🍒 05 🍮

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Refúgio: Eu te ajudo minha vida...- disse indo atrás dele - me promete que vai tomar cuidado meu amor?

Dionísio: Terei sim e pode ter certeza de que todos os dias, ligarei para você - sorri lhe olhando e logo começamos a organizar tudo ali.

Tempos depois minhas coisas já estavam prontas. A peguei em meus braços e fomos para cozinha, onde jantamos, arrumamos tudo e voltamos para nosso quarto. Tomamos um banho juntinhos, cheio de amassos e deitamos em nossa cama. No outro dia logo cedo viajei, já havia resolvido tudo com o meu filho, que logo mais estaria ali para ajudar Refúgio. Estava a caminho da fazenda e posso dizer que aquele buraco que sentia no peito, estava mais latente que nunca. Foram algumas horas até chegar lá. Peguei minhas coisas e entrei em casa encontrando Cristina bem ali.

Dionísio: Cris! - sorri deixando as malas no canto - bom dia minha querida.

Cristina: Bom dia Dionisio...- lhe sorri e fui até ele o abraçando com calma - que bom que está aqui... estou bem perdida...- disse o olhando.

Dionísio: Calma, já cheguei - retribui o abraço - o que aconteceu? Você está bem? E a Ben?

Cristina: Tem muito papel e eu não sei o que fazer...- suspirei - eu estou... indo... você já deve imaginar...- respirei fundo - a Ben está na mesma... sabe que ela tem os dois como filhos.

Dionísio: Eu sei Cris...- toquei seu rosto - vou resolver tudo por aqui, não se preocupe...- lhe sorri - nós sempre tivemos ela como mãe e ainda é... vem... quer me acompanhar e me mostrar tudo? Posso te mostrar como resolver - ri - assim pode ser minha assistente - brinquei... queria lhe tirar daquela tristeza que estava... eu sei o que ela estava sentindo, eu sentia e era pior... a diferença é que usei o trabalho para afogar tudo.

Cristina: Obrigada...- lhe sorri fraco sentindo seu toque - uhum... quero ser sua assistente... assim eu posso aprender um pouco, não é?

Dionísio: Claro... não é difícil... só precisa de prática...- segurei em sua mão e fomos para o escritório... me sentei ali e logo ela me mostrou o que tinha a ser feito... pouco a pouco comecei a revisar as coisas, lhe ensinando tudo sobre a fazenda e sua administração.

Depois de dar uma vexame sem saber nem para onde tudo aquilo ia eu comecei a "pegar o jeito". O restante do dia ele passou me ajudando em tudo, o que para mim foi bem tranquilo, ele me trazia tranquilidade. Apesar de tudo o que estava passando Dionísio conseguiu me tranquilizar um pouco, me passar segurança. O que para mim foi confortante.

Os dias que se seguiram foram calmos em relação as coisas da fazenda. Mas eu não estava bem e sinceramente não ficaria. Passei boa parte daquela noite conversando com Refúgio pelo telefone, pelo menos fiquei tranquilo ao saber que meu filho já havia chegado e estava lhe ajudando com tudo. Já estava um pouco tarde quando desliguei. Deixei o telefone ali e como sabia que não iria conseguir dormir, fui para o escritório. Peguei uma garrafa, o copo e me sentei no sofá. Me servi um pouco e após tomar o que tinha ali, fechei os meus olhos sentindo as lágrimas saírem. Era a primeira vez que o fazia, que conseguia na realidade.

Já eram quase 4 da manhã e nada de conseguir dormir. Depois de muito rolar na cama resolvi descer para tomar um pouco de água. Estava indo para a cozinha quando vi a luz do escritório acesa e fui até lá. Ao abrir a porta vi Dionísio ali e entrei.

Cristina: Dionisio... está tudo bem? - questionei preocupada.

Estava cabisbaixo deixando minhas lágrimas saírem, ouvi a voz de Cristina, mas não consegui lhe encarar. Apenas balancei a cabeça em negativo.

Dionísio: Vai ficar...- falei em um fio de voz.

Cristina: Não fica assim Dionísio...- me sentei ao seu lado, toquei suas costas em uma carícia e tirei o copo da mão dele - eu sei que está doendo meu querido... em mim também está... se está conseguindo chorar então coloca tudo pra fora.

¿Entonces... Que Somos? - Refúgio y Dionísio (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora