Capítulo 23

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Já fazia quase uma hora que Akemi tinha acordado e respondia as perguntas dos enfermeiros que aparentemente não tinha fim, as perguntas eram sobre seus dados pessoais para saberem se sua memória estava intacta e se sentia algumas partes do corpo. A heroína já estava prestes a xingar os profissionais por tantas perguntas já tinha respondido e por não deixarem usar o telefone para falar com a sua filha, motivo suficiente para que a heroína murmurasse alguns palavrões de modo que os enfermeiros e o médico não ouvissem. 

- Eu já respondi todas as perguntas de vocês, então eu poderia ligar para a minha filha que só tem 3 anos para avisar que eu estou bem? - perguntou pela décima vez com a voz de desesperada.

- Senhora, já lhe informei que ligamos ao seu amigo que você acordou e que só poderá conversar com alguém depois de fazer os exames - respondeu o enfermeiro suspirando.

- Primeiro, tenho vinte e dois anos. Segundo, é só uma ligação de alguns segundos - rebateu chateada por se referir a ela por "senhora", deixando o enfermeiro moreno um pouco confuso.

- Desculpe, mas você não é um pouco jovem de mais para ser mãe? - perguntou tentando não fazer um olhar julgador.

A heroína já estava acostumada aos olhares julgadores das pessoas quando descobrem que é mãe aos vinte e dois anos, mas agradecia por ter pessoas que não a julgaram por ter sido imprudente e engravidado. Se lembrava quando falou para Aizawa-sensei que carregava um bebê mesmo não sendo seu professor responsável e da sua cara que tinha perdido a pouca cor que tinha, logo depois recebeu um sermão por não usado o preservativo e disse que se precisasse de algumas coisa poderia contar com a sua ajuda. A protagonista ficou tão feliz quando as pessoas que a sua volta a apoiavam que tinha chorado na frente do seu sensei, fazendo com que o pálido ficasse um pouco desajeitado e ter aparecido o sensei escandaloso naquele momento foi um desastre que a fez rir.

- Sim, sou mãe desde dos dezoito, algum problema? - perguntou com um sorriso que sempre deixava as outras pessoas que a perguntavam sem graça e constrangidas, e dessa vez não foi diferente.

O enfermeiro que a portadora dos olhos âmbar tinha certeza que aquele indivíduo era novato, pois o médico e os outros enfermeiros não tinham tido essa reação que o indivíduo quando ela falou a idade e que é mãe. Quando o médico aparecesse, Akemi fez uma nota mental para fazer uma reclamação sobre o recente e constrangedor clima que ficou por causa de uma pergunta desnecessária, pois médico é para salvar vidas e não fazer um olhar de julgamento. 

Depois de mais uma hora, terminou de fazer os exames e ter voltado ao seu quarto. Estava perdida nos seus pensamentos quando do nada viu uma pena vermelha na sua frente e deu um pequeno grito de susto, logo depois veio uma risada escandalosa de um certo herói alado sem seus trajes de herói.

- Esqueceu a educação em casa? - perguntou com raiva.

- Em minha defesa, bati na porta três vezes e lhe chamei - falou com as mãos para cima como se tivesse sido pego em delito.

- E como está a minha filha? - perguntou preocupada - Ela comeu direitinho? Ela se comportou? Ela está aqui? Ela ficou com saudade de mim? 

O alado olhou ela chocado com a quantidade de perguntas e a olhou pensando em alguma coisa antes de responder.   

- Nenhuma pergunta sobre mim? Estou decepcionado com você - falou de modo dramático e com uma mão no peito.

- Você estar bem e na minha frente - respondeu seca.

- Ela estar nutrida. Ela se comportou feito uma princesa. Ela está com os avós e está louca para ver a mãe - respondeu bagunçando um pouco o cabelo da menor.

My Dear VillainOnde histórias criam vida. Descubra agora