amanheceu ajudei Refúgio com os meninos, tomamos café e sai. Era manhã de sábado e iria aproveitar para conversar com a Cris. Dirigi por alguns minutos e logo estacionei o carro na frente da casa. Desci, fui até a porta e toquei a campainha, esperando ser atendido.

Cristina: Deixa que atendo Ben...- disse levantando do sofá e indo até a porta, abrindo - olá...- disse e quando vi quem era fiquei meio sem reação - Dionísio? O que está fazendo aqui?...- questionei calmamente por fora, porém por dentro estava para ter um infarto - onde está a Reh? Ela não veio contigo?

Dionísio: Bom dia Cris... ela não veio comigo... nós podemos conversar? - questionei sem jeito.

Cristina: Conversar?...- questionei meio nervosa - conversar sobre? - lhe dei espaço para entrar.

Dionísio: Sobre tudo...- falei entrando - mas... quero conversar sobre o bebê - falei um pouco sério - por que não me falou nada?

Cristina: Sobre o bebê?...- o olhei rapidamente e apertei um pouco a porta em minhas mãos- do que está falando Dionísio? Quem te disse isso?

Dionísio: Cris... por favor... vamos conversar - suspirei calmo - não precisa mais me esconder nada, eu já sei e creio que agora o que menos importa é saber quem disse ou quem não disse... vamos conversar... eu só te peço que seja sincera comigo... que não me esconda a verdade...- vi ela fechar a porta e fomos para o sofá, nos sentando.

Cristina: Olha Dionísio... eu vou cuidar dessa criança sozinha... já causei muitos problemas para você e para a Reh... não disse nada por isso... eu só quero viver em paz e ter uma gestação em paz.

Dionísio: E você terá Cris... mas esse bebê também é meu... ele tem um pai, que vai sim cuidar dele e de você... não vai causar problemas entre nós dois... estamos resolvendo tudo e aos poucos vamos conseguir... a Reh sabe que eu não abandonaria você, tão pouco o nosso bebê... eu sei a dor que sentiu ao perder o nosso ffilho eu também senti, afinal era o meu filho também - falei triste - não pode me afastar Cris... não pode fazer isso comigo, com o nosso filho.

Cristina: Eu não sei Dionísio...- levantei do sofá e me afastei um pouco - eu sei que não posso fazer isso, mas...- suspirei passado - eu só quero esquecer de tudo o que aconteceu... não quero pensar na perca do nosso filho... não quero mais sentir essa dor...- senti os meus olhos marejarem.

Me levantei e me aproximei lentamente dela. Com cuidado toquei seu ombro e fiz ela virar para mim.

Dionísio: Nada vai acontecer com vocês... estarei sempre aqui, para o que precisar... vocês vão ficar bem Cris... não precisa pensar em nada, só basta acreditar que tudo será diferente e será...- lhe sorri calmamente - quero te acompanhar nas consultas e nos exames e se por ventura sentir alguma coisa quero que me fale... eu jamais irei tirar esse bebê dos seus braços... mas tem que me permitir ser o pai dele... ser parte da sua vida... você não tem que enfrentar tudo sozinha Cris... tão pouco pensar que irá nos causar problemas... fizemos tudo errado, mas aprendemos.

Cristina: Você não vê as coisas como eu vejo Dio...- o olhei e limpei as lágrimas que me quiseram escapar - eu não quero te atrapalhar... eu posso me virar sozinha... não me importo de você ir comigo a todas as consultas, mas não vou te ligar o tempo todo... me desculpe... mas é algo em relação a mim... eu vou me cuidar e cuidar do nosso filho...- disse tocando minha pequena barriga que já se notava.

Dionísio: Não vejo Cris... temos modos distintos de enxergar tudo isso - respirei fundo - você não me atrapalha... eu sei que não vai me ligar, a prova está ai... todo esse tempo me escondendo um filho... isso não é justo Cristina... está pensando em tudo, menos em nosso filho... é realmente isso que você quer?

¿Entonces... Que Somos? - Refúgio y Dionísio (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora