🍒 02 🍮

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Dionísio: Estamos aqui...- sussurrei baixo.

Me agarrei ele desabando em lágrimas.

Cristina: O que eu vou fazer agora? Por que ele me deixou Dionísio? - questionei sofrida.

Dionísio: Eu não sei Cris... queria saber te dizer alguma coisa, mas não sei...- suspirei pesado - estamos aqui com você, não está sozinha... eu sei o que está sentindo.

Cristina: Obrigada...- olhei para Refúgio - por estarem aqui... está doendo tanto...- solucei.

Dionísio: Não te deixaríamos sozinha... eu preciso ir até o vilarejo resolver tudo... quer fazer alguma recomendação ou posso fazer tudo? - questionei me afastando dela.

Cristina: Faça como quiser...- falei o olhando - não tenho nada a dizer... a Refúgio vai com você?

Refúgio: Não... ficarei com você, se não for incômodo.

Dionísio: Está bem... qualquer coisa me liguem - me levantei e me aproximei dela - obrigado... vou resolver tudo e volto - beijei sua testa e saí.

Refúgio: Não tem que agradecer meu amor...- lhe sorri fraco, logo senti seu beijo e o vi sair - Cris... você precisa de algo? - questionei me aproximando dele e me sentei ao seu lado.

Cristina: Não...- a olhei com o rosto banhado em lágrimas - tudo que eu preciso é dele... mas não o terei... o meu amor está morto... morto Refúgio - solucei chorando.

Refúgio: Cris...- a puxei para os meus braços com cuidado - eu sei que está doendo minha querida... mas não pode ficar assim... só vai te fazer mau... precisa se acalmar...- acariciei seus cabelos.

Me agarrei a ela e não consegui me conter, sentia a dor dominar todo meu ser, assim como as lágrimas saírem levando a dor que eu sentia.

Cristina: Ele me deixou Refúgio... me prometeu que não o faria... ele falhou...

Refúgio: Cris... nada dura para sempre meu bem... ele não te deixou... foi arrancado... tenho certeza de que ele não quebraria sua promessa.

Cristina: Eu não sei o que fazer... Refúgio estou tão perdida... como vou viver aqui? Onde fomos tão felizes juntos... sem ele... sem o meu amor - a olhei.

Refúgio: Você vai viver um dia após o outro minha querida... vai se ergue Cris... essa dor um dia vai amenizar...- acariciei seu rosto - não pense em nada agora...

Cristina: Eu só quero dormir... não sentir mais isso... ainda mais sem ele...- sequei meu rosto - obrigada por ter vindo... sei o quanto tudo é corrido para vocês...- lhe dei um meio sorriso.

Refúgio: Não tem que me agradecer... somos família...- disse calmamente - vamos...- levantei e lhe ajudei a levantar - vou te dar um calmamente para você dormir um pouco, está bem?

Cristina: Realmente eu preciso...- suspirei indo para a cama, onde me deitei com a ajuda dela... tomei o remédio e fechei meus olhos, me entregando ao sono.

Fui para o vilarejo, resolvi tudo conforme era necessário e voltei para a fazenda. Era começo de noite quando o corpo de meu irmão chegou para ser velado. Foi uma das piores noites de minha vida. Estava ao lado de Cristina, lhe apoiando naquele momento tão difícil, assim como Refúgio que estava ali conosco. No outro dia inevitavelmente tivemos que levá-lo para aquele lugar, para ser sepultado. Cristina assim como eu estávamos destruídos. Ao terminar tudo voltamos para casa, Refúgio levou Cristina para o seu quarto e foi cuidar dela. Fui para o nosso quarto, tomei um banho e fui para o escritório de meu irmão.

¿Entonces... Que Somos? - Refúgio y Dionísio (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora