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Entrei em meu escritório batendo a porta e fui até a pequena adega. Peguei a primeira garra que vi e comecei a beber. Definitivamente eu era um nada, havia destruído a vida da mulher que sempre esteve comigo e agora o faria com Cristina. Deus o que fazer? O quê? Virei o copo de vez, voltando a lhe encher.
Estava completamente perdido, não sabia mais o que fazer. Se tentava conversar com ela, acabava assim, brigando. Se não tentasse era pior. Nunca chegávamos a uma conclusão e ao que parece chegaria em breve, mas não de minha parte e sim da dela. Estava perdendo o meu grande amor, sem lutar.

Me sentei ali em um canto da parede, chorando desesperada. Não sabia o que fazer. Olhei para aquele quarto e de longe vi uma foto de nosso casamento, a peguei e olhei para o rosto de Dionísio. Senie um medo me dominar e já não pude ficar ali. Levantei rapidamente e comecei a procurar por ele. Quando entrei no escritório o vi ali e me aproximei dele, lhe abraçando apertado em meio às lágrimas.

Refúgio: Por favor não me deixar...- solucei.

Senti aquele pequeno corpinho se chocar com o meu e logo aqueles bracinhos tão conhecidos me apertarem. Instantaneamente meu corpo reacionou, lhe segurando apertado.

Dionísio: Meu amor... eu nunca vou te deixar... Reh eu te amo... é a minha esposa... a minha mulher... o meu amor...- sussurrei beijando os seus cabelos como podia - não chora meu amor... estou aqui com você... não fica assim... me dói te ver assim, sofrendo.

Refúgio: Me promete que não vai me deixar por causa dela... que nunca vai me deixar...- o olhei com o rosto banhando em lágrimas - me promete...

Dionísio: Eu te prometi isso há muitos anos Reh e não será ninguém que me fará quebrar essa promessa - falei secando o seu rosto - meu amor eu sei que estou ausente e te prometo que estarei presente, que irei resolver isso... eu não vou te deixar, assim como não deixarei os nossos filhos - lhe abracei apertado - eu te amo Reh... é o meu amor... a minha mulher.

Refúgio: Por que estou sentindo que tudo isso não é verdade Dionísio? - questionei baixinho - por que sinto que já não te tenho?

Dionísio: Você não está meu amor... eu estou aqui Reh... eu sei que ando ausente, que deixei você e os nossos filhos, mas isso vai mudar meu amor... eu vou mudar e te prometo isso - beijei os seus cabelos - não fica assim... eu sei que já te prometi e não cumpri, mas quero fazer diferente... Reh eu te falei que não iria te fazer sofrer e não vou... isso não minha vida.

Refúgio: Você falou... e já o fez...- o olhei sofrida - não sabe o quanto... mas está bem... vamos ver se não o faz de novo.

Dionísio: Não o farei minha vida... não irei te prometer, mas vai ver que irei mudar - beijei sua testa - o que acha de pegarmos os meninos na escola e sairmos?

Refúgio: Está bem...- o olhei sentindo ele limpar meu rosto - para onde quer nos levar?...- questionei o olhando.

Dionísio: Podemos almoçar com eles e depois vamos ao parque... não sei, vocês decidem... hoje eu só quero cuidar de vocês... como sempre foi... está bem? - acariciei o seu rosto.

Refúgio: Uhum...- lhe sorri chorosa - me promete?... só a gente, tá!?... nada de telefone, mensagens... só você, eu e os nossos filhos.

Dionísio: Sem ligações... só vocês meu amor... sem ninguém para nos atrapalhar - me afastei pegando o celular, desliguei em sua frente e deixei ali na mesa - vem... agora eu quero cuidar da minha esposa... o que acha de assistirmos um filme em nossa cama, bem juntinhos? - falei pegando ela em meus braços.

O vi desligar o celular, logo se aproximar e me pegar nos braços.

Refúgio: Um filme? - o olhei me segurando nele - bem juntinhos? Eu gostei...- sorri deitando a cabeça em seu ombro.

¿Entonces... Que Somos? - Refúgio y Dionísio (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora