🍒 06 🍮

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Cristina: Posso mesmo?...- questionei sentindo seu beijo e o olhei - olha lá em...

Dionísio: Pode sim - sorri - o que foi?

Cristina: Se me deixar aqui no meio da noite vou te trancar no porão...- disse voltando a deitar a cabeça em seu peito.

Dionísio: Não deixarei, pode ter certeza disso...- acariciava ela em meus braços - pode confiar no seu amigo.

Cristina: Está bem... vou confiar...- sorri de olhos fechados - você falou com a Reh hoje?

Dionísio: Sim... falei com ela mais cedo... os meninos estão bem e o Gustavo está cuidando de tudo na empresa, pelo menos ela não está sozinha.

Cristina: Ainda bem que está tudo bem... - falei abrindo os olhos - Dionísio... não está com saudades dela?..- questionei baixinho.

Dionísio: Sim... não imagina o quanto - sorri - mas aprendemos a viver essa distância, sabe que viajo muito e com isso sempre nos dividimos em tudo... temos uma relação aberta quanto a isso... gostava quando seu marido viajava? A separação que acontecia entre vocês?

Cristina: Não... só de pensar que não o teria ao meu lado quando fosse dormir era um martírio... que bom que você tem uma relação tranquila.

Dionísio: Foi difícil, mas conseguimos chegar a esse ponto - ri - eu te entendo Cris e sei como é se sentir assim... sozinha... e apesar de parecer estar sozinha, você não está... estou aqui com você, para o que for necessário - beijei seus cabelos.

Cristina: Dói muito...- suspirei pesado - obrigada Dionísio... não sabe como me deixa feliz... saber que não estou só... que posso contar com vocês.

Dionísio: Eu sei que sim Cris - suspirei pensativo.

Tempos depois...

Senti Cristina adormecer em meu peito. Fechei os meus olhos tentando dormir, mas não conseguia, não depois de tudo que havíamos conversado. Sentia algo diferente e inexplicável. Quando o dia amanheceu, saí da cama com cuidado, me troquei, cobri ela e saí para verificar como as coisas estavam depois daquela tempestade.

Estava tão confortável nos braços dele que acabei pegando no sono sem nem perceber. Quando acordei era bem cedo, mas já não o vi ali, levantei e fui para meu quarto. Tomei banho, troquei de roupa e quando desci não vi ninguém na casa, o que me deixou meio confusa. Fui para fora e vi alguns dos empregados, voltei para dentro e fui preparar meu café.

Andei por onde consegui avaliando os estragos da tempestade e logo voltei para casa. Ouvi barulhos vindo da cozinha e fui, já sabiam quem era.

Dionísio: Cris... bom dia minha querida - lhe sorri.

Cristina: Bom dia...- o olhei e lhe sorri terna - já tomou café?...- questionei ajeitando as coisas.

Dionísio: Não e confesso que estou faminto - ri - tenho uma notícia para te dar...- respirei fundo - estamos presos aqui, ninguém entra, ninguém sai... a tempestade foi forte e causou um deslizamento de terra na estrada que leva a cidade... sem falar em algumas árvores que caíram.

Cristina: Então senta aí que vou te preparar um belo café...- lhe sorri - o quê? - o olhei - e você ainda disse que era só uma chuvinha...- disse de um jeito engraçado.

Dionísio: Foi bem mais que uma chuvinha - ri - estamos sem energia e sem telefone... desculpe... tentei ver, mas só com os técnicos... por hoje vamos voltar aos velhos tempos.

Cristina: Pois é...- sorri colocando as coisas na mesa - fala sério?...- respirei fundo - que droga... é, mas se não temos outra solução, então vai assim mesmo...- ri.

¿Entonces... Que Somos? - Refúgio y Dionísio (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora