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Dionísio: Seu pai está morto... não foi assim que preferiu? - encarava ele respirando pesado - acha que ela te ama? Que tudo aquilo que viveram foi um amor? Refúgio gosta de homem e não de moleques como você... um fedelho que se acha o maioral, que nem se quer saiu das fraldas... ela não é propriedade de ninguém, tão pouco sua - o soltei com raiva, vendo ele cair no chão - a minha maior vontade é te fazer engolir todos os dentes... te dar uma corsa, a mesma que eu te devo... insolente.

Gustavo: Ela me ama... eu sei que ama...- olhei Refúgio que tinha lágrimas nos olhos - você só a fez e faz sofrer... por que acha que ela se entregou a mim?... - levantei com raiva - você não é ninguém para me bater... você querendo ou não ela já foi e é minha mulher...- sorri o olhando - que engraçada é a vida... a minha madrasta trocou você...- voltei a rir.

Naquele instante não engoli o desaforo daquele moleque. O meu sangue ferveu e me aproximei bem mais, desferindo um soco em seu rosto.

Dionísio: Ela te ama? Ama? - gritei com raiva e logo segurei o seu rosto fazendo ele a olhar - está vendo no rosto daquela mulher amor? Segurança? Eu vejo pavor... nojo... ânsia... vejo um desespero sem fim... mas quer saber meu filho? - fiz ele me olhar - se realmente ela te amasse ou amasse outro, deixaria que ela fosse feliz... não somos objetos ou figurinhas para sermos trocados... respeito cada decisão da minha esposa.

Refúgio: Parem...- disse me aproximando e fiz Dionísio soltar ele - por favor parem com isso...- chorei os olhando - olha o que estão fazendo... MDS... Gustavo... vai embora... vai... já chega de tudo isso... por favor... se realmente me ama como diz... vai... prometo que não vamos chamar a polícia.

Soltei aquele moleque e me virei, abraçando o meu amor.

Dionísio: Vá embora Gustavo... se ainda tem alguma consideração pela família que tentou destruir, a mesma que sempre te amou, saía daqui... se voltar eu te juro que acabo com a sua vida... dessa vez eu não terei piedade - falei sem lhe olhar - está tudo bem meu amor... vamos para casa... vou cuidar de você - beijei os seus cabelos.

Balancei a cabeça e sorri sem vontade.

Gustavo: Ele vai te destruir dá mesma forma que me destruiu Refúgio... essa é a sina dele, destruir tudo que toca - passei a mão em meu rosto e saí dali o mais rápido que pude.

Ouvi o que Gustavo disse e chorei agarrada a Dionísio. Eu amava aquele menino, mas não dá forma que ele tanto queria e desejava. Apesar do que houve entre nós eu o amava como um filho.

Refúgio: Me perdoa... me perdoa...- solucei.

Dionísio: Vamos sair daqui... os meninos sentem a sua faltam e precisam de você - respirei fundo sem lhe olhar - já acabou e creio que depois disso ele não vai mais voltar... tudo acabou.

Refúgio: Espera... eu não posso ir assim... - disse me abraçando pela cintura - me ajudar a encontrar o meu vestido.

Dionísio: Veste o meu casaco... entramos com cuidado em casa... eu só quero sair daqui - falei tirando a peça de roupa e lhe entreguei - vou providenciar a venda dessa casa ou que derrubem tudo isso - respirei fundo - daqui eu não quero mais nada.

Refúgio: Está com raiva de mim? - questionei o olhando chorosa, peguei a mão dele com o casaco.

Dionísio: Não... não estou... eu... estou uma confusão de sentimentos terríveis... é o meu filho Refúgio... e me dói muito perdê-lo... ainda tive a esperança de que tudo pudesse mudar, mas não mudou - respirei fundo lhe ajudando a vestir o casaco - você está bem? Sente alguma coisa? - questionei pegando ela em meus braços e saí, a levando para o carro.

¿Entonces... Que Somos? - Refúgio y Dionísio (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora